Capítulo 20: Talvez Em Outra Vida
"PORRA, EU VOU TER QUE VIRAR REI?" Han gritava, sua voz reverberando pelas paredes do palácio. O peso da coroa parecia mais um fardo do que uma responsabilidade, e a frustração transbordava dele. Um dos guardas se aproximou, puxando-o do chão, sua expressão fria e indiferente.
"Agora não adianta chorar pelo sangue derramado," o guarda disse, sua voz sem emoção.
Han o olhou, irritado, e respondeu com um suspiro frustrado. "Sangue derramado? O que você quer dizer com isso?"
O guarda suspirou, soltando a informação casualmente. "A garota está te esperando."
"Garota?" Han repetiu, confuso. "Que garota?"
O guarda o olhou, quase com pena. "Sua mãe não te avisou? Você vai se casar."
Han congelou por um momento, o choque se transformando em raiva rapidamente. "CASAR? PORRA, EU NÃO VOU CASAR COM ELA!" Ele gritou, a revolta queimando em seu peito enquanto suas mãos tremiam. Mas seu destino já estava traçado. Ele foi arrastado, vestido à força com roupas luxuosas de ouro, como se a riqueza pudesse esconder sua dor e angústia. Tudo o que ele queria era estar no colo de Minho, sentir o calor dos braços dele, os beijos suaves em seu pescoço.
Enquanto isso, Minho sentia uma estranha inquietação dentro de si. O amigo de Minho, percebendo que algo estava errado, viu os guardas de Minho se preparando. "Han vai se casar. Então vá até a igreja e... mate todos," ele sussurrou com um sorriso cruel.
A cerimônia começou com Han paralisado no altar, o coração pesado com a perspectiva de um futuro que ele não queria. Mas então, algo cortou o silêncio sagrado da igreja — um grito.
"Han!!!"
A voz de Minho ecoou pelo salão. O coração de Han deu um salto, mas ele sabia que não havia como fugir daquele destino. Os guardas ao redor se moviam rapidamente, e o caos tomou conta quando os homens de Minho invadiram a igreja. O pânico se espalhou. As lâminas encontraram alvos, o fogo começou a consumir tudo ao redor. Gritos de terror preencheram o ar.
Minho chegou correndo, seus olhos desesperados procurando por Han. Quando ele finalmente o viu, o mundo pareceu parar. Han estava parado, imóvel no altar, o olhar perdido, enquanto o amigo de Minho — aquele que havia causado tanto estrago — sorria maliciosamente.
Minho gritou novamente. "Han!" Mas foi tarde demais.
O amigo de Minho puxou uma faca de sua capa e, em um movimento rápido e cruel, cravou a lâmina no peito de Han. O ar se encheu com o som abafado do impacto, e Han, ainda paralisado, olhou para baixo, vendo o sangue manchar sua túnica dourada. O mundo ao redor desapareceu enquanto ele caía ao chão.
Minho correu até ele, seu coração batendo freneticamente no peito. Ele puxou Han para seu colo, seus olhos fixos no rosto pálido do garoto que amava. "Han, por favor, não... não me deixe!" Minho gritou, a voz quebrando em desespero.
Han, com dificuldade, abriu os olhos. O sangue escorria de seus lábios enquanto ele sorria suavemente, com a vida se esvaindo de seu corpo. "Desculpa... o que eu te fiz. Eu te amo, meu amor..." ele murmurou, sua voz mal saindo.
Minho, com lágrimas nos olhos, segurava Han firmemente. "Não, Han, por favor, não vá! Fica comigo. Eu preciso de você."
No seu último suspiro, Han olhou para Minho com um sorriso triste e sussurrou: "Talvez em outra vida... seja eu e você."
Minho gritou de dor e desespero quando os olhos de Han se fecharam, seu corpo se tornando pesado e imóvel em seus braços. O mundo parecia ruir ao redor de Minho enquanto ele chorava sobre o corpo do garoto que amava, perdido para sempre.
fim?
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A Disputa do Amor Coroado (misung)
AdventureNeste conto épico, Han se vê dividido entre o peso da coroa e o desejo de um amor verdadeiro. Enquanto o reino se agita com intrigas políticas e confrontos iminentes, a beleza enigmática do filho da rainha Eun-ji atrai Han para um mundo onde sentime...