Fogo, Sangue e Vingança - Aemond Targaryen

Capítulo 30 - Baerys Targaryen

Baerys Targaryen

Anos depois

Espalmo minhas mãos na madeira da mesa, empurrando tudo para o chão, pouco me importando com os vidros se partindo ao entrar em contato com a superfície de pedra. As bolinhas da mesa do conselho rolam por toda a sala. Jaehaera toca minhas costas, e isso era para me acalmar, como sempre fez, mas nada adianta.

— Meu Principe, precisa se acalmar e reivindicar o trono de ferro — Sean Stark se aproxima

— Mataram a minha mãe! — Disparo na sua direção — Porra, entraram na fortaleza vermelha e a mataram

Tombo a cabeça para frente, voltando a chorar. Esta manhã, quando todos acordaram e acharam que seria mais um dia normal, escutamos a criada de minha mãe correr pelos corredores, chorando desesperada. Ela estava morta, cortaram a sua garganta enquanto dormia.

— Ela não merecia isso — Lamento

— A Rainha Camily desejava a morte há meses, todos sabemos disso — Meu tio Daeron ressalta — Ela morreu no dia em que Aemond morreu

— Isso é verdade, minha irmã o amava demais para viver sem ele — Helaena esfrega seus braços — Foi uma tragédia o que aconteceu com Aemond, mas o que aconteceu com Camily, isso é imperdoável

Meses atrás recebemos um corvo informando que Steptones estava sendo invadido por piratas, eles estavam informando para todos que estava ali para acabar com todos os dragões. Acabar com os Targaryen. Meu pai deu risada da cara de todos eles, mas não esperávamos com o elemento surpresa.

Nossas tropas estavam em Steptones, e foi aí que tentaram invadir Dragonstone. Meus irmãos e eu estávamos muitos ocupados com os outros, então meu pai voou sozinho até a Pedra do Dragão. Todos concordam que Vhagar era grande o suficiente para matar milhares de pessoas, assim como fez antes, na dança dos dragões. 

Eram muitos barcos, todos armados o suficiente. Flechas começaram o atingir, elas batiam contra o corpo de Vhagar e caiam de volta, mas então eles miraram em suas asas, e elas atravessaram em um piscar de olhos. Não demorou muito para que elas atingissem meu pai.

Eu sinto um pouco de ódio do meu pai, porque ele venceu tantas batalhas, venceu uma guerra, e foi morre para piratas imundos. Ele e minha mãe já não eram novos como na dança dos dragões, mas ainda tinham as habilidades de comandar um dragão.

Levanto meu olhar quando Sir Errik Cargyl entra. Seus olhos estão marejados e seus passos são lentos, com dificuldade. Ele sempre foi muito leal a minha mãe, guardou todos os seus segredos, a protegeu em todos os momentos.

— Meu Príncipe, eu peço perdão — Retira a espada da cintura — Eu deixei que encostassem na Rainha, não a protegi corretamente, deixei que a matassem em sua própria cama

— Errik...— Dou um passo na sua direção 

— Eu deveria ter ficado de guarda ontem a noite, mas estava muito cansado, então troquei com outro guarda — Ergue a espada — Eu mereço morrer

— Não! — Me lanço na sua direção

Quando agarrei seu corpo, a espada já estava cravado, e ele estava perdendo as suas forças. Jogo a espada longe e coloco minha mão sobre seu ferimento, tentando estancar o sangue.

— Chamem um Meistre! — Ordeno

— Ela queria você no trono, agora já não é mais um jovem Príncipe — Fala com dificuldade

— Sir Errik, você e o meu pai me ensinaram tudo que eu sei — Lágrimas escorrem dos meus olhos — Você também não pode me deixar, eu preciso de você