Keys and mysteries.

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Chegamos aos 22k de visualizações, eu estou gritando de felicidade, sério! Agradeço a todas por isso. Agora, sem mais delongas, boa leitura.

CAMILA POV

- Você me ouviu? - Dinah estalou os dedos a frente do meu rosto.

- Não... o que você disse?

- Em qual mundo você está?

- Sabia que a Lauren tem uma filha?

- Sabia! Agora me ajuda - Dinah estava parada com dois vestidos, um em cada mão. Na esquerda, um longo azul escuro com uma fenda na perna. O da direita, um vermelho decotado que parava na metade de suas coxas.

- Por que nunca me contou?

- Você nunca perguntou, oras - Deu os ombros, estendendo os dois vestidos para que eu visse - Qual dos dois?

- Isso é pra que?

- Um encontro. Sem mais perguntas.

- O azul, Dinah!

- Não acha melhor o vermelho? - Ela perguntou jogando o vermelho sobre seu corpo.

- De qualquer forma, você não vai me ouvir. Vai colocar o que bem quer e pronto. Por que caralhos está me perguntando?

- Não acredito que esse seu mau humor é por descobrir que a bonitona lá tem uma filha - Jogou os dois vestidos no sofá, cruzando os braços em seguida.

- Não, é por você não ter me contado porra nenhuma!

- Ah claro - ela riu sarcasticamente - Vou te chamar: Camila querida, senta aqui, vamos tomar um chá e falar sobre a mulher que você transa ter uma filha. Me poupe - Dinah apontou o dedo indicador em meu rosto - Eu te avisei, agora boa sorte! Até amanhã.

Ela bateu a porta e foi embora, sem pestanejar ou dar tempo para que conversássemos. E eu odiava quando ela fazia isso! Fiquei a tarde inteira sentada em meu sofá assistindo desenho e pensando se iria ou não voltar àquele apartamento. A curiosidade instigava minha pele e toda vez que pensava em Evie, um turbilhão de perguntas tomava conta de minha mente. Como pode alguém conseguir ser sempre uma caixa de surpresas?! Meu telefone tocou e o visor avisava que meus problemas estavam longe de acabar.

- Fala Drew... - atendi em um resmungo sem fim.

- Preciso de você - ele respondeu afobado - Matei um cara.

- Que novidade, cara - rolei os olhos. Ele fazia isso tantas vezes que perdi o espanto - O que você quer?

- Dar um sumiço no corpo - Escutei um grunhindo no fundo - Calma, ele ainda tá vivo, o que eu faço?

- Onde você ta?

- Te passo o endereço por mensagem. Não demora!

Desligou! Acabei vestindo a primeira roupa que vi pela frente. Eu tive a infelicidade de conhecer Drew quando estava em intercâmbio na Europa e ele praticamente me salvou diversas vezes naquele lugar. Eu devia muita coisa ao Drew e uma delas era lealdade. Ele sempre foi um garoto deslumbrante. Sua barba ralinha combinava com seu cabelo e seus olhos claros, pena que se metia em mais encrencas que minha irmã mais nova.

Meus sapatos estavam pegajosos do rastro de sangue deixado por Drew. Ele estava na ponta do rio fumando e, ao lado, um corpo.

- Até que fim! - abriu os braços.

- Não toca em mim. Você está nojento. Quem é o cara?

- Não sei - ele coçou seus pequenos fios - Ele estava me devendo uma grana, comprou umas paradas comigo e disse que estava falido, acredita? - ele riu sarcasticamente jogando seu cigarro no chão e o amassando - O cara todo rico, disse que tinha que pagar o hospital da esposa e tinha uma filha pra criar. Pensasse nisto antes de gastar treze mil dólares em drogas - ele rolou os olhos dando os ombros.

Stalker (camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora