Capítulo 15

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17:08, cafeteria Sweet Coffee, North Vancouver-Canadá

- Minha nossa! - exclamo, fechando a porta que leva ao banheiro na velocidade da luz.

Se passaram duas semanas, duas semanas cheias de pesadelos.

Eu mal dormia direito, quando eu fechava os olhos, eu via a imagem da Sra.Ursula rindo para mim ao lado da menina deformada.

Tinha vezes que meus sonhos mostravam Mike mutilando homens ou mulheres, colocando as peles de suas vítimas em diversos cômodos da casa.

Inclusive, eu nunca mais vi o mesmo, já o procurei em todo lugar. Mesmo que eu não quisesse, eu precisava devolver o celular dele e isso está sendo um grande sacrifício.

Cheguei agorinha pouco na cafeteria, distraída, eu ia em direção ao vestiário para colocar o meu uniforme. Na porta metálica onde eu guardava minhas roupas, estava um bilhete, que eu reconheci ser a letra do meu colega de trabalho.

"Amiga tem como você lavar o banheiro hoje? Fiquei atarefado e acabou já o meu turno. Obrigadinha! ^_________^ - Tony"

Neguei com a cabeça, rindo. Esse Anthony é uma peça.

Peguei os produtos de limpeza e fui assobiando até chegar no banheiro

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Peguei os produtos de limpeza e fui assobiando até chegar no banheiro.

Assim que eu abri a porta, eu a fechei rapidamente: - Minha nossa! - exclamei.

Respirei fundo, contando até 10, abrindo a porta logo em seguida.

Eu quero saber quem foi o imbecil que sujou todo o banheiro com ketchup, sério!!! Só pode está de brincadeira com a minha cara!

Bufo, é Tina, isso que dá arrumar emprego como garçonete.

Tive que ir em uma salinha onde é colocado alguns produtos de limpeza. Peguei um desinfetante e um outro produto que dava um cheiro porque aquele banheiro esta o puro fedor.

Tentei esfregar a parede respingada de ketchup. Mas, espera! Por quê alguém levaria ketchup para o banheiro e sujaria ele? E esses respingos na parede e essa poça no chão não parece ketchup.

Quando eu finalmente cai na real que aquilo não é ketchup e sim sangue, eu dei um grito de pavor que me fez escorregar e quase cair na poça de sangue.

Peguei o meu celular que estava de trás do bolso da minha saia jeans, e liguei rapidamente para a polícia. Meu corpo todo tremia.

- Boa noite, aqui é o 911. Qual é a sua emergência? - uma voz suave falava do outro lado da linha.

- Alô? Oi, oi! Eu preciso de a-ajuda... - engulo em seco - O... o banheiro está c-cheio de sangue... e... eu não sei o que aconteceu! Por favor venham rápido!

- Ok, me passe a sua localização. - passei a localização para ela - Ok, qual é o seu nome?

- Tina... - digo nervosa.

- Ok, Tina. Permaneça na linha e tente se manter calma, a viatura mais próxima está indo agora mesmo nesse local onde você se encontra. - concordei, saindo daquele banheiro.

Não demorou muito para a polícia chegar

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Não demorou muito para a polícia chegar. Uma viatura parou em frente a cafeteria e dois policiais saíram da mesma.

Um deles é o policial Handez, que me cumprimentou. O outro se apresentou como Rogers.

Eles adentraram no estabelecimento e olharam ao redor. Indiquei a eles o banheiro com o dedo indicador.

O policial Handez foi o primeiro a entrar, depois o Rogers. Em uma distância considerável, eu observava eles fazendo a vistoria no local. Até que Handez abriu uma das cabines do banheiro, para logo em seguida soltar um palavrão.

- Isso é uma cabeça! - ele disse, surpreso. O mesmo ligou o rádio que fica acoplado em cima do seu ombro, e falou nele.

- Viatura 390, viatura 390. Venham imediatamente para o endereço **** e tragam mais viaturas. Muito sangue no local, e uma cabeça de uma mulher morta. Entendeu? Câmbio! Tragam duas ambulâncias. Câmbio...

Adentrei o banheiro, sem os dois perceberem, a minha curiosidade foi muito maior. Na hora, eu vi a cabeça de uma mulher em cima do botão que dá descarga no vaso, com sangue espalhado em toda parte, o puro horror.

Gritei em pavor, o policial Rogers me puxou para fora do banheiro e me colocou sentada em uma cadeira. Ele tentava conversar comigo, mas, eu não conseguia prestar atenção em nada do que ele estava falando.

A cabeça é de Camila Selfield.

A mulher desaparecida...

O ar faltou de meus pulmões, minhas vistas embaçaram. Apertei o meu peito em busca de ar. Minha respiração está entrecortada.

Para tentar me acalmar, Rogers colocou suas mãos em cada lado dos meus ombros.

Eu olhei nos olhos dele, ele falava alguma coisa mais eu não conseguia compreender.

- Acompanhe. A. Minha. Respiração. - fiz leitura labial pelos seus lábios, acompanhei a sua respiração e com calma fui voltando ao normal.

Abracei o policial e chorei em seu ombro. Como alguém poderia fazer aquela atrocidade? Uma mulher linda que tinha um futuro pela frente... sonhos completamente destruídos por um monstro.

 sonhos completamente destruídos por um monstro

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Descanse em paz, Camila... 😔✊

Meu Namorado é um Serial Killer - Tina e MikeOnde histórias criam vida. Descubra agora