Capítulo 10

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Em cima da mesa de cabeceira, o despertador tocava. A pessoa que estava deitada, rolou na cama. Farta do barulho, lançou o braço na direção do despertador atirando-o para o chão. Ouviu o barulho do objeto partir-se em bocados. Sem dar muita atenção, acabou por adormecer. Após algum tempo, voltou rolar na cama. Esticou o braço para alcançar o despertador, mas não havia nada.

- Oh. Meu. Deus.

Ela levantou-se da cama apressadamente. Foi em direção à casa de banho. Ao entrar apressada, escorregou no chão, que encontrava-se molhado.

- Não pode ser.

Com alguma dificuldade, levantou-se do chão molhado. Tomou um banho rápido. Foi para o quarto, que estava desarrumado. Pegou umas calças e uma camisola quaisquer. E vestiu-se com pressa. Ao andar pelo quarto, tropeçou nos lençóis da cama que estavam no chão.

- Bolas. Onde está o raio dos ténis?

Procurou pelo quarto desarrumado, os ténis que queria calçar. Então foi para a cozinha. Abriu o frigorífico e tirou o leite. Como estava com pressa, decidiu beber pelo pacote. Depois deu-se conta de ter visto uma coisa estranha dentro do frigorífico. Abriu-o novamente encontrando um par dos ténis. Foi à procura do outro, até que o viu em cima do sofá. Calçou os ténis, pegou a mala e saiu de casa.

- Não acredito que vou chegar atrasada.- disse para ela mesma.

Da sua casa ao trabalho, levava meia hora a pé. Caminhou a passos largos para chegar a tempo. Mas mesmo assim, não adiantaria. Até porque iria mesmo chegar atrasada. Logo que entrou no seu local de trabalho, deu de caras com a gerente. Que a olhava com raiva.

- Atrasada outra vez?- perguntou dando um sorriso torto.

- Nem mais Patrícia.- respondeu a gerente.- Tu sabes há quanto tempo é que isto acontece?

- É que o meu despertador....- a gerente interrompeu-lhe.

- Eu não quero ouvir as tuas desculpas. Não sei como é que ainda te aguentamos aqui. Vai trabalhar.- ordenou dando-lhe as costas.

Patrícia fez cara feia para ela, que ainda estava de costas. Algumas clientes riram da atitude dela.
Foi para a sala de funcionários. Colocou o avental e os seus óculos. Saiu da sala e foi tratar das clientes. Patrícia já trabalhava há alguns anos naquele cabeleireiro. Ela gostava de mexer em vários tipos de cabelos. Era um trabalho de que ela gostava. E não se arrependia nem um pouco de ter tirado esse curso.
Nicole chegou em casa por volta das 5h da manhã. Mal entrou em casa, descalçou os ténis e foi caminhando para o quarto. Atirou-se na cama e adormeceu. Algumas horas depois, acorda. Olhou para o despertador que já marcava 12:20. Levantou-se da cama tropeçando nos cobertores. Foi para a casa de banho. Entrou na banheira e ligou o chuveiro. E despiu-se com a água a encharcar-lhe as roupas. Despachou-se no banho. Dirigiu-se ao quarto e foi ao guarda-roupas. Vestiu umas calças de ganga e uma camisa preta. Calçou os ténis e ainda colocou um casaco. Depois de estar pronta observou-se ao espelho.

- Oh deus. Pareço uma morta viva.- comentou consigo mesma.

Pegou nas chaves e saiu de casa. Foi caminhando apressadamente. Virou uma esquina e ainda ao longe conseguiu avistar o homem de ontem. Estava em frente à pizzaria que tinham combinado de ir almoçar. Assim que viu Nicole, ele sorriu.

- Olá. Pensei que não vinhas mais.- falou.

- Olá.- Nicole cumprimentou.- Não iria perder este encontro por nada.- ele sorriu. De seguida entraram na pizzaria. E foram sentar-se numa mesa.

- Devo dizer-te que sem maquilhagem ficas muito melhor.- Nicole encarou os seus olhos azuis.

- A sério? E eu que pensava que os homens preferiam mulheres carregadas de base.

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