Capítulo 04

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AURORA FERRARI




   Toco a campahia duas vezes enquanto espero alguém abrir a porta, odeio ficar nervosa por saber que vou estar tão perto dele. Depois da noite de ontem, fiquei morrendo de vergonha por ter ligado, por sorte, ele agiu como se nada tivesse acontecido. Saio de meus pensamentos quando escuto alguém abrindo a porta.

   — Nora!! — Delphine pula em minha direção e eu a pego no colo — que saudades!

   — Eu também pequena, seu irmão está? — pergunto enquanto entro com a mesma no colo.

   — Ele tá lá em cima pintado.

  — Delphi, quem era? — a tia Amélie grita da cozinha — oh, olá Aurora, tudo bem querida?

   — Oi tia, tudo sim — Delphine desse do meu colo e eu ajeito minha roupa — posso subir? Vim para fazer um trabalho com o Matteo.

   — Claro, ele já está a sua espera. — apenas aceno com a cabeça e subo em direção às escadas.

   Assim que chego em frente ao seu quarto, bato na porta mais ele não aparece, noto que a porta está aberta e entro. Vejo que ele não mudou nada no quarto, continua do mesmo jeito, tudo em seu devido lugar, Matteo continua com a mesma mania de organização.

   Observo os quadros pendurados espalhados pelas paredes, um quadro em específico chama a minha atenção. Tio Maverick e Matteo estão juntos nessa foto, Matteo tem um sorriso contagiante em seu rosto, muito diferente de como ele é agora. E triste saber que um homen tão incrível como Maverick Richard não está mais aqui.

   — Vai ficar aí até quando? — tomo um susto e olho para trás, dando de cara com o Matteo usando apenas uma calça moletom cinza. PUTA QUE PARIU!!

   — Você me assustou! — o encaro e percebo que ele acabou de sair do banho, os fios loiros molhados denunciam isso, a falta de uma camisa me permite admirar as tatuagens espalhadas por seu corpo. Matteo tem um físico incrível, não tem um corpo exageradamente músculoso, e eu acho isso fodidamente atraente...

   — Não me importo se você continuar me secando, Aurora. Mas temos um trabalho para fazer — desvio a atenção de seu corpo, ele tem um sorriso convencido em seus lábios.

   — Não estava secado você.

   — E mesmo? — Ele desdenha.

   — Você não vai por uma camisa? — mudo de assunto quando sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, Droga.
 
   — Não. Me sinto confortável assim, algum problema com isso? — Ele pergunta com um sorriso debochado. Nossa, como eu detesto esse sorriso.

   — Não, nenhum. — tomo a liberdade de me sentar em sua cama — então, você já sabe oque vamos fazer?

   — Ué? O trabalho não é desenhar algo que gostamos um no outro? — apenas aceno em concordância — já decide oque vou fazer, vou desenhar você.

   — Como assim, eu? — sinto minhas bochechas ficarem vermelhas, a vergonha me toma por completo.

   — Isso mesmo, temos que desenhar oque gostamos um no outro, e eu gosto de você por completo Aurora. Cada parte de você me fascina. — Ele diz encarando meus olhos, sempre que Matteo me olha assim me sinto desconcertada. Parece que está encarando minha alma...

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