Gerson Narrando.
Tamo aqui na sala assistindo "Divertidamente 2". É cada uma que inventam... mas as crianças amam, então tá valendo. Dom tá deitado no meu colo, todo aconchegado. Quem vê pensa que ele é meu filho. Esse moleque ganhou meu coração sem nem precisar se esforçar.
— Gio, quer suco? Um misto quente? — Analu apareceu na sala, de pijama. Eu não resisti e a encarei por uns segundos. Sempre me pega de surpresa, sem querer.
— Sim! — Gio se levantou animada e foi com Analu pra cozinha.
Essas duas se dão bem, coisa bonita de ver. Fico de longe, tentando não deixar a cabeça viajar demais, mas aí...
— Aê, lerdão — Léo me cutucou e deu uma risadinha. — Vê se agiliza e conversa com a Analu. – ele concluiu.
Olhei de relance pra ele e suspirei.
— Ela mal fala comigo, cara — balancei a cabeça, tentando disfarçar a frustração que ainda sinto.
— Se vira, mermão. Amanhã já tamo voltando pro Rio — Karol soltou do canto da sala, e eu só fiquei quieto.
Pra quê insistir? Tudo o que eu tinha pra falar, já disse naquela festa. Desde então, as coisas ficaram esquisitas entre a gente.
00h45 da noite.
A casa toda já foi dormir. Tô aqui na espreguiçadeira do lado de fora, olhando pro céu estrelado. O silêncio da noite é bom, mas a cabeça não para. Pensando nela. Pensando no que poderia ter sido.
— Sem sono também? — A voz de Analu me tira dos devaneios. Ela aparece só de pijama e se senta ao meu lado.
Eu só concordo com a cabeça, sem saber muito o que dizer. O silêncio volta a dominar, mas é um silêncio que não incomoda. É quase confortável, como se o tempo entre a gente tivesse parado por um momento.
— Eu também nunca te esqueci... só pra você saber mesmo. — As palavras dela cortam o ar como um soco no estômago. Não esperava por isso.
Olhei pra ela, surpreso. O que dizer? Sorri de leve, porque, no fundo, é tudo o que eu queria ouvir, mas não esperava. Voltei meu olhar pro céu. A gente ficou assim, em silêncio de novo, como se as palavras já tivessem sido suficientes.
Começou a ventar, e eu vi Analu se tremendo de frio, tentando disfarçar.
— Aqui, pega — tirei meu moletom e estendi pra ela.
— Não precisa — ela tentou negar, mas eu insisti, empurrando o moletom pra ela. Teimosia dela não vai mudar o fato de que tá frio.
Ela acabou vestindo, com aquele jeito meio emburrado, mas aceitou.
— Obrigada — murmurou.
A gente ficou ali, lado a lado, sem mais o que dizer. Só o vento e as estrelas. Mas o vento ficou mais forte, e aí não teve jeito. Tivemos que voltar pra casa. Talvez seja só isso que eu preciso agora: esses momentos simples, silenciosos. Mas, ao mesmo tempo, talvez eu precise de muito mais.
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Reencontro • Gerson Santos
FanficAnalu Ferraz irmã do jogador Bruno Henrique volta da Itália após 4 anos e com ela trás o seu grande amor, seu filho Dom. Gerson está tentando seguir o seu casamento com a mãe da sua filha, mas tudo irá mudar após a volta da mulher a qual o seu o cor...