A fisioterapeuta

022

Neymar chegou no apartamento de Gabriela com uma expressão visivelmente irritada, batendo a porta com mais força do que o normal. Ele jogou a mochila no sofá e passou a mão pelo cabelo, visivelmente incomodado. Gabriela, que estava na cozinha, ouviu o barulho e foi até ele, preocupada.

— Ney, o que aconteceu? — ela perguntou, aproximando-se e começando a fazer carinho no cabelo dele.

Ele soltou um suspiro pesado, cruzando os braços.

— P*ta que pariu, Gabi! Os caras me trancaram no banheiro do vestiário por quase duas horas! — Neymar explodiu, ainda visivelmente frustrado. — E acham isso engraçado...

Gabriela tentou segurar o riso, mas não conseguiu evitar. A cena que ele descreveu, somada ao jeito indignado dele, era hilária.

— Desculpa, amor — ela disse, rindo baixinho. — Mas trancaram você no banheiro? Por quê?

Neymar a olhou, ainda emburrado, mas o carinho dela ajudava a aliviar a irritação.

— Não sei... disseram que era "trolagem de boa", mas eu fiquei lá um tempão, gritando pra alguém abrir a porta! Achei que nunca iam me tirar dali. E quando saí, os idiotas estavam rindo! — Ele balançou a cabeça, ainda indignado.

Gabriela, tentando se manter séria, apertou os lábios para não rir ainda mais.

— Ah, Ney, eles estavam só brincando. Vai ver foi a maneira deles de aliviar o estresse do treino — ela disse, ainda fazendo carinho em seu cabelo.

Ele revirou os olhos, mas sentiu o humor começar a mudar com o toque suave dela.

— Eu sei, mas... poxa, duas horas? — Ele deu um pequeno sorriso, vendo o quanto Gabriela estava se esforçando para não rir. — Você tá rindo de mim, né?

Ela finalmente soltou uma gargalhada, incapaz de segurar por mais tempo.

— Desculpa, amor! Mas é que... dois jogadores trancando o Neymar no banheiro por duas horas? Isso é engraçado demais!

Ele a olhou, tentando manter a expressão séria, mas vendo Gabriela rindo, ele começou a sorrir também. Toda a frustração começou a evaporar.

— Tá, tá... pode rir. — Ele balançou a cabeça, já mais calmo. — Mas da próxima vez, eles que se preparem.

Gabriela se aproximou e deu um beijo carinhoso nele.

— E o que você vai fazer?

— Ah, você vai ver... Vou planejar uma vingança épica — ele disse, já mais animado.

Gabriela riu, balançando a cabeça.

— Só não vai exagerar, viu? — ela disse, ainda sorrindo.

Neymar finalmente relaxou por completo, agora divertido pela situação também.

— Tá bom, amor... não vou exagerar. Só vou dar o troco de leve. — Ele piscou para ela, deixando a irritação de lado e aproveitando o momento junto dela.

Depois da conversa, Neymar sentiu o corpo relaxar e a tensão do dia finalmente ir embora. Ele se levantou e foi até a cozinha, buscando algo para beber. Gabriela ficou no sofá, observando o jeito dele andar pelo apartamento. Mesmo depois de todo o estresse, ele ainda conseguia manter o charme descontraído que ela tanto amava.

Quando Neymar voltou, ele se deitou ao lado de Gabriela no sofá, mas dessa vez virou-se para ela, colocando sua cabeça no peito dela. Suas mãos deslizaram até a cintura dela, e ele a puxou para mais perto, sentindo o calor do corpo dela contra o seu. Gabriela sorriu com o gesto e começou a fazer carinho nos cabelos dele, seus dedos passando suavemente pelas mechas macias.

— Tá se sentindo melhor agora, amor? — ela perguntou, a voz suave, enquanto continuava o carinho.

Neymar soltou um suspiro de alívio, fechando os olhos por um momento.

— Muito melhor, Gabi... só de estar aqui com você, esqueço de tudo — ele respondeu, a voz mais tranquila.

Os dedos dela desceram até o pescoço dele, e Neymar sentiu um arrepio gostoso com o toque dela. Ele sorriu levemente e, sem abrir os olhos, começou a distribuir beijos leves no pescoço de Gabriela, como forma de agradecimento silencioso por todo o carinho. Cada beijo era suave, mas cheio de afeto, enquanto ele se aconchegava ainda mais contra ela.

— Eu amo você, sabia? — ele murmurou entre os beijos, sem se afastar.

Gabriela riu baixinho, sentindo o coração aquecer com as palavras dele.

— Eu também te amo, Ney. Muito — ela respondeu, apertando-o um pouco mais contra si, o carinho no cabelo dele se tornando mais lento e terno.

Gabriela estava aninhada no sofá com Neymar, aproveitando o momento tranquilo entre os dois, mas, de repente, uma ideia de brincadeira veio à mente. Ela se levantou suavemente, fazendo um ar de quem estava preocupada.

— Amor, eu preciso ir ao banheiro rapidinho — disse, tentando segurar o riso.

Neymar a olhou, com a testa franzida, ligeiramente preocupado. — Tá tudo bem, amor? — perguntou, já prestando atenção a qualquer sinal estranho.

— Tá sim, fica tranquilo — Gabriela respondeu com um sorriso contido, e foi em direção ao banheiro.

Ao chegar lá, ela pegou a chave e colocou do lado de fora da porta, já tramando a trollagem. Assim que tava tudo pronto, ela soltou um grito, o mais dramático que conseguiu.

— AAAAAH! — gritou Gabriela.

Gabriela foi rápida em sua brincadeira. Quando Neymar correu até o banheiro para ver o que estava acontecendo, ela o deixou entrar primeiro, fingindo estar desesperada com a "barata". Assim que ele passou pela porta, ela deu um sorriso travesso, fechou a porta rapidamente e trancou-a por fora, segurando a chave e caindo na risada do lado de fora.

— Gabi! — Neymar gritou, percebendo o que ela havia feito. Ele tentou abrir a porta, mas estava trancado. — Você me trancou aqui, né? Ah, não acredito! Abre essa porta agora! — ele exigiu, a voz já ficando impaciente.

Gabriela ria descontroladamente, encostada na porta. — Você devia ter visto sua cara, Ney! — ela disse, ainda gargalhando.

— Não tem graça, Gabi! — Neymar respondeu, agora claramente irritado. — Eu vim aqui todo preocupado achando que tinha uma barata e você me tranca no banheiro?!

— Ah, amor, você ficou muito fofo tentando me "salvar" da barata imaginária! — Gabriela zombou, provocando ainda mais.

Neymar bateu levemente na porta. — Abre logo essa porta, Gabi! Eu tô preso aqui! — ele insistiu, já rindo um pouco apesar da irritação.

Gabriela, segurando a chave, deu mais uma risada antes de finalmente abrir a porta. Quando Neymar saiu, ele olhou para ela, com os braços cruzados e uma expressão de quem estava meio bravo, meio divertido.

— Eu vou me lembrar dessa, viu? — ele disse, apontando o dedo pra ela. — Você não perde por esperar!

Gabriela ainda ria, mas tentou abraçá-lo para acalmar a situação. — Foi só uma brincadeira, amor! Não fica bravo, vai.

— Ah, você me paga, Gabi... — Neymar respondeu, fingindo estar mais bravo do que realmente estava, mas aceitando o abraço e, aos poucos, rindo também. — Eu vou te trollar tão bem que você não vai nem acreditar!