- Então, enquanto o chupacu tá lá fora, a gente podia jogar algum jogo, né? - Kugisaki sorriu e sugeriu.
- Tá, não tem mais nada pra fazer nesse caralho. - Fushiguro resmungou, cruzando os braços.
- Cala a boca, emo, ninguém pediu sua opinião. - Nobara acrescentou. - Nós vamos jogar o jogo do flerte!
- Espera, é o quê?
- Simples, pequeno gafanhoto das trevas, nós vamos sortear três pessoas. Duas para flertar e a outra receber o flerte. - Ela explicou.
- Tô fora.
...
- Vai, diz! - Okkotsu insistiu. - A piada não vai ser boa se você não dizer! Rapidinho.
Megumi suspirou pesadamente.
Não tinha como aquilo piorar, certo?
- Tá! - O mais novo revirou os olhos. - Tô indo dormir.
Yuta sorriu, pegando um celular, talvez para fingir que era um microfone, como se estivesse em um standart.
- Sonha com os anjos. E depois diz como eu sou com asas. - Ele deu uma piscadinha nada natural.
Nossa, quanta naturidade.
Fushiguro pensou por um segundo, antes de franzir o cenho e responder:
- Parece um urubu.
Okkotsu suspirou, deixando o celular de lado.
- Merda, isso só funciona com o Inumaki. - O mais velho resmungou, voltando para Inumaki e abraçando seu namorado.
Megumi, contra sua vontade, foi sorteado para ser quem iria receber os flertes, enquanto Yuta e Yuuji foram sorteados para darem os flertes.
Óbvio que o "flerte" de Okkotsu foi uma merda, tão quão a vontade dele de brincar daquilo.
Já Itadori, parecia mais animado.
- Minha vez! - O rosado exclamou.
Enquanto isso, Kugisaki e Maki estavam gravando tudo, rindo ao fundo.
Yuuji tirou uma caixinha do bolso, abrindo e estendendo a mesma para Fushiguro.
E ele nem iria questionar por que caralhos tinha um marshmallow dentro da caixa.
- Gumi, aceitas criar gatinhos comigo? - Itadori indagou, fingindo descaradamente abrir um sorrisinho tímido.
- A gente já tem o Sukuna. - Megumi respondeu, apontando para o gato do capeta, que estava dormindo no colchão deles. - E o Lemi.
- Hum... Coelhinhos, então?
- Nem fodendo.
...
- NÃO, GUMI, VOCÊ É NOVO DEMAIS PRA MORRER! - Yuuji berrou, agarrando Fushiguro pela cintura, não deixando o garoto sair da cabana.
- Itadori, puta merda, me larga! - Megumi resmungou, tentando sair dalí.
- Não deixa o chupacu te pegar, meu amor! - O rosado choramingou quando Fushiguro conseguiu se soltar.
- Idiota.
...
Ok, talvez Megumi estivesse com um pouco de medo de ser um urso, ou algum animal da florest...
- Ah, e aí, Megumi?
Aquela voz era familiar.
Deverás familiar.
- Tsukumo? Tá fazendo o quê aqui? - Fushiguro indagou, notando a loira encostada em uma árvore alí perto, acenando para ele.
...
- MEU DEUS, O GUMI VAI SER COMIDO PELO CHUPACU! - Yuuji choramingou, quase sufocando seu gato, Sukuna, em um abraço, já que Megumi não estava alí para servir de travesseiro. - ESSA BARRACA VAI ACOPLAR!
- Cara, tu nem sabe o que é acoplar! - Maki retrucou, revirando os olhos.
- E nem você sabe! - O rosado rebateu.
- Tá chamando minha mulher de burra?! - Kugisaki se intrometeu.
- Se a carapuça serve.
- Acoplar significa estabelecer junção ou engate de mecanismos para produzir trabalho. - Foi a vez de Yuta se intrometer.
- Cala a boca, Okkotsu!
...
- Ah, vocês se conhecem? - Choso indagou, saindo de seu carro.
- Óbvio! - Yuki sorriu, apontando para Megumi. - Ele é o filho do Gojou e do Getou, dá pra reconhecer esse cabelo de porco-espinho de longe.
Aquilo era para ser um elogio?
- Ah, legal. - Kamo deu de ombros.
- É, eu sou o Megumi Fushiguro. - Fushiguro se apresentou, limpando a garganta e estendendo a mão na direção do mais velho. - E você?
- Choso Kamo. Sou o irmão do Yuuji. - O outro respondeu, estendendo uma roupa dobrada e o entregando. - Aqui. Ele esqueceu o casaco em casa.
- Ah, certo. - Megumi assentiu, fingindo naturalidade, embora estivesse surtando só um pouquinho, por ter acabado de conhecer o irmão do seu namorado. - Obrigado.
- Por nada.
- GUMI, MEU AMOR, EU VOU TE PROTEGER DO CHUPAC...! - Itadori berrou, saindo da cabana e correndo para abraçar Fushiguro, até que parou de gritar ao notar Choso e Tsukumo alí. - ... Ah, oi, gente.
- Yuuji! - Kamo sorriu e o cumprimentou, só não podendo abraçar seu irmãozinho porque o mesmo já estava abraçando Megumi. - Tá indo tudo bem nesse acampamento, né?
- Tá tudo de boa. - O rosado respondeu. - Ah, já apresentei pra vocês o Gumi?
Merda, Itadori. Fushiguro pensou, sentindo sua cara entrar em combustão ao ser apresentado para seu cunhado.
- Já conheci. - Choso disse quase de imediato. - Enfim, eu e a Tsukumo estamos com um pouco de pressa, então... Hum, a gente se vê amanhã, tá? - Ele se despediu, acenando e indo embora junto de Yuki.
Merda.
Será que Megumi foi antipático demais com eles?
- Ah, valeu, Gumi. - Yuuji sorriu e o agradeceu, ao notar que ele estava segurando o casaco dele, que Kamo havia trago. - Vem, tá frio aqui. - Ele o chamou, puxando Megumi de volta para a cabana.
No final, o tal chupacu era só Choso Kamo querendo entregar um casaco para seu irmãozinho.
E Fushiguro passaria o resto da noite pensando se tinha causado uma má impressão para a família de Itadori.
Será?
...
Extra.
...- Shouko! - Utahime sorriu e a chamou, entrando no consultório dela. - Tá fazendo o quê?
- Gravando, ué. - A mais nova respondeu. - Isso aqui vai pro tiktok.
Iori arqueou uma sobrancelha, notando o gatinho de Megumi, Lemi, miando, com um cone na cabeça.
Parecia que ele estava cantando alguma música depressiva da Lana Del Rey, só que com miau ao invés de palavras, claro.
Será que era porque Fushiguro tinha saído, ou porque ele tinha acabado de ser castrado e perdido as bolas?
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O Romeu e o Vagabundo - Itafushi
FanfictionMegumi Fushiguro era um veterinário até que bem conhecido na cidade. O garoto tratava todo tipo de animal, desde gatos e cães, até peixes e quase todos os tipos de pássaros. Até que sua vida mudou de cabeça para baixo quando conheceu um bombeiro qu...