chapter 5

80 15 10
                                    

AMÉLIA JONES

Aquela cena tinha me deixado confusa. O olhar de Charlie, a maneira como nossos dedos quase se tocaram, tudo isso ecoava na minha mente enquanto eu me afastava. Era como se algo tivesse mudado entre nós, mas eu não sabia como lidar com isso. O que era essa conexão? E por que eu estava tão assustada com a ideia de me aproximar mais dele?

Voltei para o meu trailer, tentando reunir meus pensamentos. O silêncio era ensurdecedor, e eu não conseguia escapar da sensação de que havia algo mais em jogo. Eu estava me divertindo muito com o elenco, mas a presença de Charlie era diferente. Ele fazia meu coração acelerar de maneiras que eu não conseguia explicar, e isso me deixava ansiosa.

Enquanto tentava relaxar, o meu celular vibrou. Era uma mensagem de Dior, perguntando se eu queria ir almoçar com ela e os outros. O convite me fez hesitar. Queria muito sair, mas a ideia de estar ao lado de Charlie novamente, sem saber como agir, me deixava nervosa. No fim, optei por ir. Não queria me isolar, especialmente agora que estava começando a me sentir parte do grupo.

Quando eu estava voltando para o set, pouco antes de abrir a porta eu vi eles conversando, eu nao iria escutar atrás da porta, mas ouvi meu nome ser mencionado. Aquela fala de charlie me pegou de surpresa, "Eu nunca ficaria com ela", isso me fez ficar aliviada em saber que nao iriamos misturar as coisas, mas saber que ele nunca ficaria comigo, talvez tenha quebrado meu ego.

Entrei, e agi como se eu nao tivesse ouvido nada, consigo ser bem convincente quando é necessário, mas eles nao, era nitido em seus rostos que estavam aliviados de eu nao ter escutado a conversa deles.

— Vamos almocar pessoa — Ayan diz

Todos já sentados, conversando animadamente, estávamos todos na mesa esperando nossos pedidos. Enquanto isso, conversávamos sobre o dia do parque.

— Então, Amélia, você se divertiu mesmo? Ou só ficou com o Charlie o tempo todo? — Walker provocou, e todos riram.

Tentei esconder o rubor que subiu ao meu rosto. Ele definitivamente notou algo. Me forcei a rir, mas a verdade é que não sabia como me sentir sobre isso.

— Ah, não foi só isso! Nós também fizemos algumas montanhas-russas e tiramos fotos — respondi, tentando desviar do assunto.

A conversa seguiu, e enquanto eu ouvia as histórias deles, não consegui deixar de notar o quanto Charlie estava tranquilo, rindo e brincando com todos. Mas havia um momento em que nossos olhares se encontraram, e eu senti meu coração disparar novamente. Era como se ninguém mais estivesse ali, apenas nós dois.

Depois do almoço, fomos para a próxima sessão de gravação. O cenário estava montado, e a energia era palpável. Eu estava nervosa, mas também animada. As câmeras começaram a rodar, e, para minha surpresa, a cena que fizemos hoje tinha uma intensidade que me fez sentir viva. Eu e Charlie estávamos fluindo juntos, como se nossas almas estivessem se entrelaçando.

Mas, ao final, a dúvida começou a se infiltrar novamente. Será que eu realmente estava me permitindo sentir algo por ele? E se isso não acabasse bem? Eu sabia que tinha que me proteger, mas também não queria perder essa conexão.

Enquanto as gravações se encerravam, Charlie se aproximou de mim. Ele estava sorrindo, mas havia um brilho em seus olhos que me fez sentir um frio na barriga.

— Amélia, você foi incrível hoje — ele disse, e minha insegurança deu lugar a um sentimento de alegria.

— Obrigada, Charlie. Você também! — respondi, tentando soar casual, mas a verdade era que suas palavras significavam muito mais do que eu deixava transparecer.

Então, como se estivesse sentindo o mesmo impulso que eu, ele hesitou um momento antes de continuar.

— Sabe, sobre o que aconteceu antes… — ele começou, mas eu o interrompi.

— Eu sei, improvisamos bem, a cena nao pareceu forçada — Eu disse, mais rápida do que pretendia, mas a ideia de discutir aquilo me deixava nervosa.

Ele parecia aliviado, mas também um pouco desapontado. O que eu estava fazendo? Estava me colocando uma barreira entre nós, e eu não queria isso. Mas a ideia de me abrir e arriscar era assustadora.

— Tudo bem, mas só quero que você saiba que… — ele começou novamente, mas a tensão no ar era palpável.

Antes que ele pudesse terminar, Dior apareceu, interrompendo o momento. A energia entre nós desapareceu, mas, ao mesmo tempo, a conexão permanecia, como uma linha invisível que nos unia.

O que eu não percebia era que, à medida que o dia terminava, essa linha estava se tornando cada vez mais forte. E eu estava prestes a descobrir que correr riscos pode ser a chave para encontrar a felicidade que eu tanto buscava.

 E eu estava prestes a descobrir que correr riscos pode ser a chave para encontrar a felicidade que eu tanto buscava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
LONDON GIRL • Charlie BushenellOnde histórias criam vida. Descubra agora