Capítulo 14: Revelações na Penumbra

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Capítulo 14: Revelações na Penumbra

"Minho?" Han sussurrou, sua voz entre a esperança e o receio.

 A figura deu um passo à frente, saindo das sombras. O coração de Han quase parou por um segundo, mas ao ver o rosto iluminado pela luz fraca, a incerteza o atingiu.Não era Minho.Era o amigo de Minho, o mesmo que havia provocado o ciúme de Han mais cedo.

 O garoto estava parado ali, com um sorriso sutil nos lábios, os olhos brilhando em meio à penumbra."Oi, Han," ele disse, sua voz calma, mas com um tom que Han não soube interpretar. "Não consegui dormir... parece que você também não.

"Han franziu a testa, ainda processando a presença inesperada dele ali. A tensão entre eles era palpável. "O que você está fazendo aqui?" Han perguntou, mantendo sua voz firme, mas não conseguindo esconder a desconfiança.

  O amigo de Minho deu mais um passo à frente, aproximando-se devagar. "Eu queria conversar com você," ele disse, suas palavras soando mais próximas do que Han gostaria. "Sobre... Minho." 

"Sobre Minho?" Han repetiu, sentindo uma mistura de surpresa e desconforto. O nome de Minho saindo da boca daquele garoto o deixou ainda mais tenso. Ele não sabia o que esperar dessa conversa, mas, de alguma forma, sentiu que não gostava da direção que ela estava tomando.

O amigo de Minho continuou a se aproximar, mantendo aquele sorriso ambíguo no rosto. Han recuou um pouco, apoiando-se na pia, tentando manter a compostura. "Sim, Minho," o garoto respondeu, agora a poucos passos de Han. "Eu sei que vocês têm ficado bastante próximos ultimamente... e, para ser honesto, não sei como me sinto em relação a isso."

O coração de Han bateu mais forte, o ciúme queimando dentro dele novamente. "O que isso tem a ver comigo?" Ele perguntou, tentando soar indiferente, mas sua voz traiu a irritação que sentia.

O garoto deu de ombros, como se fosse algo simples. "É que... Minho e eu temos uma longa história, sabe? Nós somos mais do que apenas amigos. E, vendo vocês juntos, me fez pensar que talvez você não saiba disso." Ele sorriu, mas havia algo nos olhos dele que fez Han estremecer. "Eu não queria que você criasse falsas esperanças."

As palavras atingiram Han como um golpe inesperado. Ele sentiu um nó se formar em sua garganta, a insegurança voltando com força total. "O que você está querendo dizer com isso?" Han perguntou, tentando manter a calma, mas o tremor em sua voz era evidente.

O amigo de Minho inclinou a cabeça para o lado, como se estivesse analisando a reação de Han. "Minho e eu temos um vínculo... especial," ele disse lentamente, quase provocando. "Nós sempre tivemos. Eu só não quero que você se machuque se... se você esperar algo que ele não pode te dar."

Han sentiu o sangue ferver. O garoto estava insinuando que Minho nunca poderia vê-lo da mesma forma, que ele era nada mais do que uma distração passageira. E, embora soubesse que não deveria acreditar tão facilmente, as dúvidas começaram a invadir sua mente.

"Você está mentindo," Han murmurou, apertando os punhos. "Minho e eu... nós temos algo real."

O amigo de Minho levantou uma sobrancelha, como se estivesse se divertindo com a situação. "Será mesmo? Ou será que você está apenas imaginando isso?" Ele deu mais um passo à frente, agora bem próximo de Han. "Eu só queria te avisar, Han. Minho... ele pertence a mim."

Han sentiu o peito apertar de raiva e confusão. Ele abriu a boca para responder, mas as palavras ficaram presas. Antes que pudesse reagir, o garoto se afastou lentamente, deixando Han sozinho na cozinha, com as palavras ecoando em sua cabeça.

"Minho pertence a mim."

Han permaneceu imóvel, sua mente girando com as palavras do amigo de Minho. "Minho pertence a mim." Aquilo ecoava repetidamente em sua cabeça, trazendo à tona todas as suas inseguranças e medos. Ele queria acreditar que o garoto estava mentindo, que tudo o que ele havia dito era apenas uma manipulação para afastá-lo de Minho, mas uma pequena parte de Han não conseguia ignorar a dúvida que surgia.

Ele saiu da cozinha, ainda tentando digerir o que tinha acontecido. Enquanto caminhava de volta ao seu quarto, a noite parecia mais escura, mais fria. Cada passo que ele dava soava mais pesado, como se o chão estivesse se movendo sob ele.

Assim que entrou no dormitório, Han sentiu o peso das lágrimas se acumulando em seus olhos. Ele se jogou na cama, encarando o teto, tentando afastar a sensação de vazio que parecia crescer dentro de si. "Minho pertence a mim." As palavras continuavam a atormentá-lo.

Minho não aparecera desde aquela conversa no corredor, e Han não sabia se aquilo era proposital ou se ele estava realmente ocupado. De qualquer forma, a distância entre eles parecia estar crescendo. Han não queria acreditar que Minho o estava evitando, mas depois da cena com o amigo... tudo parecia incerto.

O tempo passou, e Han nem percebeu que seus olhos começaram a fechar. O sono finalmente o encontrou, mas mesmo em seus sonhos, ele não conseguia escapar da angústia que o cercava.

A Disputa do Amor Coroado (misung)Onde histórias criam vida. Descubra agora