Suas mãos tremiam, seu corpo suava frio e sua respiração se misturava com soluços que a dificultava a respiração. Suas pernas não aguentavam mais seu tronco e cederam para que ela sentasse no chão, ao seu redor se formava aos poucos uma energia que se assemelhava a um tornado.
Vergonha notou que sua amiga estava muito mal e logo em seguida Inveja que estava do lado de fora entrou no castelo conferir. Ansiedade estava paralisada mas ao mesmo tempo parecia intangível, ela estava ali e ao mesmo tempo não. O tornado que ela estava formando estava tremendo o castelo de travesseiros, tanto que o teto quase cai em cima dos três. Felizmente, Vergonha segura o teto e as paredes.
Inveja nota a gravidade da situação da amiga e tenta se aproximar.
– Ansiedade! Calma! Tá tudo bem! –
Ela grita para que a ansiedade escute, mas não teve resposta. Ela tenta ficar mais próxima, mas ao chegar próximo do tornado tomou um choque tão forte que jogou a pequena para fora do castelo.
Vergonha se mantém completamente mudo, ele não sabia o que fazer. Ele não tinha nenhuma experiência social boa, sua timidez não ajudou ele em nada até agora, o menino rosa então pensa em amenizar de algum jeito.
Ele tenta então alcançar com um de seus braços, ele sentiu que o vento ficava cada vez mais forte e que o choque estava o machucando de verdade. Ele percebeu que a inveja voltou mancando, ele tentou sinalizar com a cabeça para que ela se afastasse. Mas a menina insistiu, apenas não encostava no tornado elétrico que se formou.
– Ansiedade?! – Ela tentou novamente chamar a atenção da amiga.
– Sai dessa, Amiga! –
Vergonha desiste de tentar se aproximar, e apenas se concentra em levantar o teto e as paredes em pé. Os dedos dele estavam trêmulos e aquecidos com o choque, ele não conseguiu se aproximar. Apesar do seu esforço, a força do tornado se intensificou e não havia outra alternativa, ou tudo desmoronava, ou ansiedade se acalmava. Vergonha não queria que sua amiga fosse exposta assim como ele, mas ele também não sabia como acalmar a ansiedade.
Inveja estava confusa e com medo do que poderia acontecer com sua líder e única amiga. Ela novamente sente o vento forte empurrando ela, mas ela tenta se segurar no chão. Ela continuou sendo empurrada para fora, só que com mais lentidão por ela estar agarrada no chão. Aquilo podia ficar cada vez pior e eles não conseguiam fazer nada.
Ansiedade estava invisível para eles agora, o tornado cobriu completamente ela e a mesma continuou sentada no chão em agonia. Ela estava encolhida, apertando seu peito, falhando em sua respiração e a visão embaçada pelo tornado que cercava ela. As vozes que sussurrava em sua mente agora gritavam.
“SOU UMA PÉSSIMA AMIGA”
“SOU UMA PÉSSIMA LÍDER”
“SOU HORRÍVEL”
Ansiedade achava que sua vida ia ter muitas dificuldades, mas sair do reservatório era algo muito almejado por ela. Ter crises era algo que ela vivencia desde que nasceu, agora que finalmente tem a liberdade de ir e vir, nada melhorou. É tudo a mesma história.
“Deu tudo errado, só resta fugir. Chorar. Surtar. Berrar.”
“Acho que esse é meu propósito, sofrer…”
Ansiedade começa então a lacrimejar, percebendo esse fato. nsia, medo, terror e futuro. Sua existência se baseava em sua angústia, e teria que fazer a Riley se sentir assim.
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Nossa missão (Divertida mente 2)
Hayran KurguUma fic de Divertida Mente 2 da Pixar feita por Robin, aqui será contado a jornada das novas emoções Ansiedade, Inveja, Vergonha e Ennui para chegarem na sala de comando. Ansiedade reúne eles para cumprir a missão de controlar a Riley na adolescênci...