Capítulo 22 -Irmãos de fogo

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Franzo a testa quando Lorde Corlys marca alguns pontos específicos no mapa, mostrando por onde Rhaenyra pode atacar pelas águas. E pelo o que me parece, minha irmã conseguiu muitos barcos, e aparentemente soldados também.

— Drumm, Harlaw e Myre, essas casa estão do lado de Rhaenyra, e nos atacarão pelo mar, sem contar que os vassalos vão acompanha-los, ou seja, ainda mais soldados — Corlys leva as mãos até a cintura e nega com a cabeça

— Precisamos de alguém para vigiar o porto, alguém que observe do alto — Aemond coloca o pino de um dragão sobre o mapa — Temos muitos cavaleiros de dragões

— Qual a sua ideia? — Pergunto a meu marido

Maelor se aproxima da mesa, analisando a posição de cada um dos pinos. Os olhos do garoto encontram os meus, e vejo um lampejo de amargura o percorrer. Desde a morte de Aegon, ele se tornou uma criança mais fechada.

— Posso patrulhar com Golden beak, meu dragão já é grande o suficiente, nunca batalhou, mas acho que não será necessário lutar — Encolhe os ombros

— Nem pensar — Disparo — Não o colocarei em perigo, de forma algum

— Majestade, garantimos que o jovem Maelor não se envolverá com a guerra, só ficará de olho na movimentação — Lorde Corlys acena com a cabeça — Talvez um dos jovens príncipes possa acompanha-lo

— Eu irei — Daelor para ao lado do primo — Ficarei de olho em tudo

— Não quero meus filhos e meus sobrinhos metidos com essa guerra — Encaro todos na volta daquela mesa — Vocês irão fazer a patrulha, mas se virem algo suspeito, recuem na mesma hora

— Sim, majestade — Os dois jovens respondem juntos

— Estão dispensados — Murmuro

Espero os mais jovens se retirarem da sala do conselho, e continuo sentada quando os outros homens ficam de pé. Preciso fazer algumas mudanças, e no momento preciso urgentemente. Ordeno que reúnam todos da minha família na sala, para que eu possa anunciar os cargos.

Os olhos atentos estão sobre mim, e em minhas mãos giro o broche da mão do rei. Estico na direção de Daeron, e espero que ele aceite o cargo. Meu irmão pisca rapidamente, ainda perplexo pela oferta que estou fazendo.

— Quer que eu seja a sua mão? — Sua pergunta sai baixa

— Parece que sim — Continuo com a mão esticada

Percebo que ele engole a seco, em seguida olhando para Aemond. Meu marido baixa o olhar, não querendo influencia-lo em nada na sua escolha.

— Depois de tudo o que eu fiz...você...confia em mim? — Lágrimas brotam em seus lábios

— Você é meu irmão — O encaro — E vejo o arrependimento no seu olhar

Levanto da cadeira, caminhando na sua direção. Agarro seu braço, e coloco o broche em sua mão. Não quero mais pensar no passado, preciso focar no presente e nas pessoas que estão ao me lado. Nos últimos dias ele têm se mostrado um bom aliado, um ótimo irmão.

— Quero você ao meu lado, vamos nos unir e deixar que a nossa casa continue no comando — Aceno com a cabeça — Somos irmãos, devemos viver como tais

— Será uma honra lhe aconselhar  — Seus braços me rodeiam

Paro meus olhos sobre minha mãe, e ela sorri enquanto confirma com um aceno. No final sempre foi isso que ela quis, a união dos filhos, só não percebeu que Aegon fora manipulado por meu avô.

— Lorde Corlys continuará no cargo de mestre dos Navios e também da moeda — Acrescento — Preciso das suas habilidades

— Com prazer, majestade

Fogo, Sangue e Vingança - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora