Analu

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Analu Narrando

Domingo, 21:30 da noite...

Bruno inventou de irmos pra um show do Ret hoje, eu tô meia receosa em ir. Pois o Piquerez não pode vir, pra ir comigo e tudo o que eu menos quero nesse mundo é magoar ele. Ele é um homem incrível e ta sendo maravilhoso conhecer ele melhor.

Vou me arrumar na casa da Karol e do Leo. Vamos juntos pro show e lá encontramos a galera, Bruno, Gi, Arrascaeta, Camila e eu não sei se o Gerson vai.

— Vamos, Dom – peguei a minha bolsa e a mochila dele.

— Vamox – ele disse o "vamos" tão carioca que eu ri.

Saimos de casa, Entramos no carro e fomos pra casa da Karol.

Dom vai dormir hoje lá, Ceci ele se tornaram muito amiguinhos e como eu não encontrei uma baba pra ele ainda, da certinho pra ele dormir lá.

22:10 da noite...

Me arrumando aqui no quarto com a Karol, enquanto as crianças já foram dormir.

— Esse ou esse? – mostrei dois vestidos pretos pra Karol, mas de modelos diferentes.

— Esse! – ela apontou pro mais colado e decotado.

Dei de ombros e fui me vestir.

Nós arrumamos, eu mandei mensagem pro Joaquin falando que estava com saudades, antes de irmos pro show.

Horas depois...

A música alta vibra dentro de mim desde o momento que entrei no local do show. O calor do Rio de Janeiro e as luzes que piscam de todas as direções me deixam quase zonza, mas não no bom sentido. Todo mundo parece estar se divertindo, menos eu, claro.

Eu deveria estar empolgada, aproveitar que tô com a Karol, o Leo, o Bruno, a Gisellen, Camila, Arrascaeta... e, bom, o Gerson. Mas ele estar aqui muda tudo. Tento focar em qualquer coisa que não seja ele. Sorrio pra Karol quando ela me cutuca.

— Tá animada, Lu? — Ela pergunta, ajeitando um fio do meu cabelo.

— Claro que tô. Precisando me divertir, né? E é o show do Ret. — A mentira sai fácil, mas a verdade é que minha mente tá longe. Ou perto demais. Gerson está ali, perto do bar, já com um copo na mão, como sempre. Tento não olhar, mas é impossível.

— Não sei não, hein... — Karol me olha de lado, percebendo meu desconforto. — Tem a ver com o Gerson? – ela perguntou mais perto do meu ouvido, por conta do som.

Solto o ar com força, desviando o olhar. A verdade é que não é só o Gerson que me deixa assim.

— Na real, tô com saudade do Piquerez — confesso, mais pra mim do que pra ela. — Ele é tão... perfeito, sabe? Ele faz tudo certo. E eu... não quero magoar ele. – fiz bico, porque no fundo eu tenho medo real de magoar ele.

Karol levanta uma sobrancelha.

— Então por que tá com essa cara de quem tá perdida? Se o Piquerez é tudo isso, por que você ainda liga pro Gerson? – Karol perguntou sem entender.

— Eu não sei. — Respondo rápido, mas sei que é mentira. Eu sei exatamente por quê. Porque, por mais que o Piquerez seja incrível, por mais que ele seja tudo o que eu sempre achei que queria, o Gerson ainda mexe comigo de uma forma que eu não consigo controlar. E isso me assusta.

Karol me observa em silêncio por um momento antes de falar.

— Não acho que você vai magoar o Piquerez, Lu. Mas você precisa se resolver com o Gerson, senão isso nunca vai acabar. – Karol disse e saiu pra ir pegar uma bebida.

Reencontro • Gerson SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora