Meu Namorado é um Serial Killer - Tina e Mike

Capítulo 9

12:08, Modern Furniture, North Vancouver-Canadá

- Espero que tenha gostado do colchão, senhor! - disse Clarisse, sorrindo meiga para o seu cliente. Um senhor de idade que estava em busca de um colchão macio, para poder dormir tranquilamente sem sentir dores na coluna.

- Eu amei senhorita. Vou levar este! - disse o senhor, se levantando da cama.

Ser uma vendedora de móveis não era nada fácil, Clarisse meio que tinha que "adivinhar" o que os seus clientes queriam. Chegava a ser cansativo.

Clarisse desde pequena teve uma vida difícil. Aos 15 anos os seus pais morreram em um acidente de carro. A justiça mandou ela para um orfanato onde era maltratada pelas crianças que eram mais altas que ela.

Nunca foi adotada. Com 18 anos ela saiu do orfanato, fazendo sua vida ficar mais complicada. Trabalhou por meio período em uma lanchonete. Estudava a noite para que conseguisse passar em algum concurso.

Como não tinha tempo, largou os estudos e decidiu pagar um curso de marketing.

Ficou cursando por poucos meses e depois logo saiu por não achar o curso tão interessante.

Foi quando ela conheceu Bryan.

Porte alto, um pouco de músculos, barriguinha meio que de bêbado, e uma calvície gritante que já batia na porta.

O que mais chamou a atenção em Bryan, foram os seus olhos azuis. Ela amava aqueles olhos vibrantes.

O encontro aconteceu no consultório de Bryan, sim um ginecologista. Já sabem como deu essa história, né?

Ambos se apaixonaram, começou com pequenos encontros em restaurantes ou em bares. O primeiro beijo aconteceu no capô do carro de Bryan. Um beijo apaixonante no céu da noite estrelada.

Logo o pedido de noivado veio, na CN Tower. Um ícone inconfundível no horizonte de Toronto, oferecendo uma vista panorâmica da cidade e do Lake Ontário.

Não demorou muito para se casarem. Ambos estavam perdidamente apaixonados um pelo outro.

Foi quando, tudo veio a perder...

Com 26 anos, Clarisse estava a espera da sua primeira filha, Tina. Clarisse estava ansiosa pela chegada de seu bebê.

Naquele dia, 6 de maio. Clarisse chegou em casa após um longo dia se cuidando em um SPA, estava já de 7 meses da gravidez.

- Querido, cheguei! - gritou na entrada da sala, como os seus sapatos estavam sujos de lama, ela os deixou na porta de entrada. Ela sentiu um arrepio subindo pelos seus pés após pisar no chão gelado.

Como não recebeu nenhuma resposta do marido, pensou que ele estivesse no quarto estudando. Bryan amava ficar no domingo deitado na cama e lendo diversos livros, amava ler livros de romance e citar alguns versos no ouvido de sua esposa antes de dormir.

Clarisse deixou a bolsa em cima do sofá, e foi em direção as escadas, indo para o segundo andar.

Já no segundo andar, Clarisse caminhava distraída até a porta do quarto onde o marido e ela dormiam.

Foi quando pode se ouvir um gemido masculino.

Clarisse achou estranho aqueles gemidos roucos vindo do quarto do seu marido, foi quando a realidade bateu em sua mente.

Com o coração batendo forte no peito, Clarisse levantamento levou os dedos a maçaneta da porta, e a abriu devagar.

O bile subiu em sua garganta enquanto flagrava o seu marido de quatro na cama. O quadril de Bryan era investido por fortes estocadas por um homem ruivo e de pele clara.

Os dois homens gemiam em deleite na cama do casal. Foi como se facas bem afiadas perfurassem o coração de Clarisse.

Foi como se um filme passasse lentamente em sua frente. Os beijos, encontros e carinhos que eram distribuídos para ela. Tudo mentira...

Tentou sair do quarto, mas estava sentindo fraqueza demais em suas pernas. Ela caiu de joelhos no chão, o seu corpo acabou encostando na porta, que bateu com tudo na parede, fazendo um barulho estridente vir do quarto.

Os dois homens se despertaram pelo prazer que estavam sentindo, seus olhares se direcionaram a mulher aos prantos de joelhos no chão.

Bryan arregalou os seus olhos, o ruivo saiu de dentro de seu ânus e procurava a sua cueca para poder se vestir.

Bryan se levantou da cama, passando as mãos pelos cabelos por puro nervosismo "Querida, eu posso explicar!" foi o que disse.

Clarisse não queria o ouvi-lo e nem vê-lo. Com todas as suas forças, se levantou do chão e caminhou a passos rápidos até às escadas.

Clarisse precisava sair daquela casa, precisava fugir para um lugar bem longe dali. Em meio ao desespero e os gritos de Bryan a chamando. Ela sentiu uma pontada em seu ventre.

Estava no topo das escadas quando sentiu a pontada. Ela arregalou os olhos de pavor quando viu uma poça de sangue no chão. Clarisse olhava aquilo apavorada "Não, não, NÃO!!!" foi o que pensou.

Ela sentiu uma forte tontura. Com passos cambaleantes tentou se afastar da escada, mas já era tarde.

A sua vista se escureceu e tudo que viu foi caindo para frente.

Seu corpo rolou pelas escadas até chegar no chão da sala. Uma dor alucinante vinha de todo seu corpo, suas vistas escureceram.

A última coisa que viu antes de apagar, foi seu entao amado Bryan parando em sua frente. Chorando aos prantos e tentando acorda-la.

Só o amor podia machucar daquele jeito...