Capítulo 16

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21:16, cafeteria Sweet Coffee, North Vancouver-Canadá

— TINA?! FILHA??? — escutei os gritos de minha mãe.

Logo depois que os policiais acionaram a ajuda de mais viaturas. Não demorou muito para a rua se encher de carros. Com policiais saindo de dentro dos seus veículos, e duas ambulâncias chegando.

Alguns paramédicos vieram me “socorrer” para analisarem se eu estava bem. Eu liguei para mamãe e expliquei a situação pra ela, que rapidamente me avisou que chegaria aqui em menos de cinco minutos.

Levantei minha mão de dentro da ambulância e ela conseguiu de alguma forma me ver em meio aqueles tantos de repórteres que chegaram no mesmo instante que a mesma tinha chegado.

Clarisse me abraçou, finalmente eu estou me sentindo segura: — Está tudo bem, meu amor? Está machucada?

— Não... mãe... a... a c-cabeça é d-da mulher de-desaparecida... — não aguentei e comecei a chorar de novo, como uma criancinha quando pensa que a mamãe a está abandonando na creche.

Mamãe me abraçou, sussurrando palavras doces em meu ouvido esquerdo, me reconfortando. Quero nunca mais sair do conforto de seus braços quentinhos.

O policial Handez apareceu de trás de nós. Tivemos de nos separar de nosso abraço.

Vejo a bochecha de Handez ficarem avermelhadas quando o mesmo encarou a minha mãe, levantei minha sobrancelha achando aquilo suspeito. Será?

— Bem, a sua filha vai precisar ser levada para a delegacia. Ela precisará ser interrogada... — minha mãe sorrir de uma maneira gentil para ele. Estreito os meus olhos. Hummm, muito suspeito!

— Posso ir amanhã? Sinceramente eu não estou mais com cabeça para tudo isso que aconteceu a poucos minutos. Ainda não caiu a real para mim...   — digo já sentindo uma leve pontada na cabeça, só agora a dor de cabeça insuportável veio, fazendo eu fechar os meus olhos por reflexo.

— O melhor que nós podemos fazer agora é descansar em casa. — mamãe acaricia a minha bochecha — Sr.Handez, amanhã bem cedo minha filha irá para a delegacia e ser interrogada, ok?

— Ok, sem problema nenhum Sra.O'hara! — ele abre um sorriso sem mostrar os dentes — Bom, quer que eu leve vocês para casa? A operação aqui irá demorar.

— Se não for nenhum incômodo... eu aceito sim a carona. — as bochechas de Clarisse ficam avermelhadas.

 — as bochechas de Clarisse ficam avermelhadas

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A caminho de casa, eu encarava a janela. Observando a noite completamente nublada sobre à lua, tudo indicava que iria chover. Mamãe e Sr.Handez, que se apresentou como Peter, cantavam uma música dos anos 90.

Clarisse: — I'll tell you what I want, what I really, really want. So tell me what you want, what you really, really want...

Peter: — I wanna, (ha) I wanna, (ha) I wanna, (ha) I wanna, (ha). I wanna really, really, really wanna zigazig ah...

Reviro os olhos pela graça dos dois. Clarisse fingiu segurar um microfone na sua mão direita, e passava a mão em direção a Peter quando era a parte dele cantar.

Essa brincadeira durou até finalmente chegarmos em casa.

 Peter se despediu de minha mãe com um beijo na bochecha antes de entrar na viatura

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Peter se despediu de minha mãe com um beijo na bochecha antes de entrar na viatura.

Entramos juntas em casa, e logo fui recebida por Molly, que ficou em pé, com as duas patas tocando as minhas pernas e a sua língua pra fora.

— Precisa de alguma coisa, filha? — pergunta minha mãe, com a voz suave.

— Não, vou deitar na cama mais Molly. Qualquer coisa eu chamo a senhora! — ela concorda.

Peguei a cachorra no colo e a levei direto para o meu quarto. Decidi deixar as perguntas para amanhã querendo saber o que estava acontecendo entre minha mãe e Peter.

Me “joguei” na cama, ficando de barriga para cima. De algum modo Molly sabia que eu não estava bem. Ela se deitou entre os meus peitos e ficou me encarando.

Meu celular tocou, olhei e é Lisa. Já tinha um bom tempo que nós duas não conversávamos.

— Eu vi o noticiário, e acabei me lembrando que é nesse horário que você trabalha... você está bem? — sua voz tinha um certo tão de preocupação.

— Não muito... mas ficarei bem... — mordi meus lábios — Eu vi a mulher desaparecida...

— Os noticiários disseram que só a cabeça estava no local... quer sair um pouco e espairecer a mente amanhã?

— Eu não sei não Lisa. É ainda um choque para mim e tudo parece ser uma grande mentira...

— Vamos sair amanhã, Tina. É melhor que você ficar em casa relembrando toda vez a cena... — fiquei pelo menos uns cinco segundos muda.

— Tá bom, e por onde vamos?

— Isso! Bem... podemos ir para um parque de diversões! Eu, você, Kazula, Jason, Eric e Simon... — eu até conheço Kazula e Jason, mas os dois últimos eu nunca ouvi falar.

— Pode ser... que horas será? Porque eu tenho que ir em um interrogatório logo de manhã cedo. — falo colocando o dedo polegar em minha boca, arrancando aos poucos o esmalte roxo com adesivo de caveirinhas.

— Pode ser às 13:00 da tarde. Nesse horário todo mundo dá para ir!

— Ok então... vou desligar... beijos e até amanhã!

— Tchau linda! — ela desliga a chamada.

Coloquei o meu celular na cabeceira. Fiquei encarando o teto. Molly já dormia, ressonando em cima do meu peito.

Não sei quantos segundos, minutos ou horas fiquei encarando o teto. Mas, minhas pálpebras pesaram e eu entrei para o mundo da escuridão.

Meu Namorado é um Serial Killer - Tina e MikeOnde histórias criam vida. Descubra agora