➦𝐍𝐚𝐫𝐮𝐭𝐨 𝐧𝐞𝐱𝐭 𝐠𝐞𝐧𝐞𝐫𝐚𝐭𝐢𝐨𝐧𝐬-!!
꧁ Na prestigiosa linhagem dos Nara, Tenashi Nara, a irmã gêmea de Shikadai, destaca-se como um prodígio precoce, desvendando com maestria as artes ancestrais transmitidas por seus ilustres progenitor...
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━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━ ━━━━━━ Lembro-me como se fosse ontem do dia em que me vi pela primeira vez diante do pequeno corpo que carregaria o legado da união entre duas grandes nações. Conhecer Shikamaru foi um momento indescritível, a materialização de um laço que, apesar de improvável, floresceu de maneira singular. Mas antes disso, havia o peso da mudança. Deixar Sunagakure, deixar meus irmãos, foi um dos desafios mais árduos que enfrentei. Senti como se parte de mim ficasse para trás, presa ao calor abrasador do deserto, enquanto meu corpo caminhava em direção às sombras das árvores de Konoha.
Kankuro, sempre tão teimoso, tentou me convencer a ficar, e Gaara, mesmo com sua habitual serenidade, mostrou o desconforto que sentia em me ver partir. Mas eu sabia que a jornada que se desenhava era inevitável. O casamento com Shikamaru foi, para mim, uma nova missão, uma que aceitei com o mesmo fervor e disciplina que sempre empreguei nas batalhas. Não era apenas um laço entre nós dois; era um símbolo da aliança entre nossas vilas, um testemunho de que tempos de paz eram possíveis, mesmo entre povos tão distintos.
Os primeiros meses de casada foram curiosos. Adaptar-me à vida em Konoha, tão diferente das tempestades de areia de minha terra natal, foi um desafio silencioso. Eu, que sempre soube me impor com firmeza e clareza, me vi cercada por uma calmaria que, às vezes, era inquietante. A vila era pacífica, e Shikamaru, com seu modo preguiçoso de lidar com o mundo, trouxe-me uma sensação de estabilidade que eu não sabia que precisava. No entanto, sempre houve o vazio, a saudade de Sunagakure, de meus irmãos, da vida que eu conhecia.
Mas tudo isso mudou no momento em que descobri que estava grávida. Aquele pequeno segredo, que se desenvolvia silenciosamente dentro de mim, trouxe uma luz que eu não esperava. O meu corpo, acostumado às batalhas e ao treinamento, agora carregava algo muito mais precioso do que qualquer missão. A princípio, foi estranho. A ideia de criar uma vida – de ser responsável por algo tão frágil e tão dependente – era ao mesmo tempo emocionante e assustadora. Passei noites inteiras observando Shikamaru dormir, pensando no futuro que estávamos prestes a criar juntos.
O tempo passou rapidamente, e logo as dores começaram. Nove meses depois, ali estava eu, no hospital de Konoha, cercada por uma equipe médica que era liderada por Sakura, que se movia com uma eficiência quase militar. As contrações vinham como ondas, e por mais forte que eu fosse, não havia treinamento no mundo que pudesse me preparar para aquilo. Contudo, a dor foi eclipsada por um choque ainda maior quando o médico anunciou: não era apenas um bebê... eram dois.
O primeiro a nascer foi meu menino. Pequeno, frágil, mas com uma expressão serena, quase como a de Shikamaru. Lembro-me do sorriso orgulhoso no rosto dele ao segurar o filho pela primeira vez, e com toda a tranquilidade que lhe é peculiar, ele disse: "Shikadai. Vai ser o nome dele." E assim ficou, nosso pequeno príncipe.
Mas então veio a segunda surpresa, uma menina. Olhei para aquela pequena figura, tão parecida com seu irmão em seus primeiros instantes de vida, e soube que ela precisaria de um nome forte, algo que carregasse uma parte de mim, de minhas raízes em Sunagakure. "Tenashi", declarei. Um nome que fluía como o vento, lembrando a força que herdaria de sua mãe.
Ali, com Shikadai em um braço e Tenashi no outro, senti que meu mundo estava completo. Eu tinha um príncipe e uma princesa, herdeiros de duas grandes nações, e nada no mundo poderia me trazer mais felicidade. Meu coração, antes dividido entre duas vilas, encontrou seu equilíbrio perfeito nos olhos de meus filhos.
Meu mundo ficou rosa e azul como um passe de mágica, os gêmeos idênticos mas tão diferentes...
Ser mãe foi, sem dúvida, a missão mais desafiadora que já enfrentei. Desde a guerra, acostumei-me a batalhas, estratégias e emboscadas, mas nada me preparou para a intensidade de carregar e trazer à vida duas crianças que seriam, de formas distintas, reflexos de mim e de Shikamaru. Eu, Temari, que sempre fui guiada pela força e determinação, me vi vulnerável diante de algo que não podia controlar: a maternidade.
Quando Shikadai nasceu, senti uma paz que não conhecia. Ele era calmo, preguiçoso, quase como se o mundo ao redor fosse um grande inconveniente para seu descanso. Era um bebê que raramente chorava e se movia com a lentidão calculada que só seu pai poderia ter lhe passado. Ver aquele pequeno reflexo de Shikamaru em seus olhos me fez rir diversas vezes; o mundo poderia desabar, mas Shikadai sempre preferiria uma soneca.
Por outro lado, quando Tenashi nasceu, tudo mudou. Desde o primeiro momento, ela irradiava algo que era impossível ignorar. Não havia tranquilidade com ela, não havia descanso. Era como se o vento tivesse se tornado parte dela desde o nascimento. Suas primeiras palavras, ao contrário de qualquer outro bebê, não foram um "mamãe" ou "papai". Não. Tenashi olhou para mim, seus olhos brilhando de inteligência precoce, e a primeira palavra que saiu de sua boca foi "Kamaitachi", o nome de um jutsu de vento que eu mesma usava. Eu lembro de como minha espinha gelou naquele momento, sabendo que aquela criança carregava algo incomum dentro de si. Algo que a tornaria única, mas também perigosa.
Com o tempo, essa impressão só se confirmou. Aos cinco anos, Tenashi já se destacava como um prodígio. Sua inteligência era desconcertante, muito além de qualquer criança da sua idade. Enquanto Shikadai ainda preferia brincar calmamente ou até evitar esforço, Tenashi estava sempre a frente, desafiando o que nós, adultos, achávamos possível para alguém tão jovem. Eu a observava, impressionada, mas ao mesmo tempo preocupada. Ela dominava as palavras, estratégias e conceitos com uma rapidez assustadora. E então, como uma tempestade iminente, aconteceu.
Estávamos na floresta, e Shikadai e Tenashi brincavam despreocupados, quando um urso selvagem surgiu do nada, ameaçando meus filhos. Shikadai, é claro, congelou, sua natureza calma e despreocupada entrando em choque com o perigo iminente. Mas Tenashi... minha pequena tempestade... Ela não hesitou. Como se tivesse nascido para isso, ela canalizou o chakra que nunca havia treinado. Em uma explosão de poder, ela usou simultaneamente o estilo vento e o controle de sombras – algo que jamais havia visto antes em alguém tão jovem.
Mas o que deveria ter sido sua maior vitória se transformou em um desastre. O poder era grande demais para seu pequeno corpo e mente ainda sem treinamento. A energia descontrolada feriu não apenas a ela, mas também a Shikadai. Em vez de salvar seu irmão, ela acabou machucando ambos, o poder escapando de suas mãos sem direção. Vi o desespero em seus olhos, tão confusos quanto os meus. Eu, Temari, uma mestre no uso do vento, não conseguia ensiná-la a controlar aquele caos.
A partir daquele dia, o padrão se repetiu. Cada vez que Tenashi usava seu poder, ainda que sem querer, o estrago era imenso. Não havia controle, não havia treinamento que pudesse ajudá-la a dominar aquelas habilidades. Nem eu, nem Shikamaru, nem mesmo os instrutores de Konoha sabiam como lidar com isso. Era como se ela fosse uma força da natureza em forma humana, algo que não poderia ser contido por métodos convencionais.
Foi então que Gaara, durante uma de suas visitas a Konoha, percebeu a gravidade da situação. Meu irmão, que durante tanto tempo lutou para controlar o monstro dentro de si, viu em Tenashi uma semelhança assustadora com seus próprios dilemas do passado. Ele se ofereceu para levá-la de volta a Sunagakure, para que pudesse treiná-la pessoalmente. Sabia que, se alguém podia ajudar minha filha a domar seus poderes, seria ele, que carregava a sabedoria de anos de luta interna.
A decisão foi dolorosa. Aos cinco anos, tive que me despedir da minha filha. Shikamaru e eu sabíamos que era a única forma de protegê-la – e proteger os outros. Com o coração pesado, aceitei. Gaara prometeu que aos treze anos ela voltaria, mais forte, mas capaz de controlar aquilo que a tornava tão especial.
E assim, os gêmeos Nara foram separados por segurança. Enquanto Shikadai crescia em Konoha, seguindo os passos calmos do pai, Tenashi foi para o deserto, moldada pelo calor implacável de Sunagakure. O contato se tornou raro, as visitas se espaçaram, e o vazio que ela deixou ao partir foi algo com o qual aprendi a conviver. Mas cada vez que o vento soprava com força, eu me lembrava da minha menina, sabendo que um dia ela voltaria para mim.
Agora, oito longos anos se passaram. Meus filhos têm treze anos, e o exame Chuunin se aproxima. Shikadai se prepara como todo garoto de sua idade, mas o que realmente acelera meu coração é a promessa que Gaara fez: após o exame, terei minha garotinha de volta.