Capítulo 23 - Pedra do dragão

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4 meses depois

Abro um sorriso quando Alinyra se debruça sobre o escoro do barco, admirando Seasmoke voar junto com os outros dragões. Namira alisa o pelo de fúria, soltando gargalhadas quando o lobo passa a língua em seu braço.

Balanço Haegar em meus braços, que a todo custo tenta ir para o colo do pai. Para um bebê ele é muito forte, tanto que tenho que segura-lo com as duas mãos e escutar os seus resmungos. Ele só sossega quando Aemond o pega.

- Vejam garotos, Haegar já pode nos acompanhar no treinamento - Aemond o ergue para cima e ele gargalha, ainda mais quando os irmãos mais velhos se aproximam - Preparado para conhecer o lugar onde você nasceu?

- Pequeno Haegar, veja meu dragão - Alinyra se pendura no traje do pai

- Jovens príncipes, sejam bem vindos a Dragonstone - Sir Errik Cargyl aponta para o enorme castelo

O mais novos se aproximam ainda mais da ponta do navio, os olhos cravados na Pedra do Dragão. Olho para cima quando os dragões passam voando, e mais atrás em um bater de asas lento, Vhagar ruge tão alto que poderia fazer aquelas arvores tremerem.

Contamos com cinco dragões nos acompanhando, tirando os filhotes que ficaram em Kings Landing. Assim que meus pés entram em contato com a areia da enorme praia da pedra do dragão, sinto algo muito bom florescer dentro de mim, algo que se escondera por muitos anos.

Foi aqui que virei montadora de Vermithor, e aqui me escondi no dia que tentaram matar a mim e a Maegor, quando ele ainda estava na minha barriga. Dei a luz a Haegar bem aqui neste castelo, e também recebi a pior notícia da minha vida.

Maegor teve a cabeça arrancada.

Tiro Haegar dos braços de Aemond, em resposta do pequeno recebo um resmungo. Os guardas entram na frente, verificando cada canto do castelo.

Não pretendo deixar ninguém aqui por agora, mas quando Baerys se casar, ele poderá viver aqui se quiser. Apesar de que, acredito que meus filhos não arredarão o pé da capital.

- Majestade, encontramos oito ovos de dragões nas pedras abaixo do castelo - Arrik se aproxima - A maioria dos criados debandaram para o vale junto com a Princesa Rhaenyra

- E os que ficaram?

- Eles.....- Olha para as crianças ao meu lado e depois volta a me encarar -.....cortaram a própria garganta

- Deuses - Murmuro

- Talvez queira ver o que encontramos em um dos aposentos

Aceno com a cabeça e eles me levam para dentro. Ao parar em frente ao quarto de Rhaenyra, respiro fundo, tão rapido que meu coração acelera.

Sobre a mesa, várias folhas espalhadas por todos os lados. Casas aliadas, mortes do lado dela, quantidade de dragões, e um lista de vingança.

Todos os nomes têm um X do lado, e aqueles que já estão mortos, o nome todo está riscada. No final da lista está meu nome, também com um X do lado, mas o que me chama atenção é que acima de mim está o nome de todos os meus filhos.

Rhaenyra pretende matar todos os meus filhos. Fecho minhas mãos em torno da folha, amassando o papel em meus dedos. Ela planeja acabar com a minha família.

- Aquela vadia não vai encostar nos meus filhos - Aemond abre a porta com um chute

- Aemond...- Nego com a cabeça

- O que foi? Vai defender Rhaenyra? - Apoia a mão sobre a sua espada

- Ela foi muito importante para nós dois

Fogo, Sangue e Vingança - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora