O Romeu e o Vagabundo - Itafushi

Romeu e Festa.

- Fushiguro! - Okkotsu chamou, entrando correndo no hospital veterinário.

E aquilo fez Megumi quase automaticamente suspirar pesadamente.

Ah, puta que pariu.

- Okkotsu, eu juro por deus, buda, zeus e qualquer outro deus, que eu vou te socar se você estiver com aquela sua cadela para uma consulta semanal. - O mais novo começou, entrando na recepção.

- Ei, deixa a Rika! Ela é uma linda cachorrinha, ouviu?! - O outro retrucou. - Mas, não, eu vim porque o peixe beta do Inumaki tá doente.

- É o quê?

- O peixe beta do Inumaki tá doente.

Fushiguro franziu o cenho.

- E é você que tá trazendo ele aqui, e não o Inumaki, por quê...?

- Porque assim ele vai me achar confiável, nós vamos nos casar, ter vinte filhos e cinco cachorros. - Yuta abriu um sorriso e respondeu.

Por que todos os amigos de Megumi eram estúpidos? Já não bastava seu pai e chefe, Satoru Gojou, ele também tinha Yuta Okkotsu como amigo.

Talvez, sua única amizade minimamente normal era com Maki Zenin. O resto, era só um bando de retardados.

Como Okkotsu, por exemplo, que era o maior gado de Inumaki, e tinha certeza que iria casar com o loiro, mas nem queria tanto compromisso assim.

Enfim, a hipocrisia.

Fushiguro respirou fundo.

- Tá, e qual o problema dele?

- Ah, ele tá meio duro, e tá boiando. É normal? - Yuta sorriu e indagou.

Ah, caralho.

- Tá, me dá só um segundo. - O mais novo pediu, saindo da recepção e subindo as escadas que ficavam nos fundos do hospital veterinário, onde, no final da subida, sua casa se encontrava.

Megumi só foi até a cozinha, pegou um calmante, aproveitando que não tinha ninguém lá para o encher o saco, e voltou para a recepção.

- Isso aí é pra quê? - Okkotsu perguntou, arqueando uma sobrancelha.

- Segura isso aí. - Fushiguro pediu, dando a pílula para o garoto.

E, assim que o mais velho pegou o calmante, Megumi acrescentou:

- Ah, o peixe morreu.

A reação foi meio previsível.

- QUÊ?! - Okkotsu berrou. - MEU DEUS, O INUMAKI VAI ME MATAR! - Ele exclamou, segurando as laterais da própria cabeça.

- OKKOTSU, O CALMANTE! - Fushiguro gritou de volta.

- PRO PEIXE?!

- NÃO, PRA VOCÊ, SUA MULA!

...

- Sukuna é um vagabundo, né? - Itadori comentou. - Olha só aquele safado. Não paga aluguel, mora aqui de graça, comendo da nossa comida e dormindo na minha cama... E ainda me expulsou da minha cama e me mandou dormir no sofá.

Kugisaki franziu o cenho, sentando-se no sofá.

- O gato te expulsou da sua própria cama e te mandou dormir no sofá?

- Não, eu acho que ele queria que eu dormisse no chão, só que ele não conseguiu destruir o sofá, aí não deu muito certo os planos dele.