Capítulo 34

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Carlos desceu da carrinha branca. Estava com a farda de um electricista e levava um boné, para cobrir um pouco a cara. Ao fazer o caminho em direção à porta, pensava no que havia de dizer. Bateu à porta. Passado dois minutos, uma empregada abriu.

- Eu vim verificar a electricidade.- informou.

- Para quê?- questionou confusa.

- É para ver se está tudo em condições. Eu já passei por todas as casas, esta é a última. O meu chefe pediu-nos que viéssemos verificar todas as instalações eléctricas.

- Ok.

A empregada relutante deu espaço para que ele entrasse. Carlos foi andando pela casa enorme.
Filipe e Marco ainda olhavam os seguranças. Até que Filipe agarrou uma pedra atirando-a para o outro lado. Os seguranças olharam à procura. Marco foi caminhando silenciosamente. Um segurança estava mais à frente e o outro mais atrás. Marco deu um soco neste último, que caiu ao chão desacordado. O outro segurança virou-se dando de caras com Marco. Filipe apareceu por trás dando-lhe com um pau da cabeça.

- A sério? Um pau?

- Preferias as armas? Afinal é para matar-lhes?- Filipe questionou confuso.

- Esquece. Vamos entrar.

Entraram pela porta dos fundos. Marco fez sinal para que se separassem. Logo ele seguiu pela direita e Filipe pela esquerda. Carlos estava na sala a verificar os cabos da televisão.

- Esta casa tem muita electricidade.- comentou.- Porque não vai fazer a comida?

- Os patrões foram jantar fora.

- Que maravi...quer dizer estou lixado.- corrigiu-se de imediato.- É melhor ver a electricidade da cozinha.

- É por aqui.

Ele seguiu a empregada. Ao entrarem na cozinha, Carlos começa a verificar os electrodomésticos. A empregada está encostada à parede, com os braços cruzados a olhar para ele.

- É mesmo electricista?

- Que disparate. É claro que sou.- disse rindo torto.

- Está bem.

Os dois olharam para o telefone que estava em cima da bancada. A empregada correu para pegá-lo, Carlos pegou uma frigideira e deu na cabeça dela, que caiu no chão inconsciente.

- Ninguém disse para seres atrevida.

Agarrou a empregada pelos braços arrastando-a para a despensa. E fechou a porta. Foi andando pela casa. Assim que viu um segurança, subiu as escadas. Continuou a andar pelo corredor. Foi abrindo as várias portas que estavam lá. Mas em nenhuma delas, estava Nicole. Como estava escuro não conseguia ver quase nada. Viu alguém aproximar-se. Levantou a frigideira e acertou no braço da pessoa.

- Ei.- Filipe reclamou alto.

- Filipe? Desculpa.

Começaram a ouvir passos de vários seguranças. Carlos correu com Filipe atrás. Abriram uma porta qualquer e entraram. Falaram com Marco que continuava no piso de baixo.

- Jesus. Eles vão arrombar a porta.- Filipe disse.

- Temos de saltar.

- Por onde?- questionou e depois viu a janela.- Nem pensar. Eu não gosto disso.

- Tem de ser Filipe. Já viste a tropa? Eles são demasiados.

- Não quero. Vou ficar aqui e lutar como homem, que sou.

Carlos ignorou-o, puxou-lhe a mão e foram contra a janela, que partiu-se toda. Outros seguranças começaram a ir na direção deles, que correram para o outro lado. Marco saiu pelo lado da sala. Carlos e Filipe ao olharem para trás foram contra o amigo. Os três acabaram espalhados no chão. Ao verem os seguranças aproximarem-se, levantaram-se rapidamente. Carlos entrou na carrinha, enquanto Marco e Filipe davam conta de dois seguranças. Ao acabarem a luta entraram na carrinha. Os portões estavam fechados. Carlos acelerou indo contra eles e quase atropelando o segurança.

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