Capítulo 16

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Contém cenas +18.

 John acordou em seu habitual horário, pois seu relógio biológico estava acostumado a lhe despertar mesmo antes do sol raiar

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John acordou em seu habitual horário, pois seu relógio biológico estava acostumado a lhe despertar mesmo antes do sol raiar. Seu primeiro ímpeto foi se espreguiçar, porém mesmo antes que o fizesse, a quentura do corpo agarrado ao seu lembrou-o de onde estava.

Elizabeth dormia profundamente agarrada a ele, a respiração calma, face passiva. Ele achou-a a coisa mais fofa dormindo e sem conter-se levou a mão ao rosto dela numa suave carícia. Aquilo a fez abrir os olhos ainda sonolenta, sorriu confusa ao fitá-lo, carregava um olhar sereno.

– John... – murmurou meio se espreguiçando, meio se achegando mais a ele.

– Bom dia, querida.

– Bom dia? O sol mal saiu ainda – o tom era sonolento.

– Pra mim o dia já começou, tenho de ir, coisas a fazer.

Lizzy passou o braço por cima dele, colando ainda mais os corpos.

– Fica mais um pouco.

Ele a acariciou o corpo, tendo completa noção que estavam nus sob aquela coberta. A sensação era boa, isso era verdade. Tivera uma ótima noite de sono, mas a manhã havia chegado e tinha de honrar seus compromissos.

– Tenho de ir. Aproveite para dormir mais, dorminhoca.

Ela sorriu e John segurou-a gentilmente no queixo, selou os lábios de modo suave.

– Te vejo mais tarde então – murmurou manhosa.

– Eu compenso à noite, prometo.

Aquilo a fez rir de leve e numa piscadela ele saiu da cama, vestiu-se, beijou-a na testa em despedida e saiu, deixando-a cair em sono profundo novamente.

Acordou poucas horas depois, as crianças logo chegariam, seria um dia longo, porém um dia feliz. Lembrou-se da atitude de John na noite passada, a recebendo com flores e um pedido de desculpas. Ficou encabulada mas agradecida, mostrava que tinha caráter e se importava com os sentimentos dela.

Conteve o sorriso bobo nos lábios, meneou a cabeça, isso não era um bom sinal, não mesmo! Não deveria misturar as coisas, mas tudo aconteceu tão sutilmente que não deu-se conta, quando viu, estava envolta por aqueles braços fortes.

Droga, droga! Pensava nele toda hora, fantasiava coisas, ansiava por sua presença, tudo parecia tão interessante e convidativo. Queria saber tudo dele, tudinho mesmo, até os mínimos detalhes. Tinha vontade de desvendar John e descobrir seus anseios e segredos, dividir pensamentos e ideais.

Não deveria sentir-se assim. Era um tanto amedrontador.

Logo Amanda e Joel entraram a todo vapor pela porta de entrada, correram felizes em sua direção, contando-lhe que haviam resgatado um filhotinho de Urutau na estrada. A falaria e contação de história foi até quase a hora do almoço.

Coração de Ferro | Keanu ReevesOnde histórias criam vida. Descubra agora