maya conklin
Depois de mais alguns minutos de conversa, lembrei do convite de mais cedo.
— Ei, gente, por que vocês não vão lá em casa? Susannah, mãe do Conrad, convidou vocês. — Falei, tentando soar animada.
Conrad revirou os olhos discretamente, como se quisesse que eu tivesse esquecido disso.
Eles concordaram e seguimos em direção à casa, com Jade parecendo cada vez mais confortável com Conrad ao lado dela, rindo de tudo o que ele dizia. Aquilo me irritava um pouco, mas tentei não pensar demais. Quando chegamos, todos estavam em casa. Assim que entramos, Batata Frita veio correndo na minha direção, abanando o rabo com tanta força que quase me derrubou.
— Que fofo! — Marlon exclamou, se abaixando para fazer carinho nele. — Adoro cachorros.
Enquanto Marlon brincava com Batata Frita, percebi que minha mãe estava com uma expressão estranha, então me aproximei para perguntar.
— Oi. — Sussurrei, tentando entender o que estava acontecendo.
— Oi, mocinha. Você saiu sem me avisar? E... — Ela fez uma pausa, olhando ao redor para garantir que ninguém estava ouvindo. — Com pessoas que você não conhece.
— Desculpa, mãe. Pedi que o Conrad te avisasse e ele disse que você tinha mandado ele ir me vigiar.
Minha mãe me olhou confusa, com as sobrancelhas franzidas.
— Conrad? Você voltou a conversar com ele? — Por um momento, um sorriso surgiu no rosto dela.
Eu revirei os olhos, impaciente.
— Mãe, foco.
— Não... o Conrad não falou nada comigo e nem pedi pra que ele fosse te vigiar. Eu nem sabia onde você estava...
A confusão tomou conta de mim. Olhei para Conrad, que estava casualmente sentado com Marlon e Jade, como se tudo estivesse sob controle. Respirei fundo, tentando manter a calma.
— Espera, você não mandou ele ir atrás de mim? — perguntei baixinho, com a esperança de que minha mãe de repente lembrasse de algo.
— Não. — Ela me respondeu com a mesma firmeza. — Não sei o que ele está inventando.
Voltei meus olhos para Conrad, que estava rindo com Jade. Eu me aproximei dele, determinada a obter uma resposta.
— Conrad, podemos conversar um minuto? — Perguntei, tentando não soar tão irritada quanto estava.
Ele me olhou, meio desconfiado, mas se levantou.
— Claro, Conklin. — Ele disse, me seguindo até a cozinha.
— Você mentiu para mim? — Eu fui direta, cruzando os braços.
— Sobre o que? — Ele perguntou, com aquele tom de falsa inocência.
— Sobre minha mãe ter te mandado me vigiar. — Suspirei, tentando manter a paciência.
Conrad deu de ombros, como se não fosse grande coisa.
— Não menti, só... interpretei mal a situação.
— Conrad! — Falei, frustrada. — Por que você fez isso?
Ele suspirou, agora mais sério.
— Porque eu sabia que você ia sair com esses dois e, honestamente, eu não confio muito neles.
Ah, mas parece que na Jade você confia, né?
— Então decidiu aparecer na sorveteria e estragar meu dia? — Perguntei, incrédula.
— Eu só queria garantir que você tava bem. — Ele murmurou, parecendo finalmente entender que tinha passado dos limites.
Eu balancei a cabeça, tentando decidir o que pensar. No fundo, sabia que Conrad se importava, mas ele tinha um jeito irritante de demonstrar.
— Olha, da próxima vez, só... confia em mim, tá? — Eu disse, mais calma, mas eu não podia baixar a guarda com Conrad Fisher. — E deixa que eu cuido da minha vida.
Ele assentiu, com um pequeno sorriso.
— Tá, Conklin. Prometo tentar.
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bad blood, conrad fisher.
Hayran Kurguonde Maya Conklin costumava acreditar na promessa que ela e Conrad Fisher fizeram na infância: "melhores amigos para sempre". ou onde Conrad Fisher percebeu que Maya Conklin nunca seria apenas uma melhor amiga.