Epílogo

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Quatro meses depois.

POV ELIJAH

Entro no meu apartamento e imediatamente sinto o cheiro delicioso de baunilha e chocolate, sou atraído até a cozinha exatamente como uma formiga é atraída por açúcar, sorrio ao ver Chary tirando do forno um bolo recém assado, meu sorriso aumenta ao ver a silhueta dela.
Ela já está com uma barriguinha amostra.
Chego por trás dela, envolvendo meus braços em seu ventre cheio de vida, ela encosta a cabeça em meu peitoral e sorri para mim, abaixo para enfiar o rosto em seu pescoço, aproveito o cheiro de sabonete de rosas e baunilha do bolo se misturando na pele dela.
Ela solta um gritinho agudo e alegre, deixa o bolo sobre a bancada e leva a mão até a minha, ela posiciona a palma da minha mão em sua barriga, ficamos uns segundos nessa posição até que sinto.
Arregalo os olhos, rio quando sinto mais uma vez o chute leve em minha mão.

O bebê na barriga da mulher da minha vida está chutando, meu filho.
Ou filha.
Tudo o que me importa está bem aqui e eu me sinto o homem mais sortudo do mundo todo, porque ela está ao meu lado.

Charlotte se vira para mim, aproxima o rosto do meu e me beija com calma e amor, retribuo o gesto com toda a emoção dentro de mim, ela se separa com um sorriso.

– Fale com seu garoto. – Ela diz tranquilamente, mas meu coração erra as batidas.

– É um menino? – Minha voz sai completamente falha, Chary confirma com a cabeça, sorrindo.

– Fui na consulta com a Talita, queria te fazer uma surpresa.

A felicidade constante e instantânea me invade com tanta força que tenho que pegar Chary pela cintura e girá-la em nossa cozinha, beijo-a centenas de vezes antes de ajoelhar em frente ao ventre dela, olho a barriga inchada e recheada de felicidade e tudo o que posso fazer é beijar a região.

– Benvenuto, il mio Niccolò, il vincitore del mio popolo. – Sussurro apenas para que meu filho ouça.

...

Notas da autora:

Isso definitivamente não é um adeus.
Nunca poderia dar tchau para vocês, meus leitores.
Logo eu volto com mais da minha mente traduzida em palavras para vocês.
Obrigada por ler, vocês formaram e arrumaram meu coração, cada um que leu, e me seguiu, e comentou, e me elogiou. Todos vocês me ajudaram em um momento dilacerante, obrigada.
Eu amo vocês!

Nunca tchau! Nunca!

Ps: A moral da história aqui é que os personagens bonzinhos nem sempre são os verdadeiros, e que não importa o quanto você tente, você NUNCA conseguirá esconder quem é. O bem e o mal não existem, seja a sua própria verdade, não perca tempo tentando entrar em um padrão, você pode ser igual aos meus personagens (corruptos, moralmente duvidosos e completamente amáveis).

O mundo é muito pequeno para viver olhando para baixo, olhe para cima e deseje a imensidão.

Vocês ainda vão me ver por aí, bjinhos. ;)

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