Aparentemente inocente

capítulo 7

" Ando pelos imensos corredores da biblioteca, passo os dedos entre os milhares de livros na estante, caminho sozinha por esse ambiente pouco iluminado. Seguro um livro em minha mão e leio algumas páginas, memórias de que eu já tenha o lido antes me vem à tona, as folhas amareladas pelo tempo, o cheiro de folha antiga é conhecido.

  Fecho o livro e me viro para guardar outra vez, mas sem querer deixo cair no chão, olho para o livro aberto sobre o piso e me abaixo para pegar, seguro ele em minhas mãos e percebo que faltam algumas páginas. As marcas de que foram arrancadas por alguém ainda está aqui, fecho o livro outra vez e me levanto, me viro para guardar na estante e me choco com algo em minha frente. Olho para cima e encontro seus olhos em mim, um sorriso se abre em seus lábios e ele toca em meus cabelos.

- Encontrou algo interessante nesse livro?_ sua voz grave diz baixo rente ao meu rosto - Parece bem interessada nele.-
Dou um passo para trás conforme ele se aproxima, suas mãos seguram em meus braços e ele me prende entre ele e a estante, minha respiração pesa, minha boca tenta dizer algo mas nada sai. Killian morde seu lábio e segura em minha cintura, ele aproxima seu rosto e passa o nariz em meu pescoço, seguro em seus ombros e aperto descontando toda sensação que ele me causa.

- Você me deseja... _ ele sussurra enquanto deixa beijos por meu pescoço, fecho os olhos e aproveito mais do contato- Me diz, eu quero ouvir da sua boca.. você me deseja?

- Sim.. _ digo fraca em seus braços, killian sobe a mão por baixo da minha blusa, ele trilha os dedos por minha barriga até chegar em meus seios.

- É isso que você quer a muito tempo.._  confirmo e ele aperta meu seio por dentro da roupa, sua mão quente toca em minha pele e eu arqueio as costas. Killian olha para meu rosto e aproxima seus lábios dos meus, mas não me beija.

- Kilian... _  fecho os olhos e digo seu nome em um sussurro, ele sorri e morde meu lábio com cuidado, sua boca se afasta da minha, meus dedos penetram em seus cabelos. Killian desce a mão e agarra minha bunda por baixo da saia, ele alisa minha pele e leva os dedos até minha intimidade.

- Seja minha_ ele diz e toca em meu ponto sensível, sinto a umidade se acumular entre minhas pernas -Seja minha outra vez Celine...

- Eu não sou ela.. _ abro os olhos e encontro um par de olhos vermelhos em minha direção-  Killian.. oque é isso? _ ele não responde, seus olhos se fecham e ele se afasta de mim, killian caminha para longe e eu fico sozinha, me viro para o outro lado e encontro Celine parada me olhando

- Ainda não se lembra?_ ela diz enquanto o sangue escorre por sua cabeça, grito assustada e saio correndo entre os corredores - Volte aqui... "

Abro os olhos e me sento na cama, meu corpo está suado, me sinto quente em partes que não deveria, minha respiração está descontrolada, olho em volta e vejo a claridade no quarto, a janela está aberta, mas não me lembro de ter deixado assim antes de dormir. O alarme toca e eu desligo, passo as mãos em meu rosto e me sinto confusa e envergonhada pelo sonho que acabei de ter. Agora só me resta tomar banho e ir para escola, não fui ontem, não estava me sentindo bem, mas hoje não posso faltar.

É possível que coisas como monstros horríveis, sejam verdadeiros? É possível um sonho se tornar realidade? Coisas inexplicáveis e sem sentido acontecem o tempo todo, mas não imaginei que um dia seria comigo. Começo a pensar que estou realmente ficando maluca, parece que estou vivendo em um lupe infinito, como se todos os dias fossem os mesmos, isso porque as vozes vão e voltam diariamente. 

Continuo cantarolando a mesma música todo dia, a mesma música que não sei o nome, muito menos de quem seja, isso já está começando a me assustar de verdade. Já pesquisei sobre isso na internet, mas tudo que fiz foi ficar ainda mais confusa, penso seriamente em me consultar com a minha psicóloga.  Para mim isso já não está mais normal, penso se devo contar para os meus pais, mas não sei se é uma boa ideia, killian me disse que eu não deveria contar isso há ninguém, que eu deveria procurar por ele, mas não sei se quero fazer isso.