IMMORTAL LOVE | EMMET, ROSE E ANASTASIA

01

As nuvens cobriam a copa das árvores deixando a floresta cada vez mais mergulhada em uma penumbra assustadora, o barulho da rodovia estava evidente que eu estava perto dela,mesmo sendo uma noite de nevasca o calor abraçava meu corpo inteiro. Eu me arrastei por entre as árvores sentindo um cheiro extremamente forte e doce que embrulhava meu estômago quando olhei para trás vi um pequeno amontoado de tecidos estraçalhados logo abaixei meu olhar ao meu corpo vendo minha pele totalmente exposta

Um barulho de galho estalou atrás de mim e eu me virei de forma brusca sentindo o cheiro ainda mais forte tanto que minha cabeça começou a doer. Uma forma escura se aproximou de mim, minha visão turva me impedia de ver seu rosto

— Eu não entendo como você pode continuar lutando pra viver, garota — eu dei passos rápidos para trás, mas parei quando minhas costas se chocaram contra uma árvore, me abaixei tentando esconder meu corpo. Sua mão se aproximou do meu rosto assim que tocou minha pele, eu senti ela como um mármore refrigerado contra meu rosto — acho que eu encontrei alguém com quem eu possa testar minha teoria

Com uma rapidez, sobre humana ele me jogou por cima do ombro e caminhou mata a dentro, comigo como se eu fosse uma pena em seu ombro rígido, até restar apenas o barulho das folhas embaixo dos seus pés, eu mal tinha força para me debater. Em pouco minutos ele me jogou no chão assim que meu corpo se chocou contra a terra úmida uma dor exorbitante me atingiu

— onde eu estou? — minha voz saiu falha quase inaudível, eu iria repetir por achar que ele não havia me escutado, mas ele me interrompeu

— shiii... Fica bem paradinha ou eu vou quebrar esse seu lindo pescoço — eu tentei me debater contra ele, mas foi em vão ele não parava de se aproximar. A possibilidade do que aconteceria me atingiu em cheio meus olhos começaram a arder, as lágrimas deslizaram sem parar pela minha bochecha — não chora, eu não vou te matar

Ele aproximou a boca do meu pescoço enquanto eu me debati, seu corpo era gelado e duro como um mármore, seus dedos longos apertaram meu pescoço me deixando mais firme no chão, seus dentes penetraram minha pele o fogo percorreu minhas veias minha garganta estava ardendo meu corpo estava queimando. Meu corpo parecia ter entrado em combustão, em pouco tempo aquele fogo atingiu meu coração, era uma dor indescritível, eu queria levar minhas mãos e arrancar meu coração do peito para não ter que sentir aquilo novamente. Eu precisava parar de sentir aquilo

Minha mente apagou por minutos, horas, dias eu não sabia dizer ao certo minha mente estava confusa a dor ainda estava ali só que mais reduzida eu senti um tecido quente sob o meu corpo a luz atingiu meu rosto a dor voltou extremamente forte meus gritos escoava pela floresta densa mas não havia resposta

O fogo se espalhava pelas minha veias como um parasita consumindo cada célula do seu hospedeiro, eu poderia estar morta, eu não me importava só queria que aquela dor fosse embora, se minha vida dependesse de mais tempo me mantendo acordada com isso eu iria preferir apagar e nunca mais ver a luz do dia ou as estrelas de uma noite escura na floresta, até mesmo as brincadeiras na beira do penhasco com Jake.

Meus sentidos pareciam cada vez mais aguçados e a dor cada vez mais latejante nas minhas veias. Como um ponteiro do relógio parado, o tempo não regrediu, mas também não passava, eu estava presa no limbo da vida e morte um conto com um milhão de finais infelizes e uma mísera possibilidade de um final feliz

Eu não conseguia gritar por ajuda, eu apenas fechei os olhos deixando a dor me apagar...

Sam Uley

Em uma das patrulhas matinais do bando, em busca da vampira ruiva. Um dos meninos me chamou com urgência para uma situação delicada. Minhas patas lutavam para ir mais rápido assim que cheguei na divisa avistei Paul, impaciente esperando, ao lado do corpo de uma menina de pele pálida e cabelos negros sua pele estava coberta por um sobretudo apenas. Mudei minha forma e coloquei a bermuda que havia trazido comigo