Aparentemente inocente

capítulo 30

A história de killian e  Celine
Parte: 3

Fúria e lástima é o que definia o semblante do rei durante três dias após a morte do lorde Valter, era esse o motivo de tantos guardas circulando pela cidade, esse era o motivo do olhar frio da rainha direcionado à Celine diante da grande e farta mesa na sala de jantar. Mesmo que a princesa não tivesse culpa sobre a morte do lorde, sua mãe a olhava como se Celine estivesse comemorando que seu casamento não mais aconteceria, ela não acreditava no olhar triste de sua filha, porque no fundo ela sabia que tudo que Celine sentia era alívio.

Alívio por saber que não iria mais se casar com um homem a quem não amava, um homem que lhe causava repulsa só de imaginar as coisas que teria que se submeter só para agradá-lo em nome do rei. Mas mesmo assim e apesar de realmente se sentir aliviada, Celine não demonstrou alegria perante seus pais e nem quando estava sozinha, nenhuma lágrimas caiu de seus olhos, mas mesmo assim ela sentiu a morte do homem. A princesa não era do tipo que ficava feliz com a morte de alguém, mesmo que tal pessoa merecesse isso, não fazia parte da sua doce e gentil personalidade, não fazia parte do seu puro e adorável coração.

Killian por outro lado não sentiu pena quando cravos a espada do lorde Valter em seu próprio peito, ele atacou o homem e o desarmou, em seguida o matou usando a espada na qual ele já havia usado para matar tantos de sua espécie. Não tinha remorso, não existia piedade nos olhos do jovem líder, tudo que existia ali naqueles olhos vermelhos eram raiva, vingança e autoridade, ali olhando para o líder dos vampiros o lorde Valter sentiu pela primeira vez como era ser pequeno, ele sentiu como era estar na presença daquele que era chamado de gladiador.

Killian voou pelos céus iluminado pela lua quando viu os olhos sem vida do homem em sua frente, ele voou alto e rápido até encontrar aquela que tomou conta dos seus pensamentos por alguns dias. Ele não sabia ao certo oque estava acontecendo, como um encontro acidental com a princesa o fez se encantar por ela, ele odiava admitir, mas algo naquela linda menina o fez pensar nela mais do que deveria.

Três dias se passaram e killian se sentia como num furacão, rodeado de coisas para resolver, rodeado de pensamentos e cheio dos seus súdito lhe perguntando como ele soube sobre o casamento da princesa, ele não disse a ninguém que conheceu a princesa, caso o fizesse ele seria instigado a fazer algo que cogitou no primeiro instante, mas mudou de ideia quando viu aqueles lindos olhos verdes.

Ele seria instigado a matar a filha do rei, o maior inimigo de todos, afinal ele estaria acabando com a linhagem real de uma vez por todas, mas ele não poderia fazer isso, Celine não tinha culpa das atrocidades que seu pai fazia.

O jovem líder estava sentado sobre a grande poltrona posicionada no meio de um grande salão onde era considerado o seu reino, diante dele seus súditos lhe passavam todas as novidades sobre qualquer questão que pudesse dar início a alguma guerra. Já estava de tarde e ele sabia do compromisso que fizera dias atrás, as palavras daqueles homens se tornavam vazias e estressantes.

- Deveríamos aproveitar que o rei está desolado e atacá-los com tudo que temos!_ um dos conselheiros diz alto entre os outros na sala, enquanto o líder kill apenas se mantinha calado ouvindo tudo.

- Isso seria loucura demais, o rei é muito protegido _ uma mulher se sobressai entre todos e caminha tentando fazê-lo ouvir

- O que isso importa?_ o segundo conselheiro diz enquanto caminha inquieto pelo vasto salão - Por mim nós matariamos todos eles, incluindo a rainha e sua filha, isso sim faria o rei sucumbir em completa ruína _

- Isso se chama guerra senhora conselheira, e não se ganha guerra com gentileza!_ outro homem contraria as palavras da mulher e então killian se levanta fazendo todos olharem para ele.