A fisioterapeuta

014

Gabriela estava em casa, confortavelmente sentada em seu sofá com um cobertor fofinho cobrindo suas pernas. Vestia seu pijama de bichinhos, um conjunto rosa com pequenos ursos estampados, que era seu favorito por ser incrivelmente confortável. Na TV, um filme de comédia romântica passava enquanto ela se deliciava com uma tigela de pipoca.

Ela estava rindo de uma cena particularmente engraçada quando, de repente, seu celular vibrou ao lado dela. Ao pegar o aparelho, viu uma mensagem de Neymar:

*"Ei, você está em casa?"*

Gabriela franziu a testa, meio confusa. Por que ele estaria perguntando isso? Ela digitou uma resposta rápida:

*"Sim, estou. Por quê?"*

Mas antes que ela pudesse colocar o celular de volta na mesa, a campainha soou, ecoando pela sala. Gabriela piscou surpresa, se perguntando quem poderia ser a essa hora. Levantou-se, ainda com o pijama de bichinhos, e caminhou até a porta. Ao abrir, encontrou Neymar parado ali, com um sorriso largo e divertido no rosto.

— Ney?! — exclamou ela, surpresa. — Como você conseguiu meu endereço?

Neymar riu, um brilho travesso nos olhos.

— Ah, digamos que eu tenho meus meios… — respondeu ele. — E talvez eu tenha precisado negociar um pouquinho com o porteiro.

Gabriela arregalou os olhos, sem saber se ria ou se repreendia.

— Você subornou o porteiro? — perguntou ela, em um tom misto de incredulidade e diversão.

Neymar deu de ombros, ainda rindo.

— Eu só… fiz uma oferta que ele não pôde recusar — brincou ele.

Gabriela balançou a cabeça, ainda incrédula, mas sorrindo.

— Você é inacreditável, Neymar! — disse ela. — E eu aqui, de pijama de bichinhos…

Neymar a olhou de cima a baixo, o sorriso aumentando.

— Você está linda, Gabi. Como sempre — disse ele sinceramente.

Gabriela sentiu as bochechas corarem levemente, mas sorriu.

— Ah, obrigada… quer entrar? — perguntou ela, abrindo a porta um pouco mais.

— Claro! — respondeu Neymar, entrando no apartamento.

Ela o guiou até a sala de estar e apontou para o sofá.

— Eu estava assistindo um filme, quer se juntar a mim? — perguntou ela, um pouco tímida, mas feliz por ele estar ali.

— Adoraria! — respondeu Neymar, jogando-se no sofá ao lado dela, como se já fosse algo natural.

Por alguns minutos, eles assistiram ao filme juntos, em silêncio, ambos ainda um pouco conscientes da proximidade um do outro. Mas, de repente, Gabriela pegou um travesseiro do sofá e, com um sorriso travesso, o jogou contra Neymar.

— Ei! — exclamou ele, fingindo indignação.

— O que foi? Não gostou? — brincou ela, rindo.

Neymar pegou o travesseiro de volta, um brilho desafiador nos olhos.

— Ah, agora você vai ver! — disse ele, jogando o travesseiro de volta nela.

E então começou a guerra de travesseiros. Risadas enchiam a sala enquanto os dois se atacavam com travesseiros, tentando pegar o outro desprevenido. Gabriela ria tanto que mal conseguia segurar o travesseiro. Neymar, por sua vez, não se continha, aproveitando cada momento da brincadeira.

Depois de alguns minutos, os dois caíram no sofá, rindo sem parar, ofegantes pela pequena batalha. Em um momento, eles se viraram ao mesmo tempo e seus olhares se encontraram. Os risos diminuíram, mas o sorriso ainda estava presente nos lábios de ambos. Havia uma intensidade nos olhos de Neymar que fez o coração de Gabriela acelerar.

Eles ficaram assim, se olhando por um momento que pareceu durar uma eternidade, como se o tempo tivesse parado. O barulho do filme tocando ao fundo era apenas um ruído distante agora.

Gabriela sentiu o rosto esquentar de novo, mas não desviou o olhar. Neymar estava tão perto… ela podia sentir o calor dele, e, naquele instante, parecia que o mundo inteiro havia desaparecido, deixando apenas os dois ali.

— Ney… — começou ela, em um sussurro, sem saber exatamente o que dizer.

Neymar sorriu, aproximando-se um pouco mais, o olhar suave e cheio de ternura.

— Eu gosto de você assim… do jeito que você é, Gabi — disse ele, sua voz baixa, quase um murmúrio.

Gabriela sorriu, sentindo o coração bater ainda mais forte, se dando conta de que talvez, naquele momento, não precisasse de mais palavras. Eles estavam ali, juntos, e isso era tudo o que importava.