Carlos desceu da carrinha branca. Estava com a farda de um electricista e levava um boné, para cobrir um pouco a cara. Ao fazer o caminho em direção à porta, pensava no que havia de dizer. Bateu à porta. Passado dois minutos, uma empregada abriu.
- Eu vim verificar a electricidade.- informou.
- Para quê?- questionou confusa.
- É para ver se está tudo em condições. Eu já passei por todas as casas, esta é a última. O meu chefe pediu-nos que viéssemos verificar todas as instalações eléctricas.
- Ok.
A empregada relutante deu espaço para que ele entrasse. Carlos foi andando pela casa enorme.
Filipe e Marco ainda olhavam os seguranças. Até que Filipe agarrou uma pedra atirando-a para o outro lado. Os seguranças olharam à procura. Marco foi caminhando silenciosamente. Um segurança estava mais à frente e o outro mais atrás. Marco deu um soco neste último, que caiu ao chão desacordado. O outro segurança virou-se dando de caras com Marco. Filipe apareceu por trás dando-lhe com um pau da cabeça.- A sério? Um pau?
- Preferias as armas? Afinal é para matar-lhes?- Filipe questionou confuso.
- Esquece. Vamos entrar.
Entraram pela porta dos fundos. Marco fez sinal para que se separassem. Logo ele seguiu pela direita e Filipe pela esquerda. Carlos estava na sala a verificar os cabos da televisão.
- Esta casa tem muita electricidade.- comentou.- Porque não vai fazer a comida?
- Os patrões foram jantar fora.
- Que maravi...quer dizer estou lixado.- corrigiu-se de imediato.- É melhor ver a electricidade da cozinha.
- É por aqui.
Ele seguiu a empregada. Ao entrarem na cozinha, Carlos começa a verificar os electrodomésticos. A empregada está encostada à parede, com os braços cruzados a olhar para ele.
- É mesmo electricista?
- Que disparate. É claro que sou.- disse rindo torto.
- Está bem.
Os dois olharam para o telefone que estava em cima da bancada. A empregada correu para pegá-lo, Carlos pegou uma frigideira e deu na cabeça dela, que caiu no chão inconsciente.
- Ninguém disse para seres atrevida.
Agarrou a empregada pelos braços arrastando-a para a despensa. E fechou a porta. Foi andando pela casa. Assim que viu um segurança, subiu as escadas. Continuou a andar pelo corredor. Foi abrindo as várias portas que estavam lá. Mas em nenhuma delas, estava Nicole. Como estava escuro não conseguia ver quase nada. Viu alguém aproximar-se. Levantou a frigideira e acertou no braço da pessoa.
- Ei.- Filipe reclamou alto.
- Filipe? Desculpa.
Começaram a ouvir passos de vários seguranças. Carlos correu com Filipe atrás. Abriram uma porta qualquer e entraram. Falaram com Marco que continuava no piso de baixo.
- Jesus. Eles vão arrombar a porta.- Filipe disse.
- Temos de saltar.
- Por onde?- questionou e depois viu a janela.- Nem pensar. Eu não gosto disso.
- Tem de ser Filipe. Já viste a tropa? Eles são demasiados.
- Não quero. Vou ficar aqui e lutar como homem, que sou.
Carlos ignorou-o, puxou-lhe a mão e foram contra a janela, que partiu-se toda. Outros seguranças começaram a ir na direção deles, que correram para o outro lado. Marco saiu pelo lado da sala. Carlos e Filipe ao olharem para trás foram contra o amigo. Os três acabaram espalhados no chão. Ao verem os seguranças aproximarem-se, levantaram-se rapidamente. Carlos entrou na carrinha, enquanto Marco e Filipe davam conta de dois seguranças. Ao acabarem a luta entraram na carrinha. Os portões estavam fechados. Carlos acelerou indo contra eles e quase atropelando o segurança.
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O Serviço
RandomNicole é uma jovem de 25 anos, que mora sozinha. Um certo dia, ela vai a um restaurante onde conhece Alexandre, que é um homem charmoso. Logo fica interessada nele. As amigas ficam contentes por ela, já o seu vizinho Miguel não concorda com o seu na...