Capítulo 5: Sombras do Passado
Depois da intensa confrontação com sua mãe, Han se trancou em seu quarto. As lágrimas escorriam pelo seu rosto, misturando-se com a frustração e a dor que ele sentia. Ele se sentia completamente sozinho, sem saber a quem recorrer. O peso da coroa parecia ainda mais insuportável agora, e a luta por sua identidade se tornava cada vez mais difícil. Os dias se transformaram em semanas, e a solidão se tornou sua única companhia.
Do outro lado, Minho notou a ausência de Han e a preocupação começou a consumir sua mente. "O que aconteceu com ele? Por que não voltou?" Minho pensou, inquieto. Ele sabia que precisava fazer algo, que ninguém mais parecia disposto a ajudar.
Determinado a ver Han, Minho decidiu ir ao castelo. Ao chegar, ele foi recebido por uma atmosfera tensa. Gritos ecoavam pelos corredores, e ele seguiu em direção à sala de estar, seu coração batendo descompassado.
Assim que se aproximou, ouviu a voz da mãe de Han gritando: "Eu deveria ter te matado antes de saber que você gostava de outros homens! Você é uma vergonha, garoto!"
A voz dela transparecia uma mistura de raiva e desespero. Minho, sem saber o que esperar, espiou pela janela da porta e congelou. A cena diante de seus olhos era devastadora. Han estava ali, seu corpo ferido, sangue escorrendo dos cortes visíveis em seus pulsos. A mãe de Han segurava uma faca, seu rosto distorcido pela fúria.
"Han!" Minho gritou, sentindo o pânico tomar conta dele. Ele não podia ficar parado enquanto a pessoa que ele mais se importava estava em perigo.
Han, em meio a gritos e lágrimas, apenas conseguiu ver a imagem de sua mãe cheia de raiva e a dor que sentia por ser rejeitado. Ele se virou e correu para o seu quarto, trancando a porta atrás de si. Ele precisava de um escape, de uma maneira de acabar com a dor.
Sentado na cama, abriu uma gaveta e pegou uma pequena lâmina. Em um estado de desespero, ele começou a cortar os pulsos, como se isso fosse a única forma de alívio que pudesse encontrar. "Eu só queria estar com você, Minho," ele murmurou entre soluços.
Enquanto isso, Minho subiu em uma árvore próxima para ver o que estava acontecendo. Quando ele olhou para dentro do quarto, seu coração parou. A cena que encontrou era aterrorizante: Han, com lágrimas nos olhos, sangrando e em um estado profundo de desespero.
Sem pensar duas vezes, Minho pulou da árvore, quase caindo da janela aberta, mas conseguiu se segurar firme. Ele se apressou para dentro do quarto, a preocupação estampada em seu rosto.
"Han! O que você está fazendo?!" ele exclamou, horrorizado ao ver o que seu querido han havia feito. "Por favor, para! Você não precisa fazer isso!"
Han olhou para Minho, os olhos cheios de dor e confusão. "Eu... eu não consigo mais suportar. Eu sou uma vergonha..."
Minho se aproximou, sem pensar nas consequências, e agarrou os ombros de Han, olhando profundamente em seus olhos. "Você não é uma vergonha! Você é incrível do jeito que é. Nós vamos superar isso juntos, eu prometo!"
Com um movimento rápido, Minho pegou a lâmina da mão de Han, jogando-a longe. Ele não ia deixar que a dor e o desespero dominassem. "Estamos juntos nisso. Não desista de mim, Han. Eu não vou deixar você ir!"
Han sentiu a força nas palavras de Minho, e, pela primeira vez em muito tempo, a esperança começou a se infiltrar em seu coração. Ele não estava sozinho.
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A Disputa do Amor Coroado (misung)
AbenteuerNeste conto épico, Han se vê dividido entre o peso da coroa e o desejo de um amor verdadeiro. Enquanto o reino se agita com intrigas políticas e confrontos iminentes, a beleza enigmática do filho da rainha Eun-ji atrai Han para um mundo onde sentime...