Capítulo 10: Entre Lágrimas e Silêncios

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Capítulo 10: Entre Lágrimas e Silêncios

Han ainda se sentia insuficiente, mesmo com as palavras de Minho. O peso da dúvida e da insegurança não o deixava em paz, e ele continuava a chorar em silêncio. Por mais que Minho estivesse ao seu lado, Han não conseguia parar de se sentir... pequeno, como se nunca fosse ser suficiente para ele.

De repente, o amigo de Minho entrou no quarto, atraído pela tensão no ar. Ele parou ao ver Han com os olhos vermelhos, as lágrimas correndo pelo rosto. A confusão logo tomou conta do rosto do garoto.

"O que está acontecendo aqui?" ele perguntou, olhando diretamente para Minho. O silêncio pairou entre os três.

Ninguém respondeu. Minho parecia nervoso, sem saber como lidar com a situação. Ele olhou para Han, esperando uma explicação, mas Han apenas continuou quieto, incapaz de colocar em palavras o turbilhão de sentimentos que estava vivendo.

O amigo de Minho, sem perder mais tempo, deu de ombros e soltou um pequeno suspiro impaciente. "Tá," ele murmurou, quebrando o silêncio. Então, sem dizer mais nada, ele pegou a mão de Minho, puxando-o suavemente para perto.

O simples toque fez o estômago de Han revirar. A visão de Minho deixando que o outro o puxasse para mais perto foi como uma faca afundando lentamente em seu peito. O ciúme que antes estava sob controle começou a crescer novamente, misturado com a tristeza e a sensação de abandono.

Han mordeu o lábio, tentando segurar as lágrimas, mas elas continuavam caindo. Ele queria gritar, perguntar a Minho por que ele estava deixando aquilo acontecer. Será que ele não via o quanto Han estava sofrendo?

O amigo de Minho olhou de volta para Han por um momento, um sorriso despreocupado em seu rosto, como se tudo estivesse bem. "Eu não sei por que você está chorando," ele disse, dando de ombros com indiferença. "Mas parece que isso não tem nada a ver comigo."

Minho se virou para o amigo, notando o desconforto evidente de Han. Ele hesitou, sentindo-se preso entre dois mundos—o amigo de infância que o conhecia há tanto tempo e Han, a pessoa que estava mexendo com seu coração de uma forma que ele nunca imaginou.

"Espera," Minho começou, puxando sua mão de volta suavemente, afastando-se um pouco do amigo. "Eu... acho que preciso de um minuto."

O amigo de Minho levantou uma sobrancelha, surpreso. "Sério?" Ele perguntou, sua voz cheia de surpresa e talvez até decepção. "Você vai mesmo deixá-lo arruinar nossa noite?"

As palavras atingiram Han como um soco. Ele baixou os olhos, sentindo-se mais insignificante do que nunca. Tudo o que queria naquele momento era desaparecer, escapar de toda aquela dor. O silêncio que veio depois da pergunta ecoou pelo quarto, e o desconforto cresceu.

Minho, porém, balançou a cabeça, claramente lutando com seus próprios sentimentos. "Não é isso," ele respondeu, sua voz baixa. "Só... me dá um segundo, tá?"

O amigo de Minho suspirou, cruzando os braços, mas deu um passo para trás, concedendo a Minho o espaço que ele pediu. Minho, então, voltou sua atenção para Han, sua expressão cheia de preocupação.

"Han, por favor... fala comigo," Minho pediu, sua voz carregada de sinceridade. "Eu preciso saber o que você está sentindo. Eu não quero que você se sinta assim."

Mas Han não sabia se queria ou conseguia falar. O nó na garganta só crescia, e ele se sentia mais confuso do que nunca. Tudo o que ele queria era ser suficiente para Minho... mas, naquele momento, parecia impossível.

A Disputa do Amor Coroado (misung)Onde histórias criam vida. Descubra agora