Lar Doce Lar

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━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━ O exame Chunnin havia sido um verdadeiro desastre, como se a própria sorte estivesse contra nós

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━━━━━ O exame Chunnin havia sido um verdadeiro desastre, como se a própria sorte estivesse contra nós. A invasão dos Otsutsuki transformou tudo em uma batalha caótica e sangrenta, destruindo qualquer esperança de sucesso naquele evento miserável. Agora, tudo o que restava era um amontoado de destroços e um punhado de civis tentando remendar suas vidas. A vila estava em reconstrução, as pessoas forçavam sorrisos enquanto erguiam suas casas em meio ao cenário de escombros. Como se isso fosse possível.

Eu estava de volta a Konoha fazia uma semana, e nada aqui parecia fazer sentido. Viver com meus pais... ridículo. Se dependesse de mim, nunca teria deixado a casa do meu tio. Dizer adeus ao meu primo Shinki e aos meus antigos companheiros de equipe foi como cortar parte de mim. Eles eram minha verdadeira família, e agora, estava presa aqui, com essa gente. Não que eu fizesse questão de me socializar. Preferia estar sozinha, longe de qualquer contato humano. A cada tentativa forçada de convivência, sentia como se estivesse presa em uma jaula invisível.

Acordei cedo, como de costume. O relógio mal batia seis da manhã e eu já estava de pé, com meu grande leque à mão. A casa estava mergulhada em sombras, o silêncio era quase absoluto. Meus pais, claro, ainda estavam dormindo. Sem fazer barulho, saí pela porta da frente sem ao menos pensar em tomar café da manhã. O estômago vazio não me incomodava, e a ideia de ter que interagir com alguém logo cedo era insuportável.

A brisa fria da manhã me envolveu assim que pisei nas ruas. A aldeia, àquela hora, estava praticamente deserta, exceto pelos primeiros trabalhadores que começavam a sair de suas casas. As ruas de Konoha ainda cheiravam a poeira e pedra quebrada, um leve aroma metálico de ferrugem pairava no ar, vindo dos escombros que se espalhavam por cada esquina. O vento cortante me dava uma sensação estranha, como se a própria natureza estivesse ressentida pelos acontecimentos recentes. Caminhei lentamente, ouvindo o som solitário dos meus passos ressoando pelas ruas silenciosas.

O céu ainda estava tingido de tons alaranjados e rosados enquanto o sol tentava atravessar as nuvens, trazendo consigo uma luz fraca que mal iluminava as vielas escuras. Eu gostava daquilo. A quietude da vila, a ausência de vozes irritantes. O Monumento Hokage parecia o melhor lugar para me isolar, e então, segui até lá, subindo sem pressa.

Quando cheguei ao topo, a vista era surpreendente, como sempre. Olhei para baixo, observando a aldeia que, agora, teria que chamar de lar. “Lar, doce lar”, pensei com desprezo. Meus longos cabelos negros balançavam ao sabor do vento, enquanto eu me mantinha ali, em pé, com os olhos verdes fixos na vila. O vento gélido me rodeava, e por um breve momento, me permiti esquecer o quão deslocada eu me sentia.

Foi então que senti algo. Uma presença atrás de mim. O vento, que antes era apenas frio, de repente pareceu agitar-se ainda mais. Sem hesitar, saquei uma kunai e a lancei na direção da ameaça. O som cortante do metal foi seguido por um ruído leve, e minha kunai se cravou na árvore, passando de raspão pelo rosto de Inojin, que se encontrava ali, como se fosse parte da paisagem. Suspirei em frustração ao vê-lo, sinceramente, eu deveria ter acertado na cabeça...!

𝐀𝐒 𝐒𝐄𝐓𝐄 𝐋𝐔𝐀𝐒| ᵀᵉⁿᵃˢʰᶦ ᴺᵃʳᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora