cap 3: Nos velhos e nos novos tempos, os deuses sempre aprontam

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Antes do caça bandeiras, meu pai me chamou em seu escritório no chalé maior. Assim que terminei de me arrumar, fui ao seu encontro. Assim que eu entrei ele me olhou de cima a baixo fazendo uma careta de desgosto.

E eu sei bem o porquê.

Estou usando short jeans e a camisa do acampamento como sempre. Por cima da camisa, há uma armadura feita de bronze, e estou segurando o elmo com crina vermelha em meu braço. A imagem de uma guerreira—eu acho— uma guerreira que meu pai parece abominar a ideia de que exista.

— Se não gosta disso— apontei para mim mesmo— Tudo bem, é só me proibir de participar desse jogo idiota, e ficamos aqui jogando carteado. O que acha?

— Não é assim que as coisas funcionam garota— disse ele. Suspirei, não custava nada tentar— Se seus irmãos lutam, você luta.

Revirei os olhos sutilmente.

— Polux e Castor nasceram para isso, eu não— exclamei me sentando.

— O que te faz achar que não?— o olhei como se a resposta fosse óbvia, porquê ela é— Garota, se lembra do que eu disse quando chegou no acampamento?

— Que eu precisava comer, se não eu ia voar como papel no vento?— recordei das primeiras palavras que ele direcionou para mim, quando ainda era sr.D e não meu pai.

Ele me olhou levemente irritado, em resposta eu sorri. Ele fez aparecer duas latas de refrigerante, pegou uma e eu peguei outra. Ouvimos o som de cascos batendo. Olhei em direção a porta, vendo Chiron entrar. Ele olhou entre mim e meu pai e suspirou. O centauro não gosta muito do fato de eu passar mais tempo com ele do que na área de treinamento, treinando com os outros campistas.

— Senhorita Salvatore. Não deveria está com o seu devido time?— questionou Chiron.

Assenti lentamente tomando mais um gole do meu refrigerante. Meu pai me dispensou com a mão. Levantei e com um mini sorriso para Chiron, sai. Ainda estou curiosa com o que meu pai queria me contar, mas sei que se for algo importante, ele falará depois.

Me juntei com o meu time vermelho. Castor me entregou uma espada, ela não se encaixou perfeitamente em minha mão, e é um pouco pesada. Porém, como eu realmente não pretendo usá-la, não me importei muito. Chiron chegou um tempo depois junto com o meu pai.

— Heróis! Está na hora— anunciou Chiron com sua voz de locutor de novela.

Enquanto o centauro falava sobre as regras que eu já conhecia de frente para trás, meus olhos foram atraídos para os olhos de Luke. O Castellan está usando uma armadura igual a minha, e um elmo com uma crina azul. Ele me encarou com intensidade, seus lábios se moveram em baixo do elmo lentamente, sussurrando algo para mim.

Apertando um pouco os olhos, entendi apenas duas palavras.

Você e linda

Ou talvez tenha sido linha.

Revirei os olhos, sabendo que qualquer coisa que sair da boca dele é uma tremenda besteira. Peter se aproximou de Luke, chamando a minha atenção. O garoto de doze anos estava em uma tentativa patética de colocar o elmo, o deixando cair algumas vezes. Ele olhou para mim um pouco triste e envergonhado. Não tinha porquê.

Alcontrario do que os deuses gostam de pensar, nós, os seus filhos não nascemos sabendo usar uma armadura.

Retirei o meu elmo da minha cabeça, e fiz um gesto para ele imitar o que eu iria fazer. Um pouco confuso, ele me obedeceu. Lentamente coloquei meu próprio emo novamente na minha cabeça, e o garoto fez o mesmo imitando meus movimentos. Sorri por baixo do meu próprio elmo, e o Jhonson também estava feliz, até Jordânia, uma filha de Apolo, comentar algo risonha o deixando um pouco triste.

Vinho E Sangue: O Filho ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora