capítulo 22

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A história de Celine e killian
Parte 2

O dia amanheceu nublado e frio, Celine observava a paisagem pela janela do quarto, pássaros voavam sobre as nuvens escuras e ela olhava para eles enquanto seus dedos batiam ansiosos sobre a madeira rústica da janela. O dia acabou de amanhecer, mas a princesa já estava de pé antes mesmo das criadas entrarem em seu quarto, pois ela não havia dormido bem durante a noite.

Suas servas entraram no quarto trazendo em mãos o vestido que usaria naquele dia, ela se afastou da janela e como todos os dias, seu banho foi preparado e seu corpo vestido pelas mulheres que cuidavam dela a muito tempo. 

Celine se juntou aos seus pais para o desejum daquela manhã, e como sempre se mantinha calada enquanto comia oque lhe fora servido, era assim que deveria ser, era assim que seu pai o rei ensinou a se comportar, nunca falar sem ser convidada a isso. 

- Temos um jantar importante essa noite _ o rei diz olhando para a princesa- Quero que seja agradável e atenciosa, o lorde Valter virá com a sua comitiva para resolvermos os assuntos pendentes do casamento_  sua voz fria atinge os ouvidos dela, Celine olha para seu pai por alguns segundos e curva sua cabeça.

- Sim meu rei, farei como deseja._ ainda de cabeça baixa ela engole o choro que se acumula em sua garganta e segura as lágrimas que insistem em querer sair. Ela não poderia se mostrar contra esse casamento, caso o fizesse ela estaria indo contra uma ordem do rei, e isso significa uma punição severa mesmo que ela seja da família real, mesmo que ela seja sua única filha.

Sua manhã foi rotineira, as mesmas coisas que sempre faz todos os dias, mas uma em especial ela não faz a mais de uma semana.  Depois do seu encontro acidental com o líder dos vampiros, Celine não voltou a sair, mas isso a deixou agoniada, mas não por causa do homem e sim pelo livro que perdeu enquanto saiu correndo sem parar. Aquele livro foi difícil de conseguir e era o único na cidade inteira, sua serva havia conseguido ele escondido de sua mãe pois a rainha não permitia que ela perdesse tempo com história bobas de romance.

A princesa esperou até que a tarde chegasse, esse era o único horário possível para conseguir escapar, então quando todos estavam ocupados com os preparativos para o grande jantar da noite, ela correu para os jardins do palácio e foi até seu lugar de fuga. Celine escalou os muros e com agilidade parou do outro lado, segurando na barra do longo vestido ela correu pela grama até estar afastada do castelo.

Ela caminha pela mesma estrada que sempre faz até a grande árvore, seus olhos vão para o chão à procura do livro perdido, ela refaz o mesmo trajeto mas não encontra nada.
A frustração por não achar seu livro é grande, mas ela olha em volta e respira aliviada por estar longe do palácio e poder sentir o vento em seu rosto, fora dos muros o ar era livre e isso a deixava mais leve.

A princesa caminhou até a árvore já conhecida por ela, o ambiente é solitário e calmo, assim como ela sempre gostou.  Ela tira algumas folhas caídas no chão e se senta sobre a grama, o tempo ainda é frio mas por sorte sem nenhuma chuva, com isso ela se encosta na árvore e fecha os olhos. Alí sozinha Celine sentia o peso do mundo em suas costas, ela sabia das responsabilidades que a espera no palácio e é claro, as responsabilidades que viram junto com o casamento com Lorde Valter.  Aquilo não era um compromisso, aquilo era o início de uma guerra que seu pai o rei acabou de anunciar, e ela era a chave para tudo isso, pois o dia do casamento seria o início de tudo.

Celine olhou para o céu no instante em que viu algo passar rápido sobre as alturas, ela ficou de pé e olhou para a frente, um som de algo batendo sobre o solo a fez paralisar no lugar, passos foram ouvidos por trás das árvores e ela finalmente criou coragem para se mover. 
Seu coração acelerado pelo susto e o medo, seus olhos abertos à procura de alguém em volta, e seu semblante de surpresa quando encontrou enfim aquém pertencia aqueles passos. Era ele outra vez, o senhor líder dos sangue frios estava ali bem diante dos seus olhos, e diferente da primeira vez que o encontrou, ela não recuou com medo, dessa vez ela apenas ficou ali parada olhando para o homem que se aproximava.

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