𝔐𝔬𝔪𝔢𝔫𝔱𝔰

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Pov's Guimarães

Eu poderia esperar qualquer coisa ao ver minha ex-noiva na porta de casa, menos que ela me contaria que ela teve um filho meu. Passei a noite em claro pensando nisso. Eu estava ansioso; sempre tive vontade de ser pai, e saber que eu tinha um filho e não pude aproveitar os dois primeiros anos de sua vida junto com ele me parte o coração. Mas agora eu estava disposto a não perder mais nenhum ano sequer.

A Esthephany marcou de vir aqui em casa junto com ele para passarmos o dia juntos e eu conhecê-lo. Então, já levantei cedo, fazendo compras para o café da manhã que teríamos juntos. Fiz tudo que criança gosta: bolo, suco, panqueca, frutas e muitas outras opções. Eu estava animado com a ideia de ser pai, principalmente tendo a oportunidade de ser um pai que eu nunca tive.

Fui tirado dos pensamentos com o som da campainha; eles haviam chegado. Logo fui atender a porta sorridente e, ao abrir, me deparei com eles. Ele era um garoto lindo, muito parecido comigo.

- Oi, Richard - a Esthephany foi a primeira a falar, enquanto o garotinho se escondia atrás dela, possivelmente com vergonha.

- Oi, Esthephany, tudo bem? - falei sorrindo para ela, que logo retribuiu. Então, me agachei, ficando próximo ao Benício.

- E você, garotão, qual o seu nome? - lhe perguntei, passando a mão em seus cabelos castanhos, iguais aos meus.

- Meu nome é Benício, mas pode chamar de Bê - ele respondeu, olhando para mim.

- Nossa, que nome lindo! Meu nome é Richard, mas pode me chamar de Richy - falei, levantando a mão para ele bater. Assim, ele fez.

Logo me levantei, dando passagem para eles entrarem. Eu havia comprado alguns brinquedos de ontem para hoje. Sim, eu sei que talvez eu tenha exagerado, mas fazer o quê?

- Você comprou um pula-pula, Richard? - a Esthephany perguntou, incrédula.

- Bom, eu achei que ele iria gostar. Não faz mal - falei, dando um sorriso amarelo para ela, que negou com a cabeça.

- Tio Richy, pode brincar no pula-pula? - claro, pequeno - ele parecia encantado ao olhar para o brinquedo.

- Claro, pequeno - falei para ele, que sorriu, mas logo a Esthephany interrompeu.

- Ei, ei, nada disso! Sem pula-pula! Depois você brinca.

- Mas o tio Richy deixou, mamãe! - ele falou, um pouco embolado, e fez uma carinha fofa que derreteu meu coração.

- É, mamãe, deixa ele brincar - falei, olhando para ela.

- Depois ele brinca. Você não mima ele, Richard, pelo amor de Deus!

- Ah! - ele falou, chateado, cruzando os braços.

- Gosta de bolo de chocolate, Bê? - perguntei, fazendo seus olhos brilharem. Logo ele balançou a cabeça, dizendo que sim.

𝔄𝔩𝔢́𝔪 𝔡𝔞𝔰 ℭ𝔦𝔠𝔞𝔱𝔯𝔦𝔷𝔢𝔰Onde histórias criam vida. Descubra agora