Capítulo 11

28 2 0
                                    

7:49, Casa antiga, North Vancouver-Canadá

7:49, Casa antiga, North Vancouver-Canadá

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Na manhã seguinte, eu acordei. Alonguei o meu corpo sentindo os meus ossos estralarem. Molly que estava dormindo do meu lado, acordou ainda meio drogue de sono.

Muita coisa aconteceu ontem quando anoiteceu. Mamãe tinha acabado de chegar do trabalho quando eu contei para ela.

- Boa noite, filha! - foi a primeira coisa que ela disse quando entrou dentro de casa.

- Boa noite! - eu disse.

- Como foi seu dia?

- Foi bem... tenho algumas coisas para contar pra você. - mordi meu lábio inferior, nervosa.

- Claro, vamos conversando enquanto eu preparo o jantar.

Enquanto ela cozinhava uma sopa de legumes, eu contei sobre tudo o que aconteceu comigo. Desde o emprego que eu consegui na cafeteria Sweet Coffee, até o fato da janela de vidro da sacada quebrada.

Aproveitei que tinha deixado a carta de trás da calça jeans, e peguei o papel deixando nas mãos de Clarisse, que começou a lê-lo.

- Mais isso é um absurdo, filha! - ela disse, ainda segurando a carta - Temos que mostrar isso para a polícia!

- A senhora acha que foi o Mike? - perguntei, passando a mão no meu cabelo.

- Não sei. Pode ser ele... - ela diz, olhou para a carta novamente, franzindo o cenho - B. D?

- Eu também fiquei curiosa com isso, o que significa B. D?

Quando minha mãe iria falar, o celular dela toca. Ela pega o celular de cima da bancada e o olha, para logo depois bufar.

- É o seu pai! - ela revira os olhos, desligando a chamada.

- A senhora já pensou em perdoar ele? - eu queria mudar o rumo da conversa.

- Mesmo se eu o perdoasse, ele me trairia outra vez. - nega com a cabeça - Amanhã bem cedo iremos para a delegacia. Não posso deixar que minha filha seja perseguida por um lunático!

- Não acho que Mike seja um lunático. Eu só penso que ele está interessado por mim...

- Tina, se for mesmo o Mike, ele não escreveria essa carta estranha e jogaria ela junto com uma pedra para quebrar a janela de vidro da sacada. Só um louco faz isso!

- Talvez a senhora esteja certa... - suspiro, querendo que aquela conversa se encerra-se.

- Amanhã iremos a polícia. Não se preocupa, meu bem! - ela caminha em minha direção, me dando um abraço de conforto, eu retribui.

Agora estou aqui, me arrumando para ir até a delegacia. Visto um conjunto de moletom da cor preta, e calço o meu tênis da Adidas.

Escovo os dentes e faço uma trança lateral. Me encaro no espelho, dei de ombros, nada mal.

Saí do quarto com Molly em meu alcance. Descemos as escadas e fomos direto para a cozinha.

Minha mãe está sentada em uma cadeira, passando geleia de morango no pão.

- Bom dia, filha! - ela diz, dando uma mordida em seu pão.

- Bom dia! - dou um bocejo. Me sento na cadeira, pegando um pão e passando geleia nele, para logo depois levar em minha boca dando uma mordida.

- Assim que terminarmos de tomar café, iremos para a delegacia. - concordei, sem me importar muito.

Comemos em silêncio, desfrutando do friozinho que a cidade está naquela manhã. Mamãe sabia que eu não estava nem um pouco animada para ir pra delegacia.

Molly nem precisa se preocupar, comendo calmamente de sua ração que está posta no chão.

Molly nem precisa se preocupar, comendo calmamente de sua ração que está posta no chão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Terminamos de tomar café e fomos entrando para dentro do carro de mamãe. Sem antes, me despedir de Molly.

Enquanto o carro dirigia em direção a delegacia, novamente eu vi um homem vestido de palhaço saindo de dentro da casa dele.

- Quem é esse homem, mãe? - ela tira os olhos da pista para encarar o homem vestido de palhaço. Ela voltou a olhar para pista sem antes de falar: - É o Sr. Wade, ele trabalha indo em festas infantis vestido de palhaço.

- Entendi.

Chegamos em frente a delegacia, mamãe estacionou o carro e saímos de dentro do mesmo.

Agora na recepção, uma mulher mastigava um chiclete, enquanto digitava alguma coisa no computador.

- Bom dia! - disse minha mãe.

- Bom dia. - a mulher respondeu com certo desânimo em sua voz.

- Eu quero falar com o delegado...

- Só um minuto. - aquele mascar do chiclete estava me dando nos nervos - O policial Handez irá levar vocês até a sala do delegado.

- Obrigada! - um policial negro e gordinho nos levou até a sala do delegado.

Quando entramos na sala, eu torci o meu nariz. Cheiro forte de peido, que vinha do salgadinho que o delegado comia.

- Bom dia! - minha mãe disse, enquanto eu e ela nos sentamos nas cadeiras que fica de frente a mesa do delegado.

- Bom dia! - ele fechou a embalagem do salgadinho e o deixou de lado. Limpando as mãos sujas na roupa social que o mesmo usava - Então, me falem por quê querem conversar comigo...

Eu e minha mãe relatamos o que aconteceu comigo. O delegado escutava, concordando com a cabeça e passando a língua pelo seus dentes, tirando os resquícios de salgadinho.

- Bem, mandarei um dos meus inspetores para investigar esse tal de Mike. - ele vira o seu corpo para o computador e começa a digitar nas teclas - É Mike Elkins?

- Sim. - respondo.

- Ok, não se preocupem que iremos investigar. - ele pega a embalagem de salgadinho e abre, o cheiro de pum novamente se alastra no ar, tentei disfarçar pelo cheiro desagradável - O policial Handez levará vocês para a saída!

O policial Handez nos levou até na porta de saída da delegacia. Eu até senti um certo alívio, está quase tudo resolvido.

Eu e minha mãe entramos no carro, Clarisse ligou o veículo e dirigiu até a nossa residência.

Meu Namorado é um Serial Killer - Tina e MikeOnde histórias criam vida. Descubra agora