𝔞𝔠𝔞𝔡𝔢𝔪𝔶

93 10 3
                                    

Pov's Guimarães

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Pov's Guimarães

   Após aquela noite, a mulher mascarada não saía de minha mente. Eu fechava os olhos e a via dançando em um ritmo envolvente e sedutor, de tirar o fôlego. Eu sabia que não iria descansar sem saber o nome dela, o nome da moça que não me deixava dormir.

    Já era manhã, e o despertador tocava de forma natural, apenas um aviso de que um novo dia havia começado. Minha rotina matinal era algo casual: banho gelado para despertar as energias, e, após toda a higiene feita, eu partia para o treino. Sempre ia a pé para apreciar a vista e fazer o cardio do dia. Não era nada diferente da minha rotina... pelo menos, foi o que eu pensei.

    Ao chegar na academia, que além de exercícios também oferecia aulas de dança, eu senti algo diferente. Talvez fosse só coisa da cabeça, mas eu nunca me sentia assim. Era algo novo. Sempre havia aulas especiais durante a semana, pelo menos uma ou duas vezes por mês, e hoje era esse dia. Coincidência ou não, era uma aula de pole dance. De longe, observei a aglomeração de pessoas interessadas ou apenas curiosas pela aula, mas resolvi seguir meu caminho. Coloquei o fone de ouvido e tentei focar no meu treino, mas como hoje não era meu dia de sorte, meu fone resolveu descarregar.

    Eu tentei me manter concentrado, mas algo me fez perder totalmente o foco: a música. Era a mesma música que tocava na noite passada. E, então, quando menos esperava, já estava lá, observando-a no canto da porta.
 
   Os minutos se passavam, e a performance dela era leve e cheia de habilidade. A forma como dançava era tão parecida com a mulher mascarada que me deixava hipnotizado. Seus movimentos precisos eram o que matava a sua dança. Ela era linda, muito linda, a mulher mais bela que eu já vi. Tudo nela parecia perfeito.  

Eu estava tão desligado que não percebi quando a música parou. Quando me dei conta, percebi que fui pego no flagra – ela tinha me visto. Morrendo de vergonha, me retirei do local. Já não tinha mais cabeça para treinar, então voltei para o meu apartamento, mas ainda sem conseguir tirá-la da minha mente.

 Já não tinha mais cabeça para treinar, então voltei para o meu apartamento, mas ainda sem conseguir tirá-la da minha mente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Pov's Sofia
  
   Na noite passada, eu tinha feito mais um dos meus shows de striptease. Eu me sentia bem com isso, sabia que havia conquistado o público mais uma vez, como todas as outras vezes. Mas, dessa vez, eu havia sentido algo diferente, ou melhor, olhares diferentes.

    Quando estava quase no fim da minha apresentação, meus olhos se encontraram com os de um homem que me observava de longe. Seu olhar eletrizante me fez sentir um frio na barriga, o que era incomum. Eu já estava acostumada com os olhares, mas os olhos dele transmitiam algo diferente.

    Hoje, eu teria que dar uma aula de pole dance em uma academia próxima do meu apartamento. Não era muito longe, então decidi ir caminhando. Eu sempre gostei de espairecer; é sempre bom tomar um ar livre.

    Ao chegar na academia e me preparar para a aula, me apresentei para todos e logo em seguida começamos. Coloquei a música da noite passada para tocar e fiz uma coreografia leve e simples para demonstrar a forma que os alunos na sala poderiam aprender.

    Depois da dança, todos aplaudiram, muito interessados na performance. Durante a apresentação, eu senti o mesmo olhar da noite passada; percebia que alguém me observava, mas não sabia de onde e de quem vinha esse olhar. Eu achava que realmente tinha ficado maluca, mas ao olhar para a porta, me deparei com aquele belo par de olhos esverdeados, com pequenos toques de marrom caramelizado, me observando. Era ele, o homem da noite passada. Ele me observava com uma expressão confusa, como se tentasse descobrir de onde me conhecia ou algo do tipo. Depois de despertar do transe, suas bochechas adquiriram uma coloração avermelhada, e ele se retirou apressado, como se tivesse sido pego de surpresa, me deixando lá interessada e muito confusa.
 
    A aula havia acabado, e eu já estava a caminho de casa. Quando cheguei, dei de cara com o Caick e com a Duda no meu sofá.

— O dia mal começou e você já estava na academia — disse Duda, resmungando.

Eu não sei se comentei, mas quando chegamos em casa na noite anterior, tomamos algumas bebidas. Ela, devidamente, estava de ressaca.

Caick balançou a cabeça de olhos fechados, concordando.

— Fui dar uma aula em uma academia perto daqui. Pelo visto, logo vou voltar, foi um sucesso — falei, sorrindo.

Eles então me olharam.

— Você vai dar aulas de pole dance além de fazer as apresentações nas quintas e nos sábados? — Caick me perguntou.

— Vou conseguir. É uma oportunidade de mostrar meu trabalho para as pessoas — respondi, determinada sobre o que eu queria.

— Eu fico feliz por você, amiga. E sempre vou te apoiar. Então, se você decidiu isso, pode ter certeza de que vamos te ajudar — disse Duda, sorrindo.

Duda falou isso, me deixando mais tranquila, e Caick completou, dizendo:
— Sempre vamos estar felizes pelas suas conquistas.

— Somos mais que amigos; somos uma família do nosso jeitinho, mas uma família — respondi sorrindo, sentido o carinho que tínhamos um pelo outro.

      E essa sou eu, Sofia, ou a Mascarada nas horas vagas.

Fui tirada dos meus pensamentos quando Duda falou:

— Depois da sua apresentação deste sábado, vai ter uma festa de elite. Lá estarão todos os sócios da empresa e o tal herdeiro da família Guimarães.

Eu já ouvi falar dele, mas nunca o vi. Dizem que ele é o mais mais de todos da família Guimarães — disse Caick. Eu ouvia aquela conversa em total silêncio.

Algo me deixou intrigada quando falaram o nome Guimarães. Isso mexeu comigo.

— Ouvi dizer também que o olhar dele é algo inacreditável, intimidador, exalando poder — disse Duda, me fazendo finalmente abrir a boca e participar da conversa.

Eu queria mudar de assunto; aquilo estava mexendo comigo de alguma forma, e eu não sabia o porquê. Tudo tinha me afetado após a noite passada. Eu não tirava ele da minha cabeça e não sabia o que esse tal Guimarães tinha que estava me incomodando também.

Comecei uma conversa mudando o assunto, o que nos fez jogar conversa fora durante todo o resto do dia. A performance que eu tinha na noite de sábado era importante e eu me sentia mais ansiosa que o normal. Algo me dizia que aquela noite iria fazer muitas coisas mudarem.

 Algo me dizia que aquela noite iria fazer muitas coisas mudarem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.







Esse capítulo foi mais pra mostrar a rotina entre eles. Eu tô gostando tanto de escrever que tudo indica que, logo após essa fic acabar, vai ter uma inspirada na música do Oriente, "A Dama e o Vagabundo", ou "Proibida pra Mim" (Grazon), do Charlie
Brawn Jr. Se vocês toparem, vai ser bom demais. Mas, foi isso, galera. Até o próximo capítulo, com carinho, A.S.

Curtam e comentem bastante!!

𝔄𝔩𝔢́𝔪 𝔡𝔞𝔰 ℭ𝔦𝔠𝔞𝔱𝔯𝔦𝔷𝔢𝔰Onde histórias criam vida. Descubra agora