– Bom, espero que todos vocês tenham se empenhado. Tenham uma boa prova. – O idiota do professor de matemática anuncia, enquanto deixa uma folha na mesa de cada um.
– Merda… – Sussurro baixinho ao olhar para a prova super difícil.
Acontece que, na semana passada, o professor avisou que teríamos um teste de geometria com tudo o que aprendemos nesse bimestre. MAS EU ESQUECI COMPLETAMENTE! Resultado: não estudei e não faço ideia de como responder as questões.
Bufo e começo a rabiscar o papel idiota, desenhando algumas coisas aleatórias. Nada de realmente resolver. Minha mente voa para Timmy. Começamos a namorar na semana passada, está tudo tão incrível! Minha mãe agora sabe do nosso relacionamento, e neste fim de semana, vou dormir na casa dele. Nem preciso dizer que estou mega animado!
Sorrio feito bobo na cadeira.
Volto minha atenção à prova e olho para o lado, tentando dar uma espiada na folha do Drew. Mas a letra dele é minúscula, impossível de entender. Reviro os olhos e escrevo o pouco que sei. Depois, deito a cabeça e fecho os olhos, esperando o tempo passar.
O sino finalmente toca. Levanto-me e vou para o lado de fora, procurando por Timmy. Agora nós sempre ficamos juntos no intervalo. Mas, estranhamente, ele não está em lugar nenhum! Pego meu celular e vejo uma mensagem dele na minha barra de notificações.
"Baby, não vou conseguir passar o intervalo com você hoje. Precisei sair mais cedo por causa do treino… Te vejo mais tarde! Coma direitinho e tome cuidado ao atravessar a rua."
Sinto um beicinho se formar em meus lábios. Queria vê-lo agora! E estou chateado por causa daquela prova de matemática. Droga…
– Hey, Ariel? – Viro-me e dou de cara com um rapaz mais velho. Me estremeço um pouco. Ele é alto, acho que é da turma do Timmy.
– Ahm... Sim?
– Desculpe a pergunta, você é o namorado do Timothy, certo? – Arqueio as sobrancelhas e recuo um pouco.
– Er… Quem é você? – Ele sorri, mostrando covinhas nas bochechas. Céus, o que esse cara quer?
– Meu nome é Nathan, sou amigo do seu namorado. – Ele sorri com confiança e se aproxima.
– Oh… – Timmy não havia me falado de nenhum dos seus amigo ainda. Talvez seja bom conhecê-lo.
– Você está livre? Posso passar o intervalo com você? – Dou um passo para trás. Por que ele quer passar o intervalo comigo? Nem Drew e Gael fazem isso com frequência.
– Acho que… Sim? – Ele reprime uma risada. O analiso de perto; ele é bem bonito, de pele parda, mais alto que o Timmy e não parece tão intimidador quanto ele.
– Vamos nos sentar no refeitório?
Sem esperar minha resposta, ele toca meu ombro e me guia até uma mesa vazia. Mal me sento, e ele já aparece com duas bandejas de almoço. Espere, eu não pedi isso! Ele coloca uma bandeja à minha frente, com espaguete separado da salada, uma banana, suco e sobremesa; a dele vem com um prato ENORME de espaguete, verduras, carne e outras coisas.
– Eh-er... – Olho para ele se sentando na cadeira em frente e já separando os talheres.
– O que foi? Não gosta? – Ele arqueia uma sobrancelha.
– Não! Nada disso, é só que… Eu não estava esperando – digo, dando uma olhada especial ao pudim com calda de frutas vermelhas.
– Ah, o Timmy me pediu para fazer isso. Disse que você é chato para comer. – Minhas bochechas começam a esquentar. Timothy comentava sobre mim com seus amigos? Céus… – Tem algo de errado? – Ele pergunta, parecendo preocupado.
– Não, n-nada… – Coloco uma mão no rosto para esconder o rubor. – Ele fala de mim para você? – Não consigo segurar a curiosidade, tive que perguntar.
– Haha! Relaxa. Eu sou praticamente irmão dele. Nós sabemos quase tudo um do outro, e o que Timmy conta fica só entre a gente. – Ele responde com um sorriso divertido, enquanto começa a comer. Abaixo a cabeça e pego um pouco de espaguete. – Ele te trata como um bebê, né? – Ele sorri de canto, deixando o garfo de lado.
– O quê!? – pergunto surpreso, sentindo as bochechas queimarem.
– Ele diz que você é o neném dele. Ah, coma suas verduras também, ele não vai gostar de saber que você deixou todas elas aí. – Céus. Falando assim, é mais vergonhoso do que eu pensei! Não, eu não sou um bebê!
– E-eu não sou isso que ele falou…
– Um bebê? – Ele diz naturalmente.
– Er! Isso. Acho que ele se enganou…
– Pfftt!… – Ele solta uma risada. – Relaxa, você não precisa ficar com vergonha. Já conheço as manhas do Timmy, é o jeito dele.
– Manhas?
– Sim. Para ele, estar em um relacionamento é cuidar, quase como uma relação parental. Mas ele já falou sobre isso com você, não já? – Me mexo desconfortável na cadeira. Ele parece saber bastante sobre o amigo. Será que ele também sabe que ele já... Hmm... Me puniu?
– Ahn… Sim, ele já falou algo sobre. – Não diretamente, mas… Vamos ver até onde ele vai com isso. – O que mais ele te disse?
– Como assim?
– Ele te contou mais sobre ele? Eu queria conhecê-lo melhor.
– Bom, você pode conversar com ele mais tarde. – É, ele não vai contar. Acho que o melhor é conversar diretamente com Timmy.
Terminamos de comer. Quer dizer, ele termina, porque eu deixo quase metade do prato, menos a sobremesa, que devorei toda. Ele diz que vai contar para Timmy que não comi tudo, e eu só reviro os olhos, irritado. Até ele está me tratando como criança! Ugh!
Saio de lá pensativo. Preciso fazer mais perguntas ao Timmy e conhecê-lo melhor. E essa história de eu ser o "bebê" dele… Está muito estranha! Será que ele já teve outros relacionamentos? O que ele pensa sobre mim?
Vou falar com ele assim que chegar em casa!
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Yes, I can be your little boy - Spankingfic -
RomanceAriel Muller, um garoto esperto (talvez não tanto) que tem a ardilosa ideia de jogar uma cartinha de amor na mesa de um estudante aleatório. Talvez isso possa render em situações indesejadas? Ah, e sim. Essa história tem um pouco de... Spanking? P...