Gus acorda e não vê mais a presença do loiro do seu lado, ele levanta e vai em direção a sala, da escada visualiza Ben colocando a mesa do café da manhã.
- Bom dia. Diz Gus chegando e dando um selinho no outro.
- Bom dia, pronto para o banquete. Fala Ben de volta.
Gus olha a mesa posta, com pão, bolo, presunto, queijo e café. Senta-se com Ben à sua frente e começam a degustar aquela comida.
- Fui ao mercado e fiz umas compras. Fala Ben.
- Não precisava, até porque quem tem que fazer isso sou eu né. Responde Gus de volta.
- Mas, eu estou basicamente vivendo aqui, então… Diz Ben.
- Então, você não vai embora nem tão cedo né. Fala Gus levantando o olhar do prato para o garoto à sua frente.
- A não ser que você queira que eu vá.
- Não quero não. Diz Gus de volta.
Após terminar a refeição ambos se juntam para limpar a cozinha.
- Então, que dia você quer ir vê meu amigo? Pergunta Ben.
- Quanto mais rápido melhor. Fala Gus.
- Que tal irmos hoje a tarde então? Pergunta Ben.
- Ok, vamos.
- Vou avisar a ele. Diz Ben saindo da cozinha para fazer a ligação.
Após isso, os dois garotos passam o restante da manhã sentados no sofá da sala assistindo programas aleatórios da tevê e julgando as pessoas que apareciam. Naquele dia não fizeram almoço, abriram o aplicativo e pediram, enquanto compartilham a refeição, Gus não consegue evitar que sua mente viaje pelos eventos recentes.
A ansiedade pelo encontro se mistura com a esperança de finalmente encontrar o culpado pelos vídeos difamatórios, e agradeceu mentalmente por Ben ter aparecido em sua vida neste momento, não sabia se teria força e determinação para enfrentar o desafio que os aguarda.
Quando terminam a refeição deixam tudo arrumado e seguem para o encontro na moto de Ben. Quando o garoto parou em frente a casa, Gus observou o pequeno jardim na frente, que estava meticulosamente cuidado, com flores coloridas e arbustos podados formando um caminho até a porta de entrada, achou aquilo extremamente aconchegante de alguma maneira, o que lhe deu uma certa confiança.
Ben aperta a campainha e logo o garoto de cabelo vermelho se revela abrindo a porta. Gus lembra que o viu no cybercafé quando foi comprar seu café da manhã a uns dias. O garoto a sua frente tinha um piercing no nariz bem pequeno com uma pedrinha transparente que brilhava na luz solar, além disso ele era alto, talvez 1 metro e 90, ficava só alguns centímetros de bater na porta, sem camisa o seu corpo não tinha sinais de definição de quem faz academia.
- Oi, Como vai Ben? Fala o garoto.
- Vou ótimo. Diz o loiro dando um sorrisinho. - Esse é o Gus.
- Oi Gus, eu sou o Sean.
- Oi Sean, prazer em conhecê-lo.
- Você recebe visitas nu assim ? Pergunta Ben dando um leve soco no ombro de Sean que dá um sorriso.
- Só os especiais. Responde o garoto levantando a sobrancelha. - Agora vamos entrar.
Sean abre espaço para os outros dois passarem, o moreno observa que o hall de entrada, iluminado por um lustre antigo de cristal, dava acesso a uma sala de estar espaçosa decorada com móveis de madeira escura e almofadas de cores vivas que davam um toque de modernidade ao ambiente clássico.
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Os últimos dias de Gus
RastgeleAcompanhe a jornada de Gus, um adolescente que se vê confrontado por uma série de desafios, desde o momento em que ele se descobre gay, sua vida parece girar em torno de uma série de eventos dolorosos e desconcertantes. Após a descoberta de seus pai...