Primeira Missão

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━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━ A manhã já tinha se arrastado como um peso morto, e eu me pegava cada vez mais irritada com o clima abafado de Konoha

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━━━━━━ A manhã já tinha se arrastado como um peso morto, e eu me pegava cada vez mais irritada com o clima abafado de Konoha. A vila podia ter o nome de uma árvore, mas parecia mais um formigueiro lotado de gente que não sabia o significado da palavra "sossego". Uma semana ali e eu já sabia que odiava cada canto daquele lugar.

A caminhada pelas ruas em reconstrução, resultado do desastre da invasão dos Otsutsukis, era quase automática. As pessoas seguiam suas vidas, como se não houvesse escombros de guerra à volta, como se o caos estivesse a um piscar de olhos de distância. Ridículo. Só queria voltar para Sunagakure. Voltar para o silêncio do deserto. Mas, aparentemente, eu estava presa nessa piada de vida doméstica, "reconectando" com meus pais.

Foi quando ouvi passos. Não precisei olhar para saber que era ele.

— Tenashi.. —boceja em seguida.

Shikadai, me alcançou sem pressa, mas sua voz carregava um tom que eu conhecia bem, preguiça matinal.

—O que foi?—perguntei, sem fazer o mínimo esforço para esconder minha impaciência. Parei, cruzando os braços e fitando a cara dele com um olhar cansado.

—Temos uma missão. —ele respondeu, direto ao ponto, como sempre. —É sua primeira com o time.

Franzi o cenho. Missão? Ótimo, porque era exatamente disso que eu precisava no meio dessa bagunça emocional.

—Que perfeito. —soltei com um suspiro pesado. —Só uma semana nesse buraco e já querem me arrastar pra isso. Eu ia adorar passar o dia sem lidar com mais gente insuportável, mas aparentemente o universo adora me torturar.

Ele me encarou com aquela calma que só Shikadai tinha. Nada do que eu falava o afetava de verdade.

—O Hokage nos chamou. Vai ser algo simples, mas não faça fiasco e muito menos chilique.

—Fazer fiasco? Não se preocupe, vou me certificar de acabar logo com isso pra não ter que encarar mais idiotas do que o necessário.— Respondi, seca, me virando de imediato. Se eu ficasse mais um segundo parada ali, ia querer explodir de tanto tédio.

Seguimos em silêncio até o escritório do Hokage. Eu odiava aquele lugar. Tudo era tão... organizado, tão previsível. Konoha podia ter suas cicatrizes da guerra, mas ainda era muito "certinha" para o meu gosto. O sol já estava alto, queimando o chão da vila com força, enquanto a brisa, se é que podia chamar de brisa, apenas bagunçava meus cabelos, como se até o vento quisesse me irritar.

O escritório do Hokage estava logo à frente, imponente e detestável. A cada passo, o peso da responsabilidade se aproximava, e eu sabia que, para Shikadai, isso significava mais do que um simples dever. Para mim? Era só mais uma tarefa que eu teria que fazer calada, para garantir que não teria que ouvir sermões depois.

𝐀𝐒 𝐒𝐄𝐓𝐄 𝐋𝐔𝐀𝐒| ᵀᵉⁿᵃˢʰᶦ ᴺᵃʳᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora