D-daddy?

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– Ele te obrigou a comer? Haha! – Pra que eu fui inventar de contar isso a eles?

– Awn, vocês são tão fofos... – Drew está adorando ouvir essa história. Reviro os olhos.

– Sim, mas sei lá... Ele age de forma estranha, é como se ele fosse "super protetor". – Digo pensativo, e por algum motivo, não consigo parar de pensar no "castigo" que ele citou.

– Isso é bom! É sinal de que ele te ama. Vai que ele já tinha um crush secreto em você antes. – Gael também vive no mundo da lua. Puta que pariu.

– Tem essa possibilidade...

– Vocês são terríveis.

Fecho meu caderno e guardo meus materiais após o professor nos liberar para casa. Timmy pediu que eu o esperasse na sala porque precisava resolver alguma coisa, então apenas ponho a mochila no meu colo e o aguardo.

E assim se passam um... dois... cinco... DEZ minutos...

Ele não me deixaria no vácuo, deixaria?

Após aproximadamente vinte longos minutos, me levanto e vou até a porta, decidido a ir embora, emocionado e ferido. Mas, felizmente (ou infelizmente), sou barrado pelo corpo enorme de Timmy.

– Aonde pensa que estava indo? – Ele pergunta em tom sério.

– Para casa! – Respondo irritado. Quem ele pensa que é para me tratar assim?

– Bom, nós vamos sim, mas não agora. – Ele diz, me empurrando de volta para dentro da sala e trancando a porta.

MERDA, MERDA, MERDA!!!

– E-espera! O que você está fazendo?! – Minha voz sai trêmula e desesperada. Começo a ficar assustado.

– Calma, só vamos conversar. – Ele pega minha mão suada e me leva até as mesas do fundo. Eu me sento na última cadeira, e ele fica à minha frente, mas com o corpo voltado para mim.

– O que você quer? – Pergunto de forma ríspida.

– Você está chateado comigo, baby? – Ele pergunta com a voz aveludada. É LÓGICO QUE EU ESTOU!

– Sim.

– Por quê?

– Porque você... Você me obrigou a comer hoje mais cedo e me deixou aqui sozinho por um tempão! Todo mundo já foi embora, só tem nós aqui. – Meus olhos começam a umedecer. Poxa, isso me deixou frustrado!

– Oh, pequeno... Sinto muito por ter te deixado esperando por tanto tempo, mas eu precisava que todos fossem embora para podermos ficar a sós. – Cruzo os braços e reviro os olhos. Sério mesmo? – Eu não gosto dessa sua atitude, jovenzinho.

– É mesmo? E daí, vai fazer o quê? – Respondo rude, vendo ele suspirar.

– Bom, querido, entendo que você esteja chateado, mas isso não lhe dá o direito de agir assim. – Ele pega minhas duas mãos e começa a acariciá-las gentilmente antes de voltar a falar. – Sobre hoje cedo, você sabe que faz mal sair de estômago vazio. Você iria se esforçar andando até a escola e estudando aqui. Precisa estar bem alimentado. Então eu exijo que você tome um bom café da manhã todos os dias.

– Hmph... – Resmungo, olhando para os lados. Talvez Drew e Gael estejam certos; ele só quer o meu bem e demonstra que me ama. Ele até pagou o lanche para mim... Eu devia ser mais gentil.

– Ei, querido, olhe para mim... – Levanto a cabeça, fazendo meus olhos se cruzarem com os dele. – Sabe que a birra que você fez hoje mais cedo não foi certa, sim?

– Ah, ahmm... Acho que sim... – Sinto um arrepio estranho percorrer pela minha espinha. Por que ele está falando assim?

– Acha? Ou tem certeza?

– E-eu... Sim?

– "Sim" o quê, Ariel? Diga-me o que você fez de errado. – Merda!!

– Tudo bem, olha, eu deveria ter sido mais grato por você ter me pago o lanche e... Obrigado. Me desculpe por ter agido daquela forma com você hoje mais cedo. – Comento de forma melancólica. – Você está chateado comigo? – Pergunto, e ele sorri.

– Não, não estou chateado com você, príncipe.

– E-eu não posso te pagar pelo lanche por agora... Será que...

– Meu Deus! Você está mesmo preocupado com isso? Eu já disse que agora você também está sob meus cuidados, você não me deve nada. – Ele diz tentando parecer tranquilo. – Querido... Eu só quero seu bem. – Mordo o lábio inferior enquanto tento reprimir as lágrimas.

– E-eu sei... – Ele se levanta da cadeira e me deposita um beijo rápido na testa.

– Bom, está tudo bem agora... Mas não posso deixar a birra de hoje mais cedo passar em branco.

– O-o que? – Fico confuso. Como assim? O que ele vai fazer? Ele pega uma cadeira e a vira para frente.

– Quero que você se levante e se deite sobre meus joelhos. – Empalideço me encolhendo no lugar. Ele não vai fazer o que eu estou pensando, vai?

– C-como?

– Isso mesmo que você ouviu, vamos.

– A-AQUI?

–Aqui. Não se preocupe, esta sala não tem câmeras, além disso, a porta está trancada, não há ninguém além de nós dois.

– M-mas... Você vai me bater?

– Para um bom entendedor, meia palavra basta.

– NÃO! Você não pode!! – Ele me olha sério. – Espere... Olhe, é que meio que nos conhecemos ontem.

– E? – Ele ergue uma sobrancelha.

– E eu não quero que você ne bata...

– Fique tranquilo, como esta é primeira vez que isso aconteceu, pegarei leve.

– A QUESTÃO NÃO É ESSA!

– Pare de gritar! Eu estou bem aqui do seu lado e não estou elevando meu tom de voz para você, estou? – Engulo seco, então levanto-me da cadeira e respiro fundo. Isso não pode estar acontecendo.

– Desculpe. Eu não vou fazer mais... "Birra" para não comer. – Talvez assim eu consiga barganhar.

– Desculpas aceitas, querido. Agora venha.

– Mas eu já pedi desculpas!

– Sim, e eu perdoei. Mas suas ações tem consequências. – QUE DROGA! – Terei que ir buscá-lo?

– Timmy, por favor, não... – Imploro enquanto diminuo a distância entre nós, ele segura minha mão e me puxa para mais perto.

– Obedeça o daddy, prometo que serei rápido. – Ele responde com naturalidade.

– D-daddy? Como assim "daddy"? – Ele revira os olhos e parece reprimir um sorriso. Meu Deus, o que está acontecendo?

– Vamos, Ariel. – Ele me puxa com mais de força, me fazendo tombar sobre seu colo, tento me acomodar com a posição, mas é quase impossível.

– E-espera! Calma!

Yes, I can be your little boy - Spankingfic -Onde histórias criam vida. Descubra agora