Falar sobre sentimentos nunca foi o forte da família Guimarães. Amar alguém sempre foi difícil, ainda mais após ter o coração quebrado por alguém que só queria te usar. [Nome do Protagonista] nunca pensou que a mulher mascarada, que dançava no centr...
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Pov's Sofia
não sabia que sentimento era aquele que eu tinha por ele, mas podia ter certeza de que nunca havia sentido algo assim por ninguém. Ele me fazia sentir as famosas borboletas no estômago. Eu não conseguia pensar em outra coisa além do nosso tempo juntos. Saber dos seus gostos pessoais e como ele realmente era, para mim, era algo novo. Eu podia jurar que ele seria super arrogante e prepotente, mas, como dizem, nunca julgue o livro pela capa. Seu jeito calmo, gentil e sorridente me deixava leve e tranquila. Ele me transmitia paz, uma paz que nos faz relaxar, como se ele fosse a cura de todos os problemas.
Talvez seja cedo demais para pensar assim, mas, sem dúvida, ele já tinha conseguido um espaço fixo nos meus pensamentos.
Hoje vai ter uma resenha aqui em casa, só para os mais íntimos. Nada muito chique, a gente só vai se reunir para falar sobre nossos contatinhos e fofocar, algo que acontece todas as vezes que estamos juntos. Como sempre, Duda e Caick já chegaram cedo. A gente marcou de começar às 18h, então ainda temos um tempo para organizar as coisas, e é isso que estamos fazendo neste exato momento.
— Sofia, amiga! — Caick falou me balançando.
— Oi, oi, que foi, bicha? — respondi, saindo dos meus pensamentos.
— A gente tá te chamando há 5 minutos. Você tá assim desde a hora que voltou da academia. O que tá acontecendo contigo, hein? — ele me perguntou, levantando a sobrancelha, e Duda logo concordou. — Não pensa que a gente esqueceu o que aconteceu naquele dia, viu?
Já haviam se passado seis dias. Hoje era sábado, e eu tinha me encontrado com o Richard no domingo passado, na festa na casa dele. Aí vocês me perguntam: "Sofia, se você faz shows às quintas e sábados, por que não está lá hoje?" A resposta é que essa é a minha semana de folga, e, mesmo assim, nem sempre eu tenho shows. É algo bem equilibrado. E, dessa mesma forma, consigo conciliar isso com a minha vida de "famosa", ou melhor, de influencer digital. Meus seguidores não fazem ideia dos shows que eu faço, até porque eu não comento sobre isso nas minhas redes, então, meio que levo duas vidas.
— Gente, tá tudo bem, relaxem — respondi. — Aquele dia não foi nada demais, eu só estava agradecendo ele por ter pego meu colar. Vocês sabem o quanto ele é importante pra mim.
— Sim, a gente sabe — Duda respondeu — mas, pra quem não tem essa intimidade toda, você abraçou ele, Sofia. Você nem gosta de abraço, ou melhor, você nem gosta de toque!
— A gente sabe que você tá escondendo algo da gente e que ele tá envolvido nisso. Só conta, amiga! — Caick falou.
— Tá legal, olha, não tem muito o que falar. Foi algo meio aleatório — eu disse, me sentando no sofá e pegando minha taça de vinho, acompanhada por eles.
— Na quinta-feira passada, no dia do meu show, enquanto eu me apresentava, senti alguém me observando de longe. E então, quando eu estava prestes a sair do palco, meus olhos se encontraram com os de um cara de olhos verdes, com pequenos toques de marrom caramelizado. Ele me olhava de uma forma intensa, sabe? Era um olhar que eu nunca havia recebido de ninguém — eu falava, enquanto sentia os dois escutarem tudo com interesse.
