Capítulo 01

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MATTEO RICHARD


Treze anos depois...

   A adrenalina de correr é uma das poucas coisas que ainda me faz sentir vivo. Sempre gostei de tudo que exala perigo, minha mãe costuma dizer que eu sou um suicida, e não discordo disso.

   Giro o volante completando mais uma curva, me aproximando da linha de chegada, aumento a velocidade vendo meu oponente se aproximar.


Não vou perder.

   A adrenalina corre em minhas veias. Os vidros do carro baixos, fazem com que meus cabelos dancem sobre o vento forte, a sensação de liberdade me toma por completo, a cada vez que almento a velocidade para tomar a frente, uma faísca se ascende destro de mim.

   Saio de meus pensamentos quando sinto meu carro ser impulsionado para a frente, olho pelo retrovisor vendo Luc na minha cola. Filho da puta.

   Piso na acelerador cruzando a linha de chaganda, deixando meu odiado amigo comer poeira, dou vários voltas com a Ferrari fazendo drift, ouvindo gritos com meu nome pela vitoria.

   Desço do carro com um sorriso no rosto,  enquanto observo Luc vir puto em minha direção.

   — filho da puta trapaceiro!! — Ele exclama, dando um soco nada fraco no meu braço.

   — você não sabe perder, e eu sou trapaceiro? Não fode Besson. — desvio de sua atenção, procurando Alex. Nosso amigo.

   — porra, isso foi foda cara! — Alex exclama, enquanto faz um toc comigo — mas com certeza, o melhor de tudo é ver o Luc puto por ter perdido.

   — como sempre... — relembro, apenas para velo se contorcer de ódio.

   — seu merdinha!, espero que bata o caro da próxima vez. — Ele diz, antes de sair em direção às garotas que estavam ao nosso redor.

   — foi uma boa corrida, cara. — Alex me parabeniza. — mas puxa o freio quando chegar em uma curva. Vai acabar morrendo, e não vai ser eu que vou contar a sua mãe caso você morra. — Ele diz, e se afasta também.

   Em algum lugar do carro ouço meu celular tocar, entro no mesmo para encontrá-lo.

   — mais que caralho, cadê essa merda?— praguejo, e finalmente o encontro em baixo do banco.

   O nome da minha mãe brilha na tela, e eu atendo de imediato. Se eu soubesse que aquela ligação mudaria tudo a partir dali...

   — Matteo, onde você está? — sua voz soa trêmula, parece estar chorando..?

   — Com os caras ainda, mãe. — minha mãe não sabia sobre as rachas, e eu preferia que não soubesse, eu já era um desgosto muito grande em sua vida.

   — filho, quero que me escute com atenção. — ela suspira, aparentemente, segurando o choro. — acabaram de me ligar da delegacia, seu pai estava saindo da empresa quando sofreu uma tentativa de assalto, ele reagiu e acabou sendo baleado por um dos assaltantes...— ela volta a chorar — Ele não resistiu até chegar ao hospital meu filho, seu pai morreu Matteo.

   Ouço um zumbido horrível, minha vista fica embaçado pelas lágrimas derramadas, faz muito tempo que não sei oque é chorar.

   — filho, ainda está ?

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