Elizabeth era alma de fogo, John coração de ferro. Ambos tão diferentes, mundos diferentes, mas compartilhavam de perdas recentes, cada um com seus problemas pessoais.
Um acaso do destino os pôs frente a frente mas as primeiras impressões não foram...
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⚠️ Aviso: Tem uma cena hot nesse capítulo. Se não gostarem, podem pular.⚠️
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John levantou cedo, como de costume, quando os raios de sol ainda teimavam em sair. Seria um dia cheio, corrido, tinha muitas coisas a fazer, era época de colheita das forrageiras, o gado estava gordo para venda, os negócios iam muito bem, tudo nos eixos.
E com uma xícara quente de café sentia-se mais revigorado, o sol dava o ar de sua graça, os peões se movimentavam lá fora em seus afazeres. Olhou no relógio de pulso, tinha de estar no centro da cidade em uma hora, tudo dentro dos conformes para a reunião com os compradores, seria uma boa safra.
Ao passar pela sala de estar avistou um livro sobre o sofá, Elizabeth quem o lia, com certeza, passava o tempo livre lendo, gostava disso nela. E em curiosidade aproximou-se para ver a capa, parecia ser um romance ou algo do tipo, nunca leu nenhum daqueles livros daquela estante, às vezes indagava-se quem havia os comprado, duvidava que fosse seu pai.
Sorriu de canto pensando na moça de longos cabelos castanhos, pele clara, olhos verdes-escuros, nariz afilado e boca carnuda. Tão linda, isso era verdade. Ele obviamente notara sua beleza assim que a vira aquele dia na porteira, não era mais uma garotinha, mas sim uma bela mulher.
Porém, a repudiou com força.
O nariz empinado, boca dura, impetuosa e entrona... Teve vontade de enxotá-la para fora dali, mas não o fizera, a deixara ficar. Mas por quê? Será que ainda a via como uma superior? Sobrinha de Seu Hernando? Sempre a vira deste modo, a intocável enteada de senhor Marcos.
Ela mostrara-se diferente durante os dias, claro, ainda petulante e desbocada, mas não uma dondoca riquinha da cidade, isso ela não era. Viera atrás das terras, de dinheiro, herança de sua mãe e tinha de admitir, por birra, não a liberara as terras, sentia que ela não merecia, então usara a cláusula do testamento a seu favor.
Porém o que faria agora? Não haviam motivos para não lhe dar o dinheiro, sabia que ela precisava, necessitava desta quantia, estava num empasse, ainda mais depois daquele bendito beijo. Sentiu seu mundo dar uma volta e meia, só conseguia pensar nela e no quanto queria estar perto, agradá-la.
Tudo o puxava para ela, seu aroma, seu falar, seu andar... Não gostava de pensar a fundo nisso, pois pensava coisas erradas, como, e se ela estivesse o seduzindo para conseguir o que queria? Queria acreditar que não. Por isso, mantinha-se um passo atrás, resguardando sua sanidade e sentimentos, mesmo que fosse difícil, já que Elizabeth era simplesmente encantadora e conseguira conquistá-lo de tal modo que só pensava nela.
Meneou a cabeça e rumou em direção à garagem, teria o dia cheio e à noite gostaria de ficar com ela, beijar aquela boca várias vezes, embalá-la em seus braços como uma criança, estava viciado, vencido, necessitava da afeição da mulher.
