Levanto-me super animado antes mesmo do despertador tocar. Fiquei pensando em Timmy a noite toda! Vou ao banheiro fazer minha higiene matinal, sorrindo como um bobo. Pego minha mochila, meu celular e vejo que ele já me mandou uma mensagem dizendo que está me esperando na frente do apartamento. Meu coração parece que vai sair pela boca! Me arrumo o máximo possível, me perfumo por inteiro e coloco alguns anéis.Oh Deus, ele veio mesmo me buscar? Nunca estive tão feliz.
– Tchau, mãe! Bom trabalho! – Me despeço rapidamente, quase tropeçando em meus próprios pés.
– Calma, menino! Para que a pressa? – Ela pergunta, sentada à mesa tomando um pouco de café.
– É que... eu vou com alguns amigos, tenho que ir agora, desculpe! – Eu não deveria mentir assim, mas acho que não estou pronto para anunciar meu namoro oficialmente.
– Oh, tudo bem então. Coma alguma coisa no caminho. Boa aula, amor!
– Obrigado, mãe! – Desço as escadas e encontro Timothy na recepção me aguardando.
Ai, isso só pode ser um sonho.
– Bom dia, querido! – Ele cumprimenta em coro. Vou até seu lado e ele afaga meus cabelos com a mão.
– Bom dia!! – Sorrio. Eu deveria agir de forma mais carinhosa com ele também... – Você dormiu bem?
– Melhor impossível. Passei a noite sonhando com você.
– Oh... – Ele é bem direto, não é?
Começamos a andar com as mãos entrelaçadas até a escola. Ele perguntou se eu podia ir para a casa dele depois da aula, mas estou receoso sobre isso ainda; é melhor esperar mais um pouco.
– Você tomou café da manhã? Você está um pouco pálido. – Ele pergunta. Merda! Eu sabia que deveria ter comido alguma coisa.
– Sim. – Minto. Não quero que ele se preocupe com isso.
– Tem certeza? – Ele desacelera os passos, me perguntando de forma mais rígida.
– Uh-hm...
– Ariel...
– Não... – Não consigo segurar mentiras por muito tempo. Sempre tenho que ficar criando uma em cima da outra para manter minha história, e no fim, sai tudo errado.
Ele suspira e não diz mais nada. Eu o chateei de novo? Olho para o chão e percebo que estamos indo para um caminho diferente agora. Droga!
– E-espere! Para onde estamos indo? – Pergunto, me prendendo ao chão.
– A uma cafeteria perto da escola. Ainda é cedo, podemos comer alguma coisa lá. – Ele sugere, e meu rosto se contrai em uma careta. Eu sequer trouxe dinheiro.
– N-não precisa! Vamos para a escola, eu não estou com fome. – Respondo, em desespero.
– Precisa sim, isso não está em discussão.
– Timmy, não!
– Você não vai a escola sem comer, Ariel. – Não acredito que ele vai me obrigar!
– Vou sim!
– Não vai.
Porra!
Talvez ele esteja com fome. Vou acompanhá-lo por educação, mas não vou pegar nada; até porque não dá para mim pagar mesmo. O curto caminho foi só Timmy comentando o quão gosta da cafeteria e como os bolinhos de lá são maravilhosos. Eu apenas assentia ou resmungava alguma coisa. Ao chegarmos lá, nos sentamos em uma mesa de frente para o outro, perto de uma grande janela.
– Dê uma olhada, escolha o que vai querer. – Ele diz enquanto me olha.
– Eu já disse que não quero, é sério... – Vejo sua face ficar séria. Ele realmente quer que eu pegue algo. – Você pode pegar algo para você, vou esperar você terminar.
– Céus, Ariel, como você é teimoso! – Ele responde impaciente, mas com a voz não tão irritada. – Eu vou pagar para você, vamos.
O QUÊ?
– N-não! Não precisa disso! Por favor, Timmy! – Franzo as sobrancelhas enquanto falo arrastado. Não tem como eu o pagar depois; não quero lhe dar trabalho.
– Escute, você disse que me deixaria cuidar de você... Isso significa que eu também vou cuidar da sua alimentação. Por que você não para de relutar e aceita logo? – Ele fala cansado. Eu simplesmente não sei o que pensar disso.
– Mas eu estou bem! – Respondo angustiado.
– Certo. – Ele vai até o balcão e pede algum lanche.
Respiro fundo, tentando buscar o máximo de calma que eu tenho. Timothy é bem insistente, mais do que deveria... Calma aí, para que isso tudo de comida!?
– Coma, acho que você gosta de um misto quente e suco de laranja. – Ele passa o prato e o suco para mim, e fico com a boca entreaberta. Não acredito que ele fez isso. – Eu já paguei, então, sem objeções.
– M-mas... Eu disse que não queria!
– E eu disse que você não vai a escola de estômago vazio. – Fico apenas em choque com suas palavras. Ele volta a agir normalmente e começa a tomar seu copo de café.
Tudo bem, Ariel... É só um misto quente. Eu consigo comer ao menos um pouco. Derrotado, pego o pão e começo a dar pequenas mordidas. Timmy parece satisfeito. Bebo metade do suco e o chamo para irmos.
– Pronto, podemos ir agora? Vamos nos atrasar. – Comento, pegando minha mochila.
– Não, não podemos. Você não comeu nem metade do lanche.
– Timmyy!!
– Ariel, quer parar de agir como uma criança birrenta? – Ele pergunta irritado. Poxa, é tão difícil assim?
– Ahggrrr!! – Resmungo irritado.
– Se continuar com esse comportamento, vou te colocar de castigo! – Ele diz, e eu solto uma risada discreta e irônica. Me colocar de castigo? Essa é boa. – Eu não estou brincando, Ariel. – Ele responde duro, e eu apenas cruzo os braços. Isso soou mais sério do que eu imaginei.
– Hhmp.
– Certo, já que você quer assim... – Ele diz, se levantando e arrumando suas coisas para ir embora. Finalmente ele entendeu.
Levanto-me e espero ele se organizar. Ele bebe o restante do suco rapidamente e pega o misto para ir comendo no caminho. Ele de fato não gosta de desperdiçar comida. Me dou por vencido.
O caminho até a escola foi silencioso. Senti o clima pesar com o que aconteceu. Eu deveria ter comido o lanche; afinal, ele só queria "cuidar" de mim. Ele mencionou um tal "castigo", o qual não faço ideia do que seja. Enfim, ele estava blefando. Decido não pensar nisso, até porque a aula já vai começar.
Agh, droga...
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Yes, I can be your little boy - Spankingfic -
RomanceAriel Muller, um garoto esperto (talvez não tanto) que tem a ardilosa ideia de jogar uma cartinha de amor na mesa de um estudante aleatório. Talvez isso possa render em situações indesejadas? Ah, e sim. Essa história tem um pouco de... Spanking? P...