Ciúmes.

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Fushiguro já havia mencionado o quanto ele adorava ficar assim com Itadori?

Assim como? Assim, encima dele e o beijando.

Yuuji o tocava com certo carinho, apertando de leve sua cintura, enquanto Megumi estava mais ocupado afundando as mãos naqueles cabelos rosados, mordendo de leve o lábio inferior dele.

Até que, o que era só um selinho um pouco mais demorado se transformou em um beijo de língua, com Itadori finalmente dando passagem para Fushiguro.

As mãos, que antes estavam em sua cintura, subiram para o peito do moreno, sutilmente desabotoado a camisa dele.

E então um gemido foi abafado por aquele beijo.

Mas não demorou muito para que o telefone tocasse, interrompendo o dia que eles tiraram especialmente para... Amar.

Megumi suspirou, meio decepcionado por ter que largar a boca de Yuuji.

— O que foi? — O mais velho indagou,  largando a cabeça no travesseiro.

— Nada, é só uma pausa, tá? — Fushiguro murmurou, saindo de cima de seu namorado

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— Nada, é só uma pausa, tá? — Fushiguro murmurou, saindo de cima de seu namorado.

— Será que é o Gojou reclamando que a gente tá fazendo barulho? — Itadori perguntou, rindo e sentando-se na cama.

Megumi abriu um sorriso discreto, revirando os olhos.

— Não, acho qu... Cadê meu celular? — O moreno arqueou uma sobrancelha ao notar que o toque estava vindo de outro cômodo.

Droga, ele tinha esquecido o celular na cozinha.

Como ainda estava vestido, Fushiguro só suspirou e abriu a porta do quarto, indo até a bendita cozinha.

Ele estava em casa, então não tinha problema ele andar com a camisa aberta. Era simples, jogo rápido, pegar o celular e voltar para o quarto.

— Meu deus, eles crescem tão rápido. — Gojou comentou, quase infartando Megumi. — Não faz nem um dia que eu disse que vocês podiam namorar, e você e ele já tão assim?

— Bom dia pra você também, Gojou. — O moreno resmungou, revirando os olhos, enquanto via Satoru encostado no balcão, bebendo uma xícara de café.

— Tá procurando o quê?

— Meu celular, você viu ele por aí?

Gojou suspirou, tirando o aparelho telefônico do bolso.

— Antes que você pergunte, eu só peguei porque você deixou ele largado aqui na cozinha. — O mais velho começou a se justificar. — E o Suguru tá com visita lá na sala, então eu guardei, só por precaução, sabe?

— Ah, t... — Fushiguro começou, pegando o celular de volta, até que se tocou de algo. —... É o quê?!

— É, a gente tá com visita.

Ah, ótimo.

Que sorte que ele não passou pela sala.

— Quem?

Gojou franziu o cenho, tomando um gole demorado do café, parecendo meio emburrado.

Ciúmes, talvez?

Ah, pronto. Quando ele não estava com ciúmes dos filhos, ficava com ciúmes do marido.

— O Usami. — O albino respondeu, revirando os olhos.

— Ah, mas vocês são colegas de trabalho, não?

— Sim, mas aquele cara me dá ódio, sabe? — Satoru reclamou, semicerrando os olhos enquanto tomava mais um gole do café. — Ele é certinho demais pro meu gosto.

— Sério?

— Ele fica vindo com uns papos de: Ain, Getou, você deveria ser promovido, sabia? — Gojou fez uma imitação porca de seu colega de trabalho, enquanto usava o mindinho para tirar cera do ouvido. — Ain, Getou, você faz tudo tão certinho, como consegue? Ain, blá blá blá.

Ok, ele tinha que admitir, era engraçado ver Satoru Gojou quase morrendo de ciúmes daquele cara.

Não era exatamente por não confiar em Getou, ou alguma insegurança. Satoru era uma das pessoas mais confiantes que Megumi já conheceu.

Seu chefe só estava emburrado por Usami sempre encher o saco de Suguru na frente dele, e até quando ele não estava por perto.

— Tá, boa sorte com isso, ciumento. — Fushiguro disse, por fim, acenando e voltando para seu quarto.

Até que, no meio do caminho, seu telefone tocou novamente.

— Fushiguro. Com quem eu fal...? — Megumi começou, mas foi interrompido por um berro do outro lado da linha.

— FUSHIGURO, VEM AQUI AGORA! — Kugisaki berrou, fazendo Fushiguro quase automaticamente afastar o telefone do próprio ouvido.

— Quê?

— VEM, EU TÔ AQUI NA PORTA DA SUA CASA, DESCE AGORA!

Droga. Justamente quando ele e Yuuji iriam... Ter um tempinho a sós.

Megumi suspirou pesadamente, lembrando de fechar sua camisa enquanto passava pela sala.

Também aproveitou para espiar quem era aquele tal de Usami, o cara que ele só conhecia por nome.

— Poisé, e, tipo, você não acha que o Gojou é meio irresponsável como gerente? — Usami riu e comentou. — Ele é do tipo que não sabe separar o pessoal do profissional, né?

Suguru, por sua vez, riu.

— Sério que você acha isso? O Satoru até que é bem fofo quando você conhece ele bem. — O outro respondeu, abrindo um sorriso discreto.

Já Usami, deu um soco de leve no braço de Getou, chamando a atenção dele.

— Sinceramente, você daria um ótimo chefe.

É, ok, Gojou até que tinha razão daquela vez.

Se até mesmo Fushiguro ficou meio irritado com aquela conversa, ele com certeza não iria julgar Satoru por ficar com ciúmes daquele cara. Até ele estava.

É, Getou, abre mais as pernas pra ele puxar mais seu saco. Megumi pensou, enquanto revirava os olhos e abria a porta.

— FINALMENTE, NÉ?! — Nobara exclamou, só puxando Fushiguro para fora de casa. — Tava fazendo o quê? Mamando a rola do Itadori?!

Quase.

Infelizmente, não. — Megumi comentou. — Enfim, o que era tão importante que vossa excelência decidiu sair de seu castelo?

— Tu me respeita, que eu sou mais velha que tu! — Kugisaki retrucou.

— Quer uma bengala, vovó?

— Ah, vai se foder, vai.

O Romeu e o Vagabundo - ItafushiOnde histórias criam vida. Descubra agora