Após ter problemas em sua escola, Jordan Vicari se vê sendo levada por sua mãe para uma cidadezinha chuvosa em algum lugar no meio do nada onde morariam com sua avó. Lá, ela conhece sua família materna, com a qual nunca teve muito contato e se conec...
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Olá, como estão meus leitores favoritos?
Demorei? Demorei, mas eu tenho uma desculpa: Quarta Asa e Guerra da Papoula, eu sou do tipo que quando começa um livro — se for bom — não paro de ler até terminar, isso significa dormir no máximo 4h por dia. Sim, não tenho controle nenhum.
Mas isso me faz bem, ler de forma tão apaixonada me inspira a escrever, então no fim são vocês que saem ganhando.
Antes de começar o capítulo, lembre que quando falo Antes, quer dizer que se passaram 3 anos depois do sequestro, 2 anos antes do presente.
Sem revisão!
Então sem mais delongas, boa leitura!
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Antes
Na primeira vez em que as viu, Aylin pensou que fosse um sonho. Um dos milhares — poderiam ser milhões — que já tivera. Cenas que passavam pela sua mente noite após noite, até que ela desistiu de dormir porque era doloroso demais acordar com lágrimas nos olhos todos os dias.
No entanto os dias chegaram e se foram e Aylin teve certeza: daquela vez era real.
Mas até que ponto era de fato real? E se não fosse real o suficiente?
Preferiu manter distância. Ficou o mais longe que pôde e mandou Medea e Niko se calarem toda vez que falavam delas. Líria a deixou em paz.
Então para esquecer aquela proximidade que as separava, entregou-se aos desejos mundanos que habitava em seu corpo. Usou o sexo, as drogas e as bebidas para fingir que elas não estavam lá, quando sabia que em todo o seu amago habitava um clamor para que estivessem. Para que permanecessem.
Desde que se foram, Aylin as querida de volta.
E agora que as têm, Aylin tinha medo de perdê-las porque sabia o que viria com o aparecimento delas. E ela já foi destruída uma vez, já rastejou na lama e implorou à Deusa e suas Filhas que as devolvessem para si, já afundou no mais profundo poço e escalou de volta para cima com esperanças vazias de que elas voltariam. Até que o passar dos dias, dos anos, dos milênios esfriasse seu coração.
