𝐀𝐒 𝐒𝐄𝐓𝐄 𝐋𝐔𝐀𝐒| ᵀᵉⁿᵃˢʰᶦ ᴺᵃʳᵃ

Calmaria

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━━━━━━ A luz do sol penetrava pelas cortinas da janela, atingindo meu rosto e me fazendo despertar lentamente. Minhas pálpebras estavam pesadas, como se tivessem sido feitas de chumbo, e minha cabeça latejava com uma dor surda. Tentei me mover, mas cada músculo do meu corpo protestou. Meus dedos encontraram algo macio ao meu lado — lençóis. Lençóis brancos. O cheiro de desinfetante encheu meus pulmões, me trazendo uma sensação desconfortável de familiaridade.

Estava em um hospital.

Minha mente, lenta, tentava processar o que estava acontecendo. Como eu tinha chegado ali? Por que eu estava deitada naquela cama?

Forcei meu corpo a se mover, e uma onda de tontura tomou conta de mim. Meus olhos finalmente abriram, piscando para focar nas paredes brancas e no soro ao meu lado, que gotejava lentamente. O quarto estava silencioso, apenas o som dos meus próprios batimentos cardíacos ecoava nos meus ouvidos, como um tambor distante.

Tentei levantar, mas meus braços estavam fracos. Soltei um suspiro frustrado, minha garganta seca como areia. Tentei me lembrar... o que havia acontecido? Fragmentos de memória começaram a surgir, como pedaços de um quebra-cabeça ainda incompleto. O pergaminho... Inojin... os ninjas do clã Iwa.

Meu coração acelerou com o pensamento. Onde eles estavam? E por que eu não conseguia me lembrar do que havia acontecido depois? Meus últimos momentos conscientes foram de desespero, de uma corrida para proteger o time, mas depois disso... o vazio.

Com um esforço tremendo, virei a cabeça e vi uma mesa ao lado da cama, cheia de flores e cartões. Uma mistura de alívio e confusão me atingiu. Quem os havia deixado? E, mais importante, como estavam Inojin, Shikadai e Cho Cho?

Minha mente se enchia de perguntas, mas nenhuma resposta vinha.

Com muito esforço, estiquei a mão até a mesa ao lado da cama. Meus dedos trêmulos tocaram os cartões, e os puxei para perto, ignorando a dor aguda que pulsava em meu braço. O primeiro era um simples cartão branco com uma flor no canto.

"Melhoras rápidas, Tenashi. Todos estamos torcendo por você. - Shikamaru"

Suspirei ao ler. Claro que meu pai estaria preocupado, mas não havia muito mais a dizer do que isso. Ele era prático, direto.

O segundo era rosa e tinha luas, abri ele e reconheci ser se mamãe.

" Estou morrendo de preocupação, fique bem logo meu amorzinho... - Temari"

Coloquei o cartão de lado e peguei o próximo, que tinha desenhos coloridos e letras grandes.

"Não aguentamos mais a comida do hospital! Por favor, se apresse e melhore! - Cho Cho"

Soltei um riso breve, que logo se transformou em um gemido de dor quando meu peito protestou. Cho Cho sendo Cho Cho. Mesmo numa situação como essa, ela conseguia ser leve. Coloquei aquele cartão de lado também e peguei o último, que era um pouco mais simples, com uma caligrafia que reconheci de imediato.