Capítulo 19: O Último Ato da Rainha
O caos se instaurou rapidamente. Han, que até então estava em segurança ao lado de Minho, foi brutalmente arrancado daquele refúgio. O amigo de Minho, ao descobrir que Han havia deixado seu palácio para ficar com Minho, tramou silenciosamente, enviando uma carta para a mãe de Han, informando-a da situação.
Pouco tempo depois, guardas chegaram ao castelo, se movendo com uma precisão que só os melhores soldados teriam. Seus olhares estavam fixos em Han, e ele, percebendo o que estava por vir, sentiu uma onda de desespero tomar conta de seu corpo.
"PORRA, EU NÃO VOU IR!" Han gritou, tentando lutar contra os guardas. No entanto, a força deles era esmagadora. Eles o agarraram pela cintura, apertando com brutalidade, fazendo Han gemer de dor. Ele sentiu seus músculos queimarem enquanto tentava resistir, mas era inútil. Logo, uma corrente fria foi colocada em seu pescoço, apertando-o com uma força que o impedia de gritar ou sequer respirar direito.
Minho, vendo a cena, reagiu instintivamente. "Soltem ele!" Ele gritou, tentando correr na direção de Han, mas foi interrompido por um dos guardas que, sem piedade, o trancou em outro cômodo. Minho foi forçado a assistir impotente enquanto Han era levado de volta ao palácio de sua mãe.
Assim que chegaram ao palácio, Han foi jogado ao chão, ainda com a corrente em seu pescoço. Ele se levantou cambaleando, o corpo doendo, e se viu diante de sua mãe. A expressão dela era fria, mas havia um sorriso malévolo em seus lábios, algo que fez o sangue de Han gelar.
"Meu filho," ela disse, sua voz estranhamente suave. "Estou morrendo." Ela deu um sorriso fraco, mas carregado de algo sinistro, e então tossiu. Han assistiu, horrorizado, enquanto sangue escorria de sua boca.
"Guardas," ela gritou com a pouca força que lhe restava. "Soltem-no."
Os guardas, sem questionar, retiraram a corrente do pescoço de Han, que caiu de joelhos, ofegante, seus olhos fixos na figura da mãe. Mas o alívio de estar livre foi rapidamente substituído pelo horror quando sua mãe, ainda com aquele sorriso estranho no rosto, deu a ordem final: "Agora, me matem."
Os guardas hesitaram por um momento, surpresos com o comando, mas o olhar feroz da rainha os forçou a agir. Sem qualquer emoção, eles retiraram facas de seus cintos e, em um movimento rápido e decisivo, cravaram as lâminas no corpo da rainha.
Han gritou, o som de sua voz ecoando pelo palácio enquanto ele via o sangue de sua mãe manchar o chão de pedra. Suas mãos tremiam, lágrimas escorriam de seus olhos enquanto ele tentava processar o que acabara de acontecer. "Não... ela fez isso de propósito..." ele murmurou, seu corpo balançando para frente e para trás, completamente devastado.
Enquanto os guardas limpavam suas lâminas ensanguentadas e deixavam o salão, Han sentiu seu coração se despedaçar. Sua mãe havia escolhido sua própria morte, numa tentativa desesperada de controlar seu destino até o fim — mas não sem deixar uma marca dolorosa em Han.
Sozinho naquele salão sombrio, Han chorou, a dor da perda misturada com a culpa e o peso de tudo que havia acontecido. No fundo de sua mente, ele sabia que Minho tentaria encontrá-lo, mas naquele momento, nada parecia poder acalmar o furacão que rodopiava dentro de si.
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A Disputa do Amor Coroado (misung)
AdventureNeste conto épico, Han se vê dividido entre o peso da coroa e o desejo de um amor verdadeiro. Enquanto o reino se agita com intrigas políticas e confrontos iminentes, a beleza enigmática do filho da rainha Eun-ji atrai Han para um mundo onde sentime...