As Sombras do Meu passado

Capítulo 4: A Primeira Visão

A noite cai pesada, mas o sono se recusa a vir.

Estou deitada na minha pequena cama, com o amuleto repousando sobre a minha mão, quando dou de conta por mim de repente tudo ao meu redor começa a se dissolver, tento gritar mas não sai nenhum som.

Estou em um lugar estranho, um salão vasto com colunas de mármore branco, o teto perdido na escuridão. No centro, uma figura se destaca, um homem imponente cujo os olhos brilham como estrelas.

— Liana — sua voz é suave, mas carregada de poder.

— Você finalmente despertou.

— Quem é você? —Digo tentando mascarar a minha apreensão mas minha voz soa pequena neste vasto espaço.

— E onde estou?

— Você está onde sempre pertenceu, mas que foi arrancada de você — ele responde, estendendo a mão.

— Este é o lugar de seus ancestrais, os Karlaraion.

— Os Karlaraion, você fumou muito? — respondo, incrédula com a afirmação.

— Eles são apenas uma lenda.

Ele sorri, mas não sei porque sorriso me traz uma sensação de tristeza.

— Muitas lendas nascem da verdade. E você, Liana, é a última herdeira dos Karlaraion.

Meu coração parece parar por um momento.

Não pode ser verdade.

Os Karlaraion eram ditos os criadores, os seres de onde todas as outras raças descendiam.

Eles desapareceram há séculos, ou pelo menos foi o que me contaram.

E agora, este estranho homem me diz que sou um deles?

— Não... isso não pode ser....— Dou um passo para trás, mas o salão parece se fechar ao meu redor.

— Você sempre soube, no fundo do seu ser, que era diferente —Diz ele, avançando em minha direção.

— Mas agora, o mundo precisa que você aceite sua verdadeira natureza. Há forças em movimento que você não pode imaginar.

A minha visão começa a se desvanecer, mas antes de desaparecer por completo, o homem sussurra uma última coisa: "Encontre o templo. Lá, tudo será revelado."

Desperto com um sobressalto, de volta ao meu quarto sentido tudo ao meu redor a desvanscer.

O amuleto está ardendo na minha mão, e pela primeira vez em muitos anos, sinto medo de verdade.

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