Capítulo 3: O Outro Lado

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Capítulo 3: O Outro Lado

Han e Minho caminharam pela floresta que cercava o castelo, a luz da lua filtrando-se pelas folhas e iluminando o caminho à sua frente. O ar estava fresco e cheio de vida, e a cada passo que davam, Han sentia sua ansiedade se dissipar um pouco mais.

"Você não tem ideia de como esperei por esse momento," Minho disse, com um brilho de entusiasmo nos olhos. "O outro lado é um lugar mágico. As pessoas lá são tão calorosas e acolhedoras. Eu sempre quis mostrar a alguém que pudesse entender."

Han sentiu uma onda de curiosidade. "Como você conseguiu chegar até aqui? Não tem medo de ser pego?"

Minho deu de ombros, sua confiança evidente. "Eu sempre faço pequenas escapadas. É fácil se esconder quando você conhece a floresta. Além disso, eu não posso ficar preso dentro dos muros do palácio para sempre."

A conversa fluiu naturalmente enquanto caminhavam, e Han se sentia mais à vontade com Minho a cada instante. Ele percebeu que Minho não era apenas um príncipe; ele era alguém que também lutava contra as expectativas de sua posição, alguém que ansiava por liberdade.

Depois de um tempo, chegaram a uma clareira iluminada pela lua, onde uma pequena vila se estendia à sua frente. Casinhas de madeira, com janelas brilhantes, foram envoltas em risadas e conversas. O cheiro de comida caseira flutuava no ar, fazendo Han perceber o quanto estava faminto.

"Venha!" Minho puxou Han pela mão, levando-o em direção à vila.

Ao entrarem, foram recebidos por olhares curiosos e sorrisos calorosos. As pessoas reconheceram Minho e logo se aproximaram, chamando-o pelo nome, abraçando-o e perguntando sobre sua saúde.

"Esse é Han," Minho apresentou, com um brilho de orgulho nos olhos. "Um amigo que veio ajudar!"

Uma mulher mais velha se aproximou, seu rosto iluminado por um sorriso gentil. "É um prazer conhecê-lo, Han. Esperamos que você se sinta em casa aqui."

Han sorriu timidamente, surpreso pela recepção calorosa. A alegria e a comunidade que ele via ali eram muito diferentes do que havia conhecido em seu palácio. Aqui, não havia o peso da coroa ou das obrigações; havia apenas a simplicidade da vida e as relações genuínas.

Minho o levou para um banquete improvisado que havia sido preparado para a celebração do retorno dele. As mesas estavam cheias de pratos deliciosos, e Han não pôde resistir. Enquanto se sentavam para comer, ele sentiu que poderia ficar ali para sempre, longe do peso que o aguardava em seu reino.

"Você vai ficar aqui mais tempo?" Minho perguntou, com um olhar esperançoso.

Han hesitou, lembrando-se de suas responsabilidades e da coroa que um dia usaria. Mas, ao olhar para Minho, a certeza começou a crescer dentro dele. "Eu espero que sim," respondeu, a determinação queimando em seu peito.

À medida que a noite avançava, Han percebeu que a verdadeira luta pela liberdade não era apenas contra as expectativas de seu título, mas também a luta por um amor que pudesse florescer em meio a tudo isso.

E, enquanto risadas e histórias ecoavam ao seu redor, Han soube que tinha encontrado um lugar onde poderia ser ele mesmo, onde o amor e a amizade poderiam prosperar, mesmo que a coroa estivesse sempre em sua mente.

A Disputa do Amor Coroado (misung)Onde histórias criam vida. Descubra agora