Looks can be deceiving.

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Hey, voltei. Esse capítulo é mais uma vez pequeno, mas vocês logo vão entender ao decorrer dele (máscaras vão cair). Eu volto no final da semana para atualizar novamente.

Primeiro, gostaria de agradecer ao número de visualizações e comentários, vocês são demais, sério! Eu leio cada um com maior sorriso no rosto.

Esse capítulo eu dedico a algumas das minhas leitoras:
Beaisqueen, otariaanizer, jaurelitppk, alrenreguiaf5h e saandiieeh. Obrigada meninas <3

Lembrem-se: ele está todo em Itálico, são recordações.

Boa leitura.



KARLA POV

14 de Agosto de 2014.

O ritmo da música latina fazia com que meus quadris se mexessem involuntariamente. Uma sorte saber que na França existe alguns clubes latinos nas áreas mais pobres, eram sem dúvidas os melhores clubes da região. Duas mãos grossas estavam sob minhas cinturas, passando a barba em meu pescoço.

- Desista cara, eu não curto isso. - Me virei olhando para Drew que estava sorrindo maliciosamente e puxando meu corpo para perto.

- Você deveria tentar, iria gostar - respondeu esfregando sua calça jeans em meu vestido.

- Já experimentei e não gostei - sorri botando minhas duas mãos em seu pescoço - Desiste.

- Nunca Camila.

- Drew...

- Foi mal, Karlinha - Ele piscou e recebeu um belo murro em seu ombro esquerdo - Porra, isso dói - reclamou passando a mão.

- Karlinha é nome de puta.

- E você acha que Karla não é? - Ameacei dar outro murro, mas ele recuou sorrindo - Desculpa.

Drew saiu para beber e eu preferir continuar dançando o ritmo quente, o ambiente quente. Ser latina em si, é ser quente. Senti dois dedos tocarem meu ombro, problemas Karla. Você já sabe que tem problemas.

- O que aconteceu? - perguntei com o mínimo de ânimo possível.

- Ele quer falar com você - estendeu o celular para que eu atendesse.

- Obrigada.

Sai daquela multidão com o som abafado indo para uma sala privada, com revestimento acústico, respirei fundo levando o aparelho eletrônico até meu ouvido.

- Oi Papa.

- Karla, Drew está esperando você lá fora, você já sabe o que tem que fazer.

- Justo hoje? - bati o pé - Papa, hoje é noite latina, ele não pode fazer isso mais tarde?

- Karla Camila - seu tom era calmo e sereno - Você vai com o Drew e depois volta para sua dança.

- Tudo bem, quanto é para pegar?

- Dez mil.

Desliguei o telefone escorando minha cabeça na parede. Relaxa Camila, você já fez isso milhões de vezes, não é como se fosse algo novo.

Bati a porta e logo pude escutar aquela música, se eu pudesse, me jogava na pista de dança e dane-se o meu pai. Mas eu não posso! Entreguei o aparelho eletrônico para um dos rapazes e sair da boate, Drew estava fumando um cigarro encostado ao seu carro.

- Desculpa acabar com sua noite - falou jogando as chaves do carro em minhas mãos - Você dirige.

- Não se desculpe. Quando eu for para NY você só vai ver meu rosto em capas de revista - Ele gargalhou apagando seu cigarro.

- Você fica mais sexy assim, mas se for para ganhar uma revista pelada. Até que topo.

- Pervertido, entra no carro.

Dei partida dirigindo pelas ruas calmas de Paris, o relógio marcava duas e vinte da manhã e a cidade estava coberta por uma camada fina de neblina. Chegamos ao lugar marcado, desliguei os faróis do carro.

- Você está com sua pistola ai? - Drew perguntou conferindo as balas da sua arma.

- Estou - abrir o porta malas pegando-a - Você fica no carro, quando eu der o sinal ai você vem, entendeu?

- Puta merda, você fica muito sexy com uma pistola e dando ordens - Ele mordeu os lábios.

- Tchau Chadwick.

Bati a porta guardando minha pistola, soltei meus cabelos e fui andando em direção à porta de madeira, bati algumas vezes até que um senhor abriu, de cabelos grisalhos e um sorriso amarelo com um rosto amassado. Ele estava dormindo.

- Boa noite senhor, meu carro quebrou e eu percebi sua luz acesa - apontei para janela que tinha visão para a cozinha - Desculpe se lhe acordei, eu precisava de uma ajuda - Mordi os lábios e o senhor logo sorriu.

- Você está sozinha? - Ele perguntou olhando para os lados.

- Sim! - confirmei com a cabeça - O senhor poderia me ajudar?

- Claro! Espere um pouco que eu irei botar uma blusa - Ele respondeu com simpatia.

- Não sei como agradecer, senhor....

- Thompson.

- Obrigada senhor Thompson, me chamo Karla - Ele apertou minha mão e logo entrou para botar uma blusa, minutos depois o senhor saiu para ir em direção ao meu carro.

- Qual problema com ele? Parece intacto - perguntou coçando seus fios grisalhos.

- O problema não é ele - olhei para o mesmo tirando minha pistola - É o senhor.

Quando o homem ia puxar sua arma pela cintura, sentiu algo encostar em sua nuca. Era o Drew com sua arma apontada para cabeça dele.

- Abaixa - Drew ordenou e ele com cautela botou a arma no chão - Agora, joga para ela - Ele chutou e eu a apanhei.

Uma hora depois, alguns socos, nariz quebrado e boca sangrando. Senhor Thompson estava amarrado a cadeira de sua casa, seu olho esquerdo estava roxo e sua sobrancelha abriu um pequeno corte. Eu estava no sofá à sua frente com a arma apoiada na minha coxa.

- Onde está o dinheiro, querido? - Ele cuspiu sangue em direção o carpete da sala.

- Eu não tenho dinheiro, já falei que iria pagar daqui à um mês - falou com uma voz embargada devido à quantidade de lágrimas.

Drew estava virando a casa do avesso procurando algum sinal do dinheiro, até que desceu as escadas com um bolo de notas de cem dólares na mão.

- Já consegui, podemos ir - Ele falou sorrindo e saiu pela porta dos fundos logo em seguida.

- Desculpe - apontei o cano da arma em sua direção virando à cabeça ao sentido oposto, eu odiava ver aquela cena.

Puxei o gatilho.
Fim.

Stalker (camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora